terça-feira, 28 de outubro de 2008

A fome com a vontade de fazer. Um é pouco dois é bom mostra a genialidade de Klaus Farina reproduzido aqui nas remasterializações dos trabalhos: ANIRAFSUALK e DIMENSÃO EXPERIMENTAL. Foram editados em k7 na década de 90. De carona o experimentalismos do multibarulhista Yuri Victorino. O trabalho leva à você o resultado dos ensaios laboratoriais não acabados e gravados em 2002.
Um é pouco dois é bom é o primeiro trabalho da Toma Que Te Mandaram Record´s, uma gravadora alternativa, até no nome. Experimentalista sem nenhum preconceito musical.

RECICLE LIXO CULTURAL

Um é Pouco Dois é Bom


Um é Pouco Dois é Bom? Sim é muito bom.
O trabalho lançado em 2002 por Yuri Victorino foi resultado de experimentalismos colhidos ao longo da década de 90. 

O QUE É O DIMENSÃO EXPERIMENTAL?

Fotos: Arthur Castilhos




É MUSICA INSTRUMENTAL

DIMENSÃO EXPERIMENTAL - Projeto Música, Cinema e Memória

Release: “Com uma atmosfera que combina o erudito com o popular aliado à eletrônica, o grupo Dimensão Experimental apresentou em 06 maio de 2009 na Sala Álvaro Moreyra o show de lançamento do CD demo “O Mito do Eterno Retorno”, uma reflexão das experiências humanas através do tempo e do cotidiano, servindo-se de imagens digitalizadas, enfocando também nesse espetáculo a cidade de Porto Alegre e sua relação com o mundo, alem de homenagear o ano internacional da astronomia e da França. Este álbum também homenageia o falecido tecladista do grupo de rock progressivo inglês Pink Floyd, Richard Wright na música All Wright.”

“O sagrado e o profano constituem duas modalidades de ser no mundo. As concepções do ser e da realidade podem ser detectadas no comportamento do homem das sociedades pré-modernas, compreendendo estas tanto o mundo a que geralmente chamamos «primitivo» como as antigas culturas da Ásia, da Europa, da Africa e da América. As concepções fundamentais das sociedades tradicionais e em particular a recusa que elas fazem do tempo histórico, assim como a nostalgia que sentem do tempo mítico (ciclico) das origens, não deixa de constituir uma introdução a uma filosofia da história. Assim como a “Natureza” é o produto de uma secularização progressiva do Cosmos, também o homem profano é o resultado de uma dessacralização da existência humana, não podendo abolir definitivamente seu passado, porque ele próprio é produto desse passado”.
Trechos de “O Mito do Eterno Retorno” e “O Sagrado e o Profano” de Mircea Eliade.

CONCEPÇÃO DO ESPETÁCULO “O MITO DO ETERNO RETORNO”

“O Mito do Eterno Retorno” é o nome do espetáculo do grupo Dimensão Experimental que se propõe a desenvolver um trabalho centrado na musica instrumental experimentada nas emoções humanas diante do sagrado e o profano, sua fragilidade perante o cosmos e o medo do desconhecido. Este trabalho apresenta um somatório de faces culturais produzidas pelo ser humano através dos tempos, em imagens de filmes antigos, recuperando em parte a magia do cinema mudo, isto é, entrelaçando-o com a linguagem musical. Este projeto pretende também focar a cidade de Porto Alegre, sua relação com o mundo, por meio de cenas de vários momentos do século passado, resgatando a memória local contrastando-a com o presente.
Diante desta perspectiva, o grupo Dimensão Experimental produz uma atmosfera sonora que busca combinar a tecnologia e acústica, desenvolvendo como proposta de trabalho a fusão do erudito com o popular, onde se encontram influências diversas tais como: música medieval, clássica, indígena, bossa-nova, andina, oriental, rock, reggae, psicodelismo, tango, progressivo, popular, new age, world music, flertando com a hiper-modernidade criando com isto uma estética própria, através de seqüências harmônicas por vezes pouco convencionais. O grupo Dimensão Experimental serve-se para isto, como complemento, de películas e imagens digitalizadas, que ao mostrar as diversas formas de expressão do homem através do tempo e do cotidiano, a música ecoa como trilha propiciando uma sonoridade diversificada de acordo com cada circunstancia apresentada. Buscando uma maior aproximação da música com as imagens, em alguns momentos, estas serão projetadas sobre os músicos, com a intenção de instigar através do inconsciente o imaginário do expectador.

