domingo, 27 de outubro de 2013

Dimensão Experimental - Regen e Sodoma no Clube de Cultura dia 08/11/2013

Sexta - feira dia 08/11/2013, ás 20 h. com entrada franca no Clube de Cultura o grupo Dimensão Experimental vai apresentar um edição especial do projeto Música, Cinema e Memória apresentando os filmes: Regen (1929) de Joris Ivens e Lot in Sodom (1933) de James Sibley Watson. O presente projeto tem como objetivo o resgate da linguagem do cinema silencioso, através da performance musical autoral de filmes pouco conhecidos do grande público. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Joris Ivens cena do filme Regen -------------------------------------------------------- O filme Regen de 14 minutos feito em 1929 é um poema em movimento sobre a chuva em Amesterdã, cidade filmado por Joris Ivens como em muitas outras capitais o foram por cineastas de vanguarda na década de 1920 (Moscou, Berlim, Paris, Nova Iorque, São Paulo). O filme é uma composição impressionista e segue um rumo musical. O realizador, que filmou em diversos locais da cidade, demorou mais de dois anos para cinematografar cenas de chuvas suficientes para conseguir compor o filme. Regen assim como H2O (1929) de Ralph Steiner são considerados como os primeiros filmes da história do cinema a tratar de temas ambientais. O grupo Dimensão Experimental compôs um tema musical homônimo para ser performado ao vivo. ----------------------------------------------------------------------------- Filme: Regen 14 min.(1929) de Joris Ivens (HOL) Música: Regen (Farina/Dutra) Arranjos Dimensão Experimental ------------------------------------------------------------------------------ Lot in Sodom (1933) de James Sibley Watson (EUA) com duração de aproximadamente 27 minutos. Ló em Sodoma ( 1933 ) 27 min. é um filme silêncio experimental , baseado no conto bíblico da cidade de Sodoma e Gomorra . Foi dirigido por James Sibley Watson e Melville Webber . O filme utiliza técnicas experimentais, Avant-Garde imagens e alusões fortes para a sexualidade , especialmente a homossexualidade . A história é muito mais próximo do conto do que outros filmes como Sodoma e Gomorra. Sodoma é um lugar de pecado . Um anjo aparece lá e ele é recebido por Lot . O povo de Sodoma quer ter sexo com ele. Lot se recusa, então o anjo lhe diz para fugir da cidade com sua esposa e filha. Sodoma é então destruída pelas chamas. A cena da mulher de Ló transformando-se em uma estátua de sal por ter olhado para trás é um dos momentos marcantes deste filme. Todos os intertítulos são citações da Bíblia . Louis Siegel era o compositor original, de acordo com créditos de abertura do filme. Para esta apresentação o grupo Dimensão Experimental criou uma trilha sonora própria. ------------------------------------------------------------------------------ Música: Sodoma - suíte em seis movimentos (Farina/Sabóia/Dutra) I - Sodom Amorah (Farina) II - O Tema de Lot (Farina/Sabóia/Dutra) III - O Anjo Vingador (Farina/Sabóia) IV - O Sagrado e o Profano (Farina) V - Non Tacta, Mulier, Templum Est (Farina) VI - A Ira Divina (Farina) Arranjos: Dimensão Experimental ------------------------------------ DIMENSÃO EXPERIMENTAL é formado por; Klaus Farina - Teclados/Guitarra/Flautas/Programação Álvaro Sabóia - Teclados/Gaita de Boca Mozart Dutra - Percussão Acústica

