terça-feira, 18 de outubro de 2011

Dimensão Experimental - Mito, Música, Cinema e Memória

Klaus Farina e Álvaro Saboia Foto: Igor Sperotto

Dimensão Experimental em 2010 no Teatro Bruno Kiefer Foto: Arthur Castilhos

Dimensão Experimental Foto: José Altamirio

Capa do album O Mito do Eterno Retorno do grupo Dimensão Experimental de 2009

Les Mystères du Chateau du Dé (1929) de Man Ray

Dimensão Experimental Foto: José Altamirio

O grupo Dimensão Experimental agradece a todos amigos, sinmpatizantes, patrocinadores e apoioadores que ontem (17/10/2011) compareceram e prestigiaram mais uma edição do projeto Música, Cinema e Memória, realizado no Cinebancários/Sindbancários convidando a todos para no próximo sábado a comparecerem na Fundação Ecarta (AV. João Pessoa 943) ás 18 horas com entrada franca a assistirem o grupo se apresentar no Ecarta Musical.

O Ecarta Musical do sábado, 22 de outubro, irá além dos acordes e invadirá o território da sétima arte. O grupo Dimensão Experimental, composto pelos multi-instrumentistas José Altamiro, Álvaro Sabóia e Klaus Farina, apresentará o show Dim3nsão Experimental – Mito, Música, Cinema e Memória, selecionado pelo edital da Fundação Ecarta. O espetáculo une dois projetos similares que se interligam pela música e pelo cinema, resultando em 45 minutos de projeção e performance musical.

Com uma atmosfera sonora que busca combinar tecnologia e acústica, o grupo tem como proposta a fusão do erudito e do popular com o jazz e o rock progressivo-experimental. Assim, criam uma estética própria, com sequências harmônicas, por vezes pouco convencionais, servindo-se como complemento de películas e imagens digitalizadas.

Dim3nsão Experimental – Mito, Música, Cinema e Memória é dividido em duas partes: a primeira é uma suíte homônima inspirada no livro “O Mito do Eterno Retorno”, de Mircea Eliade, com a projeção de uma colagem de vídeos feitos de partes de vários filmes em torno do tema da obra. A segunda parte, uma performance musical do filme Lês Mystères du Chateau du Dé (1929), de Man Ray, pretende resgatar um pouco da magia do cinema mudo. Em ambos os trabalhos a música é autoral e classificada em termos cinematográficos como “não diegética” e “meta diegética”.

Álvaro Sabóia | Harmonista, cromatista e tecladista, estudou música na Academia Prédiger. Acompanhou vários grupos ao longo de sua carreira, como Grinphas Trio, Quarteto Fantasma, Piolho de Cobra ― grupos jovens dos fins dos anos 70 e início dos 80. Participou ativamente do movimento Reggae Cultura nos anos 80 e 90, apresentando-se com as bandas Motivos Óbvios, Produto Nacional e Facção Brasil no extinto bar Porto de Elis. É membro fundador do grupo Dimensão Experimental, juntamente com Klaus Farina. Participou como convidado da banda Khalua, de Cachoeirinha. Fundou a banda More Beer, embrião da atual Jamarokers, com trabalhos na linha do reggae e da surf music.

José Altamirio Faleiro de Ramos | Músico e professor particular de bateria, percussão, teclado e teoria musical. Desde 2010, também é professor do projeto de musicalização infantil A Escola Dá o Tom, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Podalírio Inácio de Barcellos, de Alvorada, onde também ensina no grupo musical Jovens Talentos. Teve passagem pelos grupos Pampa Nativo, Oh de Casa, Musical Caravelle, Quinta Dimensão, Da Bomb, Ciclo da Lua, Pintando Choro, entre outros. Participou do CD Coletânea de Bandas – Rock Zona Norte, em 1997.