O espetáculo se desenvolverá da seguinte forma:

Duração – Aproximadamente sessenta e seis minutos com 12 músicas em cinco blocos divididos na seguinte ordem:

Bloco 1

1- Marcha dos Gladiadores (Farina)
2- Orion (Farina)
3- Music for Lords (Schmitt)
4- Sob o Brilho Solar (Farina / Schmitt / Sabóia)

Bloco 2

5- O Mito do Eterno Retorno (Farina / Saboia / Schmitt)
a) Groaperikie (Farina / Sabóia)
b) Acho que ainda não to bom da cabeça (Farina / Sabóia)
c) Naylamp (Farina / Sabóia / Schmitt)
d) Mercosur (Farina / Sabóia)
e) Zenith (Farina)
f) Fórum Social Mundial (Farina)

Bloco 3

6- Kitaro (Schmitt)

Bloco 4

7- Sonata Renascença (Farina)

Bloco 5

8- Porta-Retrato (Schmitt)
9- Discoate (Schmitt)
10- African Express (Schmitt)
11- All Wright (Farina)
12- Fusão Latina (Farina)

Entre cada bloco há um breve intervalo de no máximo 1 minuto para readaptação dos músicos e das projeções de imagens.

FICHA TÉCNICA

Klaus Farina – Teclados / Guitarras / Flauta / Percussão / Programação Eletrônica
Álvaro Sabóia – Teclados / Harmônicas / Cromáticas / Percussão
Cláudio Schmitt – Teclados / Guitarras / Programação Eletrônica
Yuri Victorino – Cinegrafista (convidado especial)
Fernando Vier – Técnico de Som
Luciano Buiano – Iluminação
Produção, Direção e Arranjos Musicais – Dimensão Experimental

HISTÓRICO:

O grupo Dimensão Experimental foi criado por volta de setembro de 1991, como uma banda de apoio do músico e compositor Klaus Farina, que em novembro do mesmo ano lançou o álbum independente em K7 “Aniraf Sualk 1991”. Integravam o grupo Dimensão Experimental nessa ocasião: Klaus Farina (teclados / guitarras / flauta / percussão / programação eletrônica), Álvaro Sabóia (teclados / harmônicas / cromáticas), Yuri Victorino (craviola), J.C. Brown (guitarras) e João Ávila (saxofone). O nome do grupo foi inspirado no titulo de um filme avant-garde/experimental do cineasta americano Dwinnel Grant, "Three Dimensional Experiments" de 1945.
Depois de algumas reformulações em que integraram o grupo por um pequeno período os músicos Jorge Bered (percussão) e Luis Mário “Ventania” Tavares (percussão), a formação estabilizou-se com Klaus Farina (teclados / guitarras / flauta / percussão e programação eletrônica), Álvaro Sabóia (teclados / harmônicas / cromáticas), Ricardo Missel (baixo), Cláudio Bragança (guitarras) e Jorge Foques (violão e violino), sendo com esse time que em 1993 foi produzido e lançado o álbum independente “A Dimensão Experimental”. Este trabalho foi aproveitado em sua totalidade sendo feito um vídeo com imagens de filmes antigos e produzido pela produtora YVP sob direção e roteiro do cinegrafista Yuri Victorino e de Klaus Farina. O lançamento aconteceu concomitantemente com o álbum em dezembro 1993.
Entre 1993 e 1995, o Dimensão Experimental gravou e compôs as trilhas sonoras dos documentários “Porto Alegre” (1993), “Taím, um Paraíso Ecológico” (1994) e “Torres” (1995) produzidos pela extinta Vídeo - Puc. Esses trabalhos reunidos deram origem a um outro disco independente chamado “Trilhas” de 1995.
Durante esse período (após uma nova mudança na formação, com as saídas de Bragança e Foques e a entrada do guitarrista Fernando Silva) o grupo participou de projetos culturais promovidos pela prefeitura de Porto Alegre como “Musica Instrumental no Gasômetro”, “Fim de Tarde” entre outros se apresentando em vários palcos da capital destacando-se o Teatro de Câmara Túlio Piva, Sala Radamés Gnatalli, Teatro Renascença, e Terraço de Usina do Gasômetro. Partes dessas apresentações foram reunidas e transformadas no álbum ao vivo “Sons, Colagens e Performances Variadas” de 1997.
Depois de 1997, entrou em breve recesso retornando, em 2000. Em 2002,o Dimensão Experimental através de Farina e Sabóia gravou e compôs a trilha sonora do documentário "55 anos do Sesi". Entre 2000 e 2006, o grupo Dimensão Experimental, embora afastado dos palcos, se manteve em atividade, passando por várias mudanças na formação. Durante este período passaram pelo grupo os músicos Will Victorino (bateria), Alex Victorino (baixo), Antônio Mussila (percussão), Luciano Buiano (bateria), Adriano Scarpini (guitarra), Marlon Araújo (baixo), sempre tendo como núcleo base à dupla Farina / Sabóia. Somente em fins de 2006, estabilizou-se com a atual formação Klaus Farina, Álvaro Sabóia e Cláudio Schmitt (teclados, guitarra e programação eletrônica).
Em 30/04/2009, aconteceu o lançamento virtual do vídeo All Wright, uma homenagem ao tecladista do Pink Floyd, Rick Wright, falecido em setembro de 2008. Este trabalho foi dirigido pelo jornalista, cinegrafista e arquivista da TVE/RS Yuri Victorino e produzido pela YVP, podendo ser visto no you tube ou acessando o blog do grupo http://dimensaoexperimental.blogspot.com/ .
Finalmente a 06/05/2009, o grupo Dimensão Experimental lançou na Sala Álvaro Moreyra o seu mais novo álbum ”O Mito do Eterno Retorno”.
Discografia independente:
A Dimensão Experimental - 1993
Trilhas – 1995
Sons, Colagens e Performances Variadas (ao vivo) -1997
Sesi 55 anos (Trilha sonora do documentário homônimo) - 2002
O Mito do Eterno Retorno – 2009