domingo, 13 de outubro de 2013

Dimensão Experimental "A Revolução no Rio Grande" o filme

A REVOLUÇÃO DE 1923--------------------- Um dos levantes mais importantes da história do Rio Grande do Sul foi a Revolução de 1923, conhecido como um movimento armado. No ano de 1893, assumiu o cargo de governador do Rio Grande, Júlio de Castilhos, que conta com a Revolução Federalista que se desenvolveu durante o seu mandato. Em 1898, é eleito então Borges de Medeiros, que ocupou o poder por quase 20 anos, sendo que foi reeleito em 1903 e ficou até 1908, quando decidiu não mais se candidatar. Escolheu então uma pessoa de sua confiança, Carlos Barbosa, que contava com a influência por trás de Borges que praticamente continuava a governar. Este foi reeleito em 1913 e ocupou o cargo até 1923, sendo reeleito mais uma vez. Finalmente, em 1920, Borges de Medeiros anuncia a sua candidatura apoiado pelo Partido Republicano Riograndense (PRR). Do outro lado, uma aliança formada pelos opositores do governo, a Aliança Libertadora, lança Assis Brasil para concorrer com Borges. As campanhas eleitorais foram bem quentes, com violência entre os simpatizantes do PRP contra a Aliança. O jornal “A Federação”, do PRP, anuncia a vitória de Borges, sendo que a reeleição era válida se o candidato recebe votos que superassem 75%. A revolta foi geral, acreditavam em fraudes nas votações e então, deu-se início a Revolução. A Aliança, acreditava que se lutassem armados, eles chamariam a atenção do presidente Arthur Bernardes que teria que intervir na ocupação do cargo de Borges. Foram criados os “Corpos Provisórios”, que tinham como objetivo combater os revoltosos e contavam com o apoio da Brigada Militar. Já os revoltosos não contavam com a organização e estratégia dos corpos provisórios e saqueavam vilas e cidades distantes de Porto Alegre. Em outubro, revoltosos tentaram tomar posse de Pelotas, importante cidade, até conseguiram, mas logo foram expulsos diante de ameaças de que as forças governistas atacariam. Cansados e diante da evidência de que não existiria apoio do presidente, os revoltosos levantaram a bandeira branca no dia 6 de novembro. Foi assinado no outro dia, um armistício que não foi muito respeitado. Um mês depois, o Pacto de Pedras Altas foi criado para acalmar a Revolução. Assim, Borges permaneceu ocupando seu cargo até 1928, e não pode ser reeleito diante da reforma da Constituição de 1891. Seu sucessor foi nada menos que Getúlio Vargas. FILME O filme “A Revolução no Rio Grande” de Benjamin Camozato feito em 1923 com duração de aproximadamente 60 minutos, pertencente ao acervo do Museu da Comunicação Hipólito José da Costa - MUSECOM e é uma raridade histórica. Em 25/05/2013, o Grupo Dimensão Experimental apresentou no auditório do Museu Hipólito uma performance musical autoral, ao vivo, do filme como parte do evento “A Revolução de 1923”por ocasião do lançamento em suporte digital do “Álbum dos Bandoleiros” (organização Revista Kodak, edição por Barreto & Araújo, 1923) que foi promovido pelo museu. Em 28 de setembro foi reapresentado na sala de cinema Eduardo Hirtz como parte da programação de aniversário da Casa de Cultura Mário Quintana. Agora dia 18 de outubro no Teatrpo de arena vai acontecer mais uma oportunidade de ver este histórico filme. A MÚSICA NO CINEMA MUDO Ao longo da história, várias formas de arte incorporaram a música como elemento de expressão. Tirando partido de seu poder de sugestão, compositores procuraram, durante séculos, evocar ou simbolizar elementos da natureza ou expressando emoções. Os teatros entre outras expressões artísticas souberam aproveitar este poder de sugestão. De uma forma geral a função da música no cinema é de que, de uma maneira ou de outra, ela existe para “tocar” as pessoas. Isto é, emocionar, arrancar emoções causando lágrimas, tensão, desconforto, incomodar, narrar um acontecimento, morte, perseguição, piada, dialogo, alívio, descrever um movimento, criar um clima, acelerar uma situação, acalma-la entre outras funções. Assim, tendo em vista o aspecto histórico e objetivo, é interessante rever esse período do cinema mudo e os filmes então produzidos sob um ponto de vista conceitual, mais elaborado. Tal estratégia nos permitirá iniciar uma incursão na inerência do som no cinema e unindo a performance musical autoral ao vivo resgatando a linguagem do cinema em primeiros tempos. A trilha sonora criada pelo grupo Dimensão experimental para este filme, procurou dar uma sonoridade épica ao mesmo tempo que associou a tecnologia na criação de climas diferentes,do lúdico ao sombriu, do bucólico ao extase, do melancólico ao reflexivo. Os temas no filme dialogam com as imagens criando uma sonoridade universal.--------------- Música: “A Revolução no Rio Grande” (Farina/Sabóia/Dutra) – suíte em 17 movimentos composta e arranjada pelo grupo Dimensão Experimental.--------------------------- ---------------------------------------- DIMENSÃO EXPERIMENTAL é formado por; Klaus Farina - Teclados/Guitarra/Flautas/Programação Álvaro Sabóia - Teclados/Gaita de Boca Mozart Dutra - Percussão Acústica