Klaus Farina | Iniciou seu aprendizado de piano em casa e depois estudou música nas instituições Academia Prediger, Teclas e Cordas e Academia Miranda. Integrou vários grupos de rock, blues, progressivo e jazz, como Primavera nos Dentes, Carroça a Vapor, Neurodrama, Sigma, Grinphas Trio, Axis Mundi e Tebalta. Em 1988, compôs a trilha sonora original do documentário “Câmera Mortuária”, premiado no segundo Fest-Vídeo de Porto Alegre como melhor sonorização (esse prêmio motivou a organização do festival a criar a categoria de trilha sonora original).

No ano seguinte, trabalhando com o músico Jorge Foques, compôs o tema musical que fez parte da instalação “Oca Maloca e seus 40 segredos”, da artista plástica Maria Tomaselli. Em 1991, gravou seu disco de estreia, de forma independente, em K7: “Aniraf SualK 1991”. No mesmo ano fundou o grupo Dimensão Experimental. Em 2002, compôs e gravou junto com o músico Álvaro Sabóia a trilha do documentário “50 anos do Sesi”, e compôs e produziu com o músico e cinegrafista Yuri Victorino o álbum “Um é pouco e dois é bom”, lançado em CD pelo selo independente Toma que te mandaram Records. Em 2007, compôs e gravou a música original do documentário “A Capela Positivista de Porto Alegre”, dirigido pelo cinegrafista Yuri Victorino.

ROTEIRO
O Mito do Eterno Retorno (Farina/Sabóia) - Suíte em seis movimentos baseado no livro homônimo de Mircea Eliade
I - Groaperikie (Farina/Sabóia)
II - Arquétipos e Repetições (Farina/Sabóia)
III - A Lenda de Naylamp (Farina/Sabóia)
IV - A Regeneração do Tempo (Farina/Sabóia)
V - Ciclos Cósmicos e História (Farina)
VI - A Sobrevivência do Mito do Eterno Retorno (Farina)

Os Mistérios do Castelo de Dados - Suíte em seis movimentos (Concepção original de autoria de Klaus Farina com colaboração adicional de Álvaro Sabóia no sexto movimento)
I - Os viajantes: um jogar de dados jamais anulará a sorte (Farina)
II - Viajando a um estranho destino, um castelo (Farina)
III - Personne, personne: Les Secrets de la Peinture (Farina)
IV - Piscinema: um jogar de dados jamais anulará a sorte (Farina)
V - Minerve Casquée.(Farina)
VI - Dois passageiros que permanecerão (Farina/Sabóia)


Serviço:

Dimensão Experimental – Mito, Música, Cinema e Memória, com os músicos
Álvaro Sabóia (teclados/gaita de boca/apitos),
José Altamiro Faleiro de Ramos (percussão acústica/lira metálica/escaleta) e
Klaus Farina (teclados/guitarra/flauta de bambú/apitos/percussão e programação eletrônica)

22 de outubro | Sábado | 18h
Fundação Ecarta (Av. João Pessoa, 943, Porto Alegre)
Entrada Franca

domingo, 2 de outubro de 2011

Dim3nsão Experimental Música, Cinema Memória III e Ecarta Musical




Dimensão Experimental da esquerda para a direita: Álvaro Saboia, Klaus Farina e José Altamirio
Foto: José Altamirio

No dia 17 de outubro de 2011 (segunda), ás 19 horas vai acontecer no Cinebancários (rua General Câmara 424) mais uma edição do projeto "Dimensão Experimental - Música, Cinema e Memória" (ver matéria abaixo). Na mesma semana no dia 22 (sábado) ás 18 horas, o grupo Dimensão Experimental vai se apresentar no projeto Ecarta Musical (Fundação Ecarta, avenida João Pessoa 943) tocando a suíte "O Mito do Eterno Retorno" (baseado na obra homônima de Mircea Eliade) em sua versão integral. Na segunda parte do show, o Dimensão Experimental vai performar musicalmente o filme "Lês Mystères du Chateau du Dé" de 1929 do cineasta e artísta plástico Man Ray. Este filme é um dos que serão apresentados na terceira edição do projeto Música, Cinema e Memória que acontecerá na segunda dia 17 no Cinebancários. As duas apresentações tem entrada franca.