CURRICULO DOS INTEGRANTES

Klaus Farina - Claus Farina, nasceu em Porto Alegre em 19/08/1964. É “músico autodidata, tendo iniciado seu aprendizado de piano em casa, depois estudou na “Academia Prediger”, Teclas e Cordas” e na “Academia Miranda”.
Integrou vários grupos de rock, blues, progressivo e jazz como: Primavera nos Dentes, Carroça a Vapor, Neurodrama, Sigma, Grinphas Trio, Axis Mundi e Tebalta.
Em 1988, compôs a trilha sonora original do documentário “Câmera Mortuária”, produzido pela Spectrun Produções em Vídeo sendo premiado no segundo Fest-Vídeo de Porto Alegre como melhor sonorização (esse prêmio motivou a organização do festival a criar a categoria de trilha sonora original para as demais edições). Ainda nesse ano assumiu o nome artístico Klaus Farina com “K”.
No ano seguinte, trabalhando junto com o músico Jorge Foques compôs o tema musical que fez parte da instalação “Oca Maloca e seus 40 segredos” da artista plástica Maria Tomaselli. Ainda em 1989, participou do “Quarup – Encontro Nacional de Cultura e Juventude” promovido pela UNE na Barra do Jucú no Espírito Santo.
Entre 1989 e 1990 fez mais duas trilhas musicais para a Spectrun: o vídeo Animatus Imaturus e para o documentário ecológico “Crepúsculo”, onde alem da música também assinou a direção e roteiro.
Em 1991, gravou e lançou seu disco de estréia de forma independente em K7 “Aniraf SualK 1991”. Nesse mesmo ano, tocou na abertura do “POETAR” promovido pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre (Coordenação do Livro e Literatura) e fundou o grupo Dimensão Experimental com o qual está desde então.
Em 2002, gravou e compôs junto com o músico Álvaro Sabóia a trilha do documentário “55 anos do SESI” e no mesmo ano gravou, compôs e produziu junto com o músico e cinegrafista Yuri Victorino o álbum “Um é pouco e dois é bom” lançado em CD pela gravadora independente “Toma que te mandaram Records”.
Em 2007, gravou e compôs a música original do documentário “A Capela Positivista de Porto Alegre”, dirigido pelo cinegrafista Yuri Victorino. Este documentário teve o financiamento do FUMPROARTE.
Alem de músico independente Farina é também: historiador e produtor cultural, trabalhando na área de memória e patrimônio histórico.
Discografia solo independente:
Aniraf Sualk 1991 – 1991
Um é Pouco dois é Bom (em parceria com Yuri Victorino) – 2002
A Capela Positivista de Porto Alegre (Trilha Sonora) - 2008