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A Revolução no Rio Grande dia 18 no Arena

Dimensão Experimental - Música, Cinema e Memória "A Revolução no Rio Grande" 1923-------------------------------------------------- O grupo Dimensão Experimental apresentará no dia 18/10/2013 ás 20 horas com entrada franca no Teatro de Arena, Borges de Medeiros 835 mais uma edição do projeto Música, Cinema e Memória, desta vez performando com musical autoral ao vivo o filme "A Revolução no Rio Grande" de Benjamin Camozatto feito em 1923 (60 min.), pertencente ao acervo do Museu Hipólito José da Costa - MUSECOM sobre a guerra civil entre chimangos e maragatos. A apresentação faz parte da programação especial da semana de aniversário da Teatro de Arena. Antes da sessão de cinema musicada ao vivo haverá uma pequena palestra com o historiador do IGTF Giovanni Mesquita comentando sobre o filme e falando um pouco deste episódio da história do Rio Grande do Sul. Apoio: Teatro de Arena, CCMQ, Associação Amigos da CCMQ, MUSECOM, MARS, IECINE, IEM, DPNH, IGTF, Cinemateca Paulo Amorim, Sedac e E o Vídeo Levou.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Música: “A Revolução no Rio Grande” (Farina/Sabóia/Dutra) – suíte em 17 movimentos composta e arranjada pelo grupo Dimensão Experimental. I – Pedras Altas parte 1 (Farina) II - Raio de Sol (Farina) III – Tributo aos Gladiadores (Farina) IV – Groaperikie (Farina/Sabóia) V – Arquétipos e Repetições (Farina/Sabóia) VI – Tema dos Cavaleiros / Naylamp (Farina/Sabóia) VII – Seqüência da Cavalaria/ Mercosur (Farina/Sabóia) VIII – A Marcha dos Gladiadores (Farina) IX – Subterrâneos de uma guerra (Farina/Dutra/Sabóia) X – Limite (Farina) XI– O Mistério da Brigada do General (Farina) XII – Los Cabalarianos del Rio Grande (Farina/Sabóia) XIII – A Batalha dos Gladiadores (Farina) XIV – Tema de Cachoeira do Sul (Farina) XV – O Retorno dos Gladiadores (Farina) XVI – Cada um por si e Deus por Todos (Farina/Sabóia/Dutra) XVII – Pedras Altas parte 2 (Farina) DIMENSÃO EXPERIMENTAL é formado por; Klaus Farina - Teclados/Guitarra/Flautas/Programação Álvaro Sabóia - Teclados/Gaita de Boca Mozart Dutra - Percussão Acústica

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Dimensão Experimental amanhã no DMAE e dia 18 no Arena