DIM3NSÃO EXPERIMENTAL MÚSICA, CINEMA E MEMÓRIA III

Projeto do Grupo Dimensão Experimental com patrocínio do Sindbancários leva para tela, com performance musical autoral ao vivo, vídeos experimentais de artistas dadaístas e surrealistas.
Data: 17 de Outubro de 2011 (Segunda-Feira)
Local: Cinebancários Rua General Câmara, 424.
Horário: 19 horas.
Entrada Franca

Com patrocínio do Sindbancários, CineBancários e Snoopy Bar e apoio da SEDAC, IECINE, IEM, MUSECOM, E O Vídeo Levou e Jornal Vaia, o grupo Dimensão Experimental apresenta, no dia 17 de outubro, às 19h, o projeto “Música, Cinema e Memória”. Serão projetados e performados, com musical contemporâneo próprio e ao vivo, vídeos experimentais de artistas dadaístas e surrealistas como Man Ray, Walter Ruttmann, Lotte Lendesdorff, Hans Richter e Len Lye.

Durante a ação educativa haverá um debate com as diretoras de arte Gilka Vargas e Iara Noemi, ambas atuantes do mercado audiovisual de Porto Alegre desde 1996. O encontro tem como tema a importância histórica do cinema de vanguarda, pautando a influência estética dos vídeos experimentais no cinema atual.

O projeto Música, Cinema e Memória, de autoria do grupo DIMENSÃO EXPERIMENTAL, formado por Klaus Farina (teclados/guitarras/flauta/programação eletrônica), Álvaro Sabóia (teclados, harmônica e cromática) e José Altamirio (percussão, escaleta e lira metálica), foi lançado em setembro de 2010 na Sala de Cinema Paulo Amorim da Casa de Cultura Mario Quintana. Neste ano, “Música, Cinema e Memória” acontece uma vez a cada três meses, sempre às segundas feiras no CineBancários. A primeira edição aconteceu em 14 de abril passado quando foram performados musicalmente ao vivo filmes de Man Ray, Marcel Duchamp, Ralph Steiner, Alvin Knechte e Fernand Léger. Nesta terceira edição o grupo Dimensão Experimental vai reprisar a pedido do público a performance do filme Lês Mystères du Chateau du Dé de Man Ray.


Dimensão Experimental no show "O Mito do Eterno Retorno" no Teatro Bruno Kiefer em 04/11/2010 Foto: Arthur Castilhos

OBJETIVO

A intenção do Grupo Dimensão Experimental é oferecer ao espectador através de composições contemporâneas próprias a possibilidade do contato com um dos movimentos mais criativos que se produziu na história do cinema em seus primórdios, através de filmes até pouco tempo inéditos ou desconhecidos para o publico, em sua maioria, resgatando um pouco da magia do cinema mudo, musicando alguns dos clássicos do cinema avant-garde dos anos 20.
O projeto tem por característica a ação cultural, através da projeção dos filmes e performance musical ao vivo, e de uma ação educativa com a realização de palestra e debate sobre a importância histórica do cinema avant-garde, com participação do público e de pessoas especializadas em cinema, história do cinema (historiadores, jornalistas, antropólogos, cineastas...) contextualizando-o, tendo como uma das pautas a influência da vanguarda no cinema, contrastando o passado com o presente, em especial as diferenças de paradigma da época em que eclodiu, quando as utopias e a revolução estavam na ordem do dia em contraposição com o momento atual em que estas mesmas utopias parecem esvaziadas com o objetivo de avaliar as perspectivas de um cinema experimental na atualidade por ocasião das novas tecnologias (cinema tridimensional, digital etc.).