Álvaro Sabóia – Harmonista, cromatísta e tecladista. Acompanhou vários grupos ao longo de sua carreira, entre eles: Grinphas Trio, Quarteto Fantasma, Piolho de Cobra, grupos jovens dos fins dos anos setenta e inícios dos oitenta, integrando inclusive bandas escolares (grupos de garagem). Acompanhou vários grupos de Blues e ritman blues, sendo convidado para temporadas em várias casas noturnas.
Participou ativamente do movimento “Reggae Cultura” nos anos 80 e 90, apresentando-se com as bandas Motivos Óbvios, Produto Nacional e Facção Brasil, cujas temporadas se realizavam todas as terças-feiras no extinto bar “Porto de Elis”.
Apresentou-se em curtas temporadas na cidade de Torres, dando canjas com o compositor Nelson Coelho de Castro.
Estudou música na “Academia Prédiger”. É membro fundador do grupo Dimensão Experimental juntamente com o músico e historiador Klaus Farina desde setembro de 1991, com quem em 2002, gravou e compôs em parceria a trilha sonora do documentário "55 anos do SESI".
Participou como convidado da banda Khalua de Cachoeirinha. Fundou a banda More Beer, embrião da atual Jamarokers com trabalhos na linha do reggae e surf-music cuja segunda formação participou em 17/10/2008 do “Primeiro Encontro de Bandas” – show beneficente promovido pela AMRIGS, com abertura do renomado Plauto Cruz.

Cláudio Schmitt – É tecladista e guitarrista. Foi integrante a banda Nascente, uma das pioneiras do rock progressivo sulista.
Atuou muitos anos no mercado publicitário como compositor de jingles.
Toca em bares e casas noturnas, apresentando seu trabalho solo baseado na música pop. Tem dois discos solo gravados de forma independente “Retrovisor” gravado em 2005 (de música instrumental eletrônica) e “Crônica de um Louco Amor” de 2008 uma reflexão sobre as relações humanas.
Discografia solo independente: Retrovisor – 2005
Crônica de um louco amor – 2008

Yuri Victorino – É cinegrafista e produtor cultural. Trabalhando na TVE/RS, Yuri foi premiado com o Prêmio ARI em várias ocasiões na participação e produção de documentários da emissora. Em 2007 produziu o e dirigiu o documentário “A Capela Positivista de Poro Alegre” financiado pelo FUMPROARTE.
Foi integrante da formação original do grupo Dimensão Experimental e em 2002 produziu e lançou com o músico Klaus Farina o CD independente “Um é Pouco e Dois é Bom”.
Filmografia: “A Capela Positivista de Porto Alegre” (documentário) - 2008
Discografia Independente: Um é Pouco e Dois é Bom (em parceria com Klaus Farina) - 2002

Fernando Vier – Técnico de som, começou sua carreira em 1991, quando foi sócio do estúdio de ensaios STUDIO D’ALMA, que depois transformou-se em ESTÚDIO TAM.
Paralelamente ao estúdio de ensaio começou a operar shows com bandas locais, tais como: Produto Nacional, Motivos Óbvios entre outros. Em 1995, foi contratado pelo estúdio EGER, hoje TECÁUIO, como técnico de gravação, mixagem e masterização e paralelamente e também paralelamente como técnico de P. A. para músicos como: Hard Worling Band, bebeto Alves, Nelson Coelho de Castro, Ultramen, Hique Gomes, Belet Débora Kolquer, Bidê ou Balde entre outros.
Mixou e gravou discos de Nelson Coelho de Castro, Nenhum de Nós, Felipe Azevedo. Os Disco Cuecas, Pedrinho Figueiredo, Jorge Foques, Adriana Marques, Juntos Ao Vivo, Camerata Brasileira, Dimensão Experimental (O Mito do Eterno Retorno) e muitos outros.
Após foi para área de Brodcasp trabalhando como técnico de som da RBS TV e Rede Globo onde permanece até hoje fazendo transmissões esportivas, mixando musicais, sonorizando programas e dando suporte técnico para vários músicos de Porto Alegre na área de Compuser Music.

Luciano Buiano – Iluminador. Ex-integrante do grupo Dimensão Experimental como baterista e percussionista. Trabalhou na área de iluminação como assistente. Realizou trabalhos no teatro da Fundarte em 2008 com destaque para as peças “O sapato do meu tio” da Cia do meu Tio (BA). Trabalhou com o Sesc em São Leopoldo com o grupo teatral “Nós do Morro” (RJ). Trabalhou em vários espetáculos de dança da escola Fundarte em Montenegro e no “Porto Alegre em Cena” com os trabalhos: Cia TUOV de Teatro União e Olho Vivo (SP), “A lenda de Sepé Tiarajú” – Lipstick Station (RS). Em 2009 trabalhou no espetáculo “Radio Esmeralda” em Porto Alegre.