Amanhã, dia 11/10/2013, ás 12 horas, com entrada franca, na Galeria de Arte do DMAE, rua 24 de outubro 200, o grupo Dimensão Experimental vai performar com musical autoral ao vivo o filme Regen (1929) de Ivens Joris. O filme de 14 minutos é um poema cinematográfico sobre o tema da chuva. Este filme foi um dos primeiros a lidar com uma temática ambiental. Na semana que vem, dia 18/10/2013, ás 20 horas com entrada franca no Teatro de Arena, Borges de Medeiros 835 o grupo Dimensão Experimental vai apresentar mais uma edição do projeto Música, Cinema e Memória, desta vez performando com musical autoral ao vivo o filme "A Revolução no Rio Grande" de Benjamin Camozatto feito em 1923 (60 min.), pertencente ao acervo do Museu Hipólito José da Costa - MUSECOM sobre a guerra civil entre chimangos e maragatos. A apresentação faz parte da programação especial da semana de aniversário da Teatro de Arena. Antes da sessão de cinema musicada ao vivo haverá uma pequena palestra com o historiador do IGTF Giovanni Mesquita comentando sobre o filme e falando um pouco deste episódio da história do Rio Grande do Sul. Apoio: Teatro de Arena, CCMQ, Associação Amigos da CCMQ, MUSECOM, MARS, IECINE, IEM, DPNH, IGTF, Cinemateca Paulo Amorim, Sedac e E o Vídeo Levou. Música: “A Revolução no Rio Grande” (Farina/Sabóia/Dutra) – suíte em 17 movimentos composta e arranjada pelo grupo Dimensão Experimental. DIMENSÃO EXPERIMENTAL é formado por; Klaus Farina - Teclados/Guitarra/Flautas/Programação Álvaro Sabóia - Teclados/Gaita de Boca Mozart Dutra - Percussão Acústica