FILMES E MÚSICAS DA III EDIÇÃO (17/09/2011)

“Tusalava” (1929) – 10 min. – Len Lye



Tusalava, foi o primeiro filme realizado na Inglaterra do neo-zelandês Len Lye, que construiu com uma técnica chamada «animação tradicional» ou «cel animation», que consiste na animação de desenhos (no caso, cerca de 4400) feitos em celulóide, onde em que cada quadro é desenhado à mão e depois fotografado. Tusalava é uma animação abstrata onde duas formas orgânicas evoluem a partir de uma relação simbiótica e parasitária. Pontos e círculos entram em contato entre si, reagem e interpenetram-se, absorvem ou separam-se das formas opositoras, criando padrões cada vez mais complexos.
O filme captura a mutabilidade da existência, a ambigüidade entre a penetração criadora e a agressão destruidora (canibalizante), a absorção e a síntese.
Podemos encontrar algumas semelhanças entre Tusalava e alguns dos filmes abstratos realizados na década de 20, por nomes como Oskar Fischinger e Hans Richter. No entanto, Tusalava distancia-se daqueles pelo fato de Len Lye ter sido muito influenciado pela arte dos aborígines australianos e do Pacífico Sul. Assim, ao combinar a arte tribal com a arte moderna, Tusalava apresenta formas mais orgânicas que os filmes de Fischinger e Richter, que eram dominados por formas mais geométricas e angulares. As formas e os padrões de Tusalava movimentam-se como se fossem entidades vivas em constante mutação, o que levou a crítica a ver no filme uma narrativa acerca das formas primitivas de vida. A despeito destas interpretações, Tusalava pode ser visto como um ensaio sobre a natureza do movimento. Len Lye procurou criar um conjunto de imagens em permanente interação que encerrassem um sentido mágico da vida e que envolvessem fisicamente os espectadores.
A London Film Society e o escritor Robert Graves financiaram a produção de Tusalava, mas as verbas disponíveis não permitiram a realização de uma versão sonorizada, pelo que, na sua estreia, em 1929, Tusalava foi acompanhado por música para piano composta pelo australiano Jack Ellitt. A música, constituída exclusivamente por padrões rítmicos e uma total ausência de melodia, era muito semelhante à que Ellitt escreveu, no ano seguinte, para a curta-metragem Light Rhythms, de Francis Bruguière. Infelizmente, a partitura original de Ellitt perdeu-se e Tusalava hoje é exibido como um filme mudo.
Em virtude de esta trilha sonora original estar perdida o grupo Dimensão Experimental compôs um tema original homônimo: Tusalava.

Música: Tusalava (Farina / Sabóia /Dimensão Experimental)
Arranjos: Dimensão Experimental

“Spiel der Wellen” (1926) – 3 min. – Lotte Lendesdorff e Walter Ruttmann

Este foi um filme publicitário produzido pela Julius Pinschewer Werbefilm em Berlin em 1926, porem não menos importante na filmografia de Walter Ruttmann, visto que ele se utilizou de sua inconfundível técnica de animação.
Spiel der Wellen, é um desenho animado de Ruttmann em parceria com Lotte Lendesdorff, uma brincadeira sobre a propagação das ondas sonoras no espaço, revelando uma vez em contato com os ouvintes, suas reações, seja de satisfação ou estranheza num momento em que o rádio começava a se consolidar como uma parte integrante do imaginário e dá vida cotidiana. Neste pequeno curta, Ruttmann e Lendensdorff provaram que era possível mesclar arte, vanguarda e publicidade numa criativa peça filmica.