DETALHAMENTO CÊNICO

Fundo infinito para projeção de imagens

RELAÇÃO DO REPERTÓRIO

1- Marcha dos Gladiadores (Farina)
2- Orion (Farina)
3- Music for Lords (Schmitt)
4- Sob o Brilho Solar (Farina / Schmitt / Sabóia)
5- O Mito do Eterno Retorno (Farina /Saboia / Schmitt)
A) Groaperikie (Farina / Sabóia)
B) Acho que ainda não to bom da cabeça (Farina / Sabóia)
C) Naylamp (Farina / Sabóia / Schmitt)
D) Mercosur (Farina / Sabóia)
E) Zenith (Farina)
F) Fórum Social Mundial (Farina)
6- Kitaro (Schmitt)
7- Sonata Renascença (Farina)
8- Porta-Retrato (Schmitt)
9- Discoate (Schmitt)
10- African Express (Schmitt)
11- All Wright (Farina)
12- Fusão Latina (Farina)

JUSTIFICATIVA

Fazendo uso dos pressupostos do pensador e historiador francês Mircea Eliade contidos em “O Mito do Eterno Retorno” e “O Sagrado e o Profano”, o grupo Dimensão Experimental pretende apresentar nesse espetáculo um pouco do somatório das experiências culturais vividas pela humanidade, contrastando sua fragilidade perante a natureza e sua presunção equivocada de onipotência por conta de todos os avanços tecnológicos ocorridos principalmente nos últimos anos. Para tanto, utilizaremos de algumas linguagens culturais como a música e o cinema, resgatando não apenas o passado em si, mas a idéia de que somos conseqüência deste passado e por isso mesmo não nos desvinculamos por completo dele.
Este projeto tem três eixos básicos: a música, o cinema e a memória. Quando nos referimos a memória estamos falando de um conceito mais amplo onde está presente a “memória social”, o uso das “linguagens culturais” e a noção de “patrimônio cultural”.

Memória Social

Os estudos sobre memória social estão alicerçados sobre os processos de articulação entre as dimensões individual e coletiva da memória, expondo sua natureza dinâmica e intersubjetiva que desta forma, torna-se resultado das intersecções de histórias pessoais e sociais. Memória social é pensada como um campo a partir do qual pode-se refletir sobre: as relações entre memória, cultura, identidade, linguagem, educação, espaço e representações sociais; produção, circulação, apropriação, e usos sociais de bens culturais; memória, cultura, informação e comunicação. Aprofunda estudos sobre a pluralidade de culturas e de memórias: sobre os diferentes espaços e lugares de memória em uma perspectiva integral.

Patrimônio Cultural

Entende-se patrimônio cultural no seu aspecto integral, ou seja, o conjunto de referências materiais (ambiente natural e construído) e imateriais (saberes e fazeres, manifestações e valores culturais históricos, tecnológicos, educacionais, espirituais, científicos e outros) pelo qual o passado é evocado, auxiliando homens e mulheres a compreenderem e a problematizarem o seu entorno e vivências como portadores de informações e sujeitos a diversas leituras a partir das quais se produz conhecimento. Considera-se, também, que o patrimônio cultural pode ser visto como promotor de desenvolvimento econômico e social e de melhoria da qualidade de vida, significando um novo modelo de sociedade cujos aspectos decisivos são as relações entre indivíduos e grupos no esforço de construir práticas de valorização da natureza do outro, de inclusão, de pertencimento e empoderamento.
A participação da comunidade nos processos de conhecimento, apropriação, preservação e comunicação dos bens culturais locais, bem como na apreensão das diferentes linguagens da memória, fundamenta-se em uma tomada de consciência cidadã. Para tanto, entende-se que se faz necessária uma pedagogia da memória social e dos bens culturais, o que se traduz na importância da educação patrimonial, tanto nos círculos escolares, como em ações educativas não formais, tais como pretendemos com este projeto.