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Joris Ivens

Sexta - feira dia 11/10/2013, ás 12 h. com entrada franca no auditório da galeria de arte do DMAE o grupo Dimensão Experimental vai apresentar um edição especial do projeto Música, Cinema e Memória tendo como tema a água, performando o filme Regen (1929) de Joris Ivens. A apresentação faz parte da programação de cinema da instituição municipal. O filme Regen de 14 minutos feito em 1929 é um poema em movimento sobre a chuva em Amesterdã, cidade filmada por Joris Ivens como em muitas outras capitais o foram por cineastas de vanguarda na década de 1920 (Moscou, Berlim, Paris, Nova Iorque, São Paulo). O filme é uma composição impressionista e segue um rumo musical. O realizador, que filmou em diversos locais da cidade, demorou mais de dois anos para cinematografar cenas de chuvas suficientes para conseguir compor o filme. Regen assim como H2O (1929) de Ralph Steiner são considerados como os primeiros filmes da história do cinema a tratar de temas ambientais. O grupo Dimensão Experimental compôs um tema musical homônimo para ser performado ao vivo. Filme: Regen 14 min.(1929) de Joris Ivens Música: Regen (Farina/Dutra) Arranjos Dimensão Experimental DIMENSÃO EXPERIMENTAL é formado por; Klaus Farina - Teclados/Guitarra/Flautas/Programação Álvaro Sabóia - Teclados/Gaita de Boca Mozart Dutra - Percussão Acústica Joris Ivens (Nijmegen, Holanda, 18 de novembro de 1898 — Paris, França, 28 de junho de 1989) foi um cineasta dos Países Baixos e ativista comunista. Na escola, Ivens estudou economia, mas seu interesse por cinema era maior. Seu pai era proprietário de uma firma de cinema e fotografia, em Amsterdã, o que lhe conferiu aprendizado na área, de forma a se tornar um dos maiores expoentes do cinema documentário do século XX. A exemplo de muitos intelectuais de sua época, Ivens era claramente simpatizante do partido comunista, defendendo em sua obra as ideias socialistas utilizadas por ditadores, o que lhe angariou diversas críticas. Em 1931, Ivens foi para a União Soviética, pata fazer Song of Heroes, um filme propaganda sobre a construção da nova cidade industrial de Magnitogorsk, que foi construída, principalmente, por trabalhadores forçados, que foram mostrados por Ivens como comunistas voluntários. Entre 1936 e 1945, viveu nos Estados Unidos, onde fez vários filmes propaganda, mas sob suspeita de comunismo, deixou o país. Trabalhou depois em vários estúdios do leste europeu, e sua posição a favor do Bloco Comunista, na Guerra fria, incomodou o governo holandês, obrigando-o a renovar seu passaporte a cada três ou quatro meses. Foi casado com a cineasta Marceline Loridan-Ivens. Morreu em Paris, em 1989, sendo enterrado no Cemitério de Montparnasse. FILMOGRAFIA • De Brug (“A Ponte”) (1928): seu primeiro filme, um curta-metragem, mostra o caminho que seguiria, revelando a negação do filme industrial e optando pelo realismo, o Cinem-Verdade. Apresenta estudos abstratos do movimento. • Regen (“Chuva”) (1929): curta-metragem co-dirigido por Mannus Franken, mostra os efeitos da chuva nos canais e sobre a população, apresentando-se como um melancólico poema-filme. • Wij Bouwen • Zuiderzeewerken (1930): utilizou algumas passagens de Wij Bouwen, acrescidas de outras cenas. • Song of Heroes (1931): um filme propaganda feito na União Soviética, sobre a construção da nova cidade industrial de Magnitogorsk • Philips Radio; Creosot (1931) • Misère au Borinage (Borinage) (1933) – ao lado de Henry Storck, sobre a luta entre mineiros e autoridades durante uma greve, num distrito mineiro da Bélgica. • The Reichstag Fire (1935) • The Spanish Earth (“A Terra Espanhola”) (1937): feito nos EUA, com a narração de Ernest Hemingway, retratando o problema da irrigação, em plena guerra contra o fascismo. • The Four Hundred Million (1939) • The Power and the Land (1940) • Our Russian Front (1942) • Action Stations (1943): sobre o Canadá. • Indonésia Calling (1946): apresenta a recusa dos portuários australianos em carregar as armas destinadas a uma guerra de reconquista colonial. • Pierwze Lata (1949) • My za Mir (1951) • Weltjugendfestival (1952) • Das Lied der Strome (“A Canção dos Rios”) (1954): o Ganges, o Nilo, o Amazonas, o Mississipi, o Volga e o Yang-Tsé se unem para expressar a unidade da luta sindical nas cinco partes do mundo. • Les aventures de Till l'espiègle (1956) • La Seine a rencontré Paris ("O Sena Encontra Paris") (1957): retrato de uma capital, sob a influência das águas. • L'Italie n'est pas un pays pauvre (L'Italia non è un paese povero) (1960) • Demain à Nanguila (1960) • Carnet de viaje; Pueblo en armas (1961) • À Valparaiso (1963): curta-metragem. • Le Petit Chapiteau (1963): curta-metragem. • Vietnam (1965) • Europort (1966): curta-metragem • Loin du Vietnam (co-realização) (1967) • 17th Parallel: Vietnam in War (1968): retrata a vida no Vietnã durante a guerra. Filmado entre 1965 e 1970. • Le peuple et ses fusils (co-realização) (1968) • Rencontre avec le président Hô Chi Minh (1969) • Chine (1973) • How Yukong Moved the Mountain (1976): filmado em seis partes, entre 1971 e 1977, sobre a Revolução Cultural da China. • Une histoire de ballon (1977): curta-metragem. Ao lado da esposa Marceline Loridan. • Une Histoire de Vent (1988)