Música: Brincando sob as ondas (Farina / Sabóia)
Arranjos: Dimensão Experimental

“Filmestudie” (1926) – 4 min. – Hans Richter



Hans Richter produziu em 1926 com Filmstudie uma primeira tentativa de combinar a estética dadaísta e abstração. Richter apresenta ao espectador uma colagem de imagens visando desorientar o expectador, globos oculares falsos, rostos distorcidos e formas abstratas (nenhum desses temas é tratado constantemente).
É semelhante ao trabalho de Man Ray no seu ballet de movimento que combina uma tensão entre as lúdicas formas figurativas e abstratas, tanto na exposição negativa e positiva.
Filmstudie é essencialmente um trabalho de transição de estilos variados. Uma série de dispositivos a chamar a atenção para a especificidade técnica da fotografia (exposições múltiplas e imagens negativas) também foram incluídos uma fusão bem sucedida de imagens.
Música: Arquétipos do Desejo (Farina) Arranjos: Dimensão Experimental

“Swing the Lambeth Walk (1939) – 4 min. – Len Lye



Len Lye

Swing the Lambeth Walk (1939), foi um filme de Len Lye de quatro minutos pintado à mão com acompanhamentos de cores, que simulam jogos, motivos visuais para instrumentos musicais. Linhas diagonais aparecem para introduzir frases de piano, expressar círculos, batidas rítmicas de percussão, utilizando-se de listras, ondulações horizontais que podem representar sons de guitarras, linhas verticais pintadas em vermelho, azul profundo, campos de cor verde são apresentados como formas ascendentes em cascata, alem de listras luminosas cônicas como testes visuais que fazem de Swing the Lambeth Walk uma obra de arte em movimento. Para este filme, o grupo Dimensão Experimental adaptou “Fusão Latina”, uma música do álbum “O Mito do Eterno Retorno” por se tratar de um tema onde tudo o que foi dito acima sobre os jogos e motivos visuais do filme se encaixa perfeitamente, um digno casamento entre som e imagem.
Música: Fusão Latina (Farina)
Arranjos: Dimensão Experimental

“Les Mystères du Château de Dé” (1929) – 19 min. – Man Ray





Les Mystères de Château de Dé é um filme surrealista, um jogo pitoresco improvisado de Man Ray num período em que esteve como convidado no Castelo do Conde de Noailles. O filme retrata dois viajantes partindo de Paris para a Villa Nailles, em Hyères. A jornada começa quando os dois personagens mascarados em um café à noite decidem suas ações jogando dados. As mãos são de manequim e os rostos sem detalhes. Em seguida a dupla parte em busca de seu destino, viajando pelo interior da França, chegando a um Castelo moderno porem com partes antigas. Elementos do exterior e interior do castelo são apresentados em relações de várias texturas mostrando inclusive esculturas de Pablo Picasso e Joan Miró, assim como um jardim cubista em Vila Noailles. Finalmente, somos apresentados a quatro invasores que jogando dados renunciam a sua sorte partindo para uma piscina coberta fazendo malabarismos até sumirem na tela. O Movimento da câmera externa mostra os dois viajantes chegando ao local novamente jogando dados se preparando para passar a noite levando o filme a um final abrupto. Les Myteres du Château de Dé foi o filme mais longo que Man Ray dirigiu em sua carreira.





Música: Os Mistérios do Castelo de Dados - suíte em seis movimentos (concepção original de autoria de Klaus Farina com colaboração adicional de Álvaro Sabóia no sexto movimento)
I – Os Viajantes: Um jogar de dadas jamais anulará a sorte. (Farina)
II – Viajando a um estranho destino um castelo. (Farina)
III – Personne, Personne: Lês Secrets de la Peinture. (Farina)
IV – Piscinéma: Um jogar de dados jamais anulará a sorte. (Farina)
V – Minerve Casque. (Farina)
VI – Dois passageiros que permanecerão. (Farina / Sabóia)
Arranjos: Dimensão Experimental

Pesquisa e Texto: Klaus Farina - músico, historiador, compositor e produtor cultural.

Patrocínio: Sindbancários, Cinebancários e Snoopy Bar
Apoio: SEDAC, IECINE, IEM, MUSECOM, Jornal Vaia e E O Vídeo Levou
Fonte: Grupo Dimensão Experimental com edição de Imprensa/SindBancários
www.dimensaoexperimental.blogspot.com