Linguagens Culturais

As linguagens são sistemas de signos que utilizamos como forma de expressão da memória e da cultura. Entre os diferentes sistemas sígnicos, a palavra (oral e escrita) é predominante, mas não é único. Existem outras modalidades; gestual, teatral, cinematográfica, dos surdos, das artes não-verbais (como a pintura, a música, a escultura etc). Assim como a cultura não é homogênea, as linguagens que a expressam tampouco o são, propiciando grande diversidade de formas de expressão: erudita, popular, grupal. Verifica-se igualmente, dada a porosidade das fronteiras entre erudito e popular, institucional e marginal, uma grande imbricação que nos leva a falar de linguagens hibridas, ou seja, mescladas (sem que nenhuma seja necessariamente predominante), exprimindo pluralidade de vozes que se assumem como sujeitos da enunciação. Haja vista o que se conhece como circularidade entre cultura popular e erudita. A pluralidade, desse modo, enriquece a expressividade e amplia campos comunicativos.
Por outro lado, a música instrumental, não ocupa o mesmo espaço da música tradicionalista e popular observando que historicamente a participação desse tipo de música é pequena, vista equivocadamente como elitista.
Contudo, a música instrumental apresenta uma linguagem universal muito mais abrangente que a palavra escrita. Isto acontece por conta das diferentes línguas faladas pela humanidade e que por vezes uma tradução incorreta pode criar equívocos de interpretação justamente por ser direta e expressar pensamentos de acordo com a língua com a qual é falada. Neste sentido a música instrumental aliada às imagens visuais pode apresentar-se como uma alternativa livre nas interpretações fato que justifica futuro apoio a este projeto.

CONTRAPARTIDA

O grupo Dimensão Experimental coloca a disposição deste projeto seu equipamento constituído assim:
1 Teclado Yamaha PSR 240
1 Teclado Korg X 3
1 Teclado Cássio WK 1200
1 Teclado Cássio CT 670
3 Caixas Amplificadas: 1 Staner Kute 16, 1 Meteóro 50 Chourus Simulator e 1 Marshall G 10 MK II.
1 Flauta – Pífano de Bambú
Instrumentos de Percussão: 1 Chocalho Indígena, 1 Ovo de Percussão, 2 Apitos de Pássaro, 1 Ocarina de Cerâmica Indígena, 2 Pequenos Tambores
2 Garrafas de Wisky para Slyd-Guitar.
Bases Pré-Gravadas
1 Guitarra Eagle
1 Pedal para Guitarra – Zoon 505 Guitar
1 Violão Eagle
Várias Palhetas para Guitarra e Violão
1 Harmônica Hering em Fá
1 Cromática Hering 64 profissional Chromatic Modelo 5264
1 Tela de Pano para projeção de Imagens
1 Projetor de Imagens Sony
1 Laptop para bases pré-gravadas com 2 Ran de Memória co 60 HD de Memória.
1 Régua de tomadas com seis entradas

Equipamento para o Show
Contrapartida Dimensão Experimental

1 Teclado Yamaha PSR 240
1 Teclado Korg X 3
1 Teclado Cássio WK 1200
1 Teclado Cássio CT 670
3 Caixas Amplificadas: 1 Staner Kute 16, 1 Meteóro 50 Chourus Simulator e 1 Marshall G 10 MK II.
1 Flauta – Pífano de Bambu
Instrumentos de Percussão: 1 Chocalho Indígena, 1 Ovo de Percussão, 2 Apitos de Pássaro, 1 Ocarina de Cerâmica Indígena, 2 Pequenos Tambores
2 Garrafas de Wisky para Slyd-Guitar.
Bases Pré-Gavadas
1 Guitarra Eagle
1 Pedal para Guitarra – Zoon 505 Guitar
1 Violão Eagle
Várias Palhetas para Guitarra e Violão
1 Tela de Pano para projeção de Imagens
1 Projetor de Imagens Sony
1 Laptop para bases pré-gravadas com 2 Ran de Memória co 60 HD de Memória.
1 Harmônica Hering em Fá
1 Cromática modelo 5264 Hering 64 profissional Chromatic Harmonica
1 Régua de tomadas com entradas

Equipamento que falta (pode ser similar)

3 caixas monitores chão amplificados (preferência)
1 Mesa de som yamaha 01 v96 16 canais
4 direct box (ideal o dobro para fazer estéreo)
6 microfones marca Shure mod. SM58 (ideal seria 04 sm58 para vozes e gaita, 1 sm57 para amp. Guitarra e 1 sm81 para perc)
1 multicabo com 26 vias
1 sistema P. A. (como som para o público) coerente com o tamanho do local em condições e com equalizador para alinhar.
15 cabos XLR (microfones)
4 cabos P10 x P10 para teclados
Iluminação

A EMPRESA Claus Farina Cia. LTDA custeará a alimentação e transporte dos instrumentos dos músicos.
Apoio em divulgação: Produtora Jornal Fala Brasil.
O grupo pretende obter patrocínio e apoio público (leis de incentivo cultural) e ou privado.