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Regen 1929 de Joris Ivens

REGEN 1929 Na próxima sexta-feira, dia 11 de outubro ás 12 horas com entrada franca no auditório da galeria de arte do DMAE, rua 24 de Outubro, 200 o grupo Dimensão Experimental vai performar com musical autoral ao vivo um clássico do cinema avant-garde, o filme Regen (1929) de Joris Ivens. A apresentação faz parte da programação de cinema da instituição. Após o grupo Dimensão Experimental, vai realizar um pequeno bate papo com o público sobre o filme, falando da relação deste com a água e como o grupo trabalhou e criou a trilha sonora. No ano passado o Dimensão Experimental apresentou no DMAE o filme H2O (1929) de Ralph Steiner. H2O e Regen são considerados como os primeiros filmes a tratarem no cinema de temas ambientais. O projeto Música, Cinema e Memória de autoria do grupo Dimensão Experimental tem por objetivo o resgate da linguagem do cinema silencioso, criando e executando ao vivo trilhas sonoras autorais feitas exclusivamente para filmes dos primeiros anos do cinema.--------------------------------------------------- Regen (14 minutos de 1929) de Joris Ivens ----------------------------------------------- Música Regen (Farina/Dutra) Arranjos Dimensão Experimental--------------------------------------------- DIMENSÃO EXPERIMENTAL é formado por; Klaus Farina - Teclados/Guitarra/Flautas/Programação Álvaro Sabóia - Teclados/Gaita de Boca Mozart Dutra - Percussão Acústica ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Em 1929, quando o cinema migrava para o sonoro, um jovem documentarista holandês, Joris Ivens, realizou um pequeno milagre chamado Regen (Chuva). O filme, de 14 minutos, ainda mudo, foi o resultado de meses a fio de filmagem meticulosamente editada. E tem como trunfo um ritmo exuberante que busca acompanhar a importância da água dentro da paisagem e do quotidiano de uma cidade tão marcada pela presença dela como Amsterdã. O dispositivo adotado por Ivens passa sobretudo pelo de aproximar a água da chuva de outras superfícies igualmente úmidas ou refratárias dessa umidade: canais, calhas, poças, cisternas, clarabóias, coxias, vitrines, vidraças, o asfalto molhado, etc. Num dos planos mais belos, capta-se o rastro de luz que água deixa sobre a cobertura preta dos guarda-chuvas. A chuva mercadejando com transparências: o vidro, a lisura líquida dos espelhos [será que dessa placidez líquida vem a expressão “espelho d’água”?]. Boa parte da poesia de Regen vem dessa refração. Uma notícia cifrada em água. Em água caindo sobre água. E, assim, o filme de Ivens recompõe com que uma sorte de poesia metereológica muito simples e sua: os ritmos dessa cidade profundamente afetada tanto pela água que cai, quanto pela que lhe meandra em margens e direções diversas. A cidade dos canais. [Amsterdã quer dizer “foz em delta do Rio Armst”]. Coordenadas cartesianas imaginadas sob a perspectiva do úmido. E, depois, desorientadas sob uma poesia curva, que implicaria numa desaprovação do austero Mondrian – para mencionar outro mestre holandês. Talvez. A chuva tem esse dom sumpremo de instalar talvezes no espírito. O que mais encanta em Regen são os ritmos. Gente afetada pela chuva. Convivendo com ela de diferentes modos. E, como, diria Bresson, os ritmos são todo-poderosos, traduzem “o vento invisível através da água que ele esculpe passando”. Como, em Regen, as três meninas que passam sob uma única capa de chuva distendida sobre suas cabeças. E cujos passos gentis são marcados por um ritmo indelevelmente quebrado, uma única vez, pela dissonância de um passo em falso – quase como se, de fato, entrasse, por meio desse passo avulso, a nota azul do jazz na harmonia da progressão. Mas antes disso há um prefácio. Entrevemos as nuvens densas se entrelaçando acima da cidade, e um avião abrindo sua via por um vão estreito no meio delas. E, então, em terra, o vento sopra forte na copa das árores, em roupas num varal improvisado sobre um convés de barco ancorado, um lençol estendido estufa-se diante de velhas fachadas, bandeiras despregam-se, a lona de um toldo quase é arrancada de sua armação, um bando de passáros sobrevoa em formação os velhos prédios de onde os holandeses saíram para uma saga marítima que quase rivaliza com a dos portugueses. E há esse plano em que a balaustrada de uma ponte, com uma luminária, destaca-se, oscilando suavemente sobre a água de um canal por não mais de quatro segundos. Mas esses segundos estão entre os mais preciosos – e precisos – da história do cinema e desse filme adorável. Regen é o filme de catorze minutos em que cada minuto concentra um século de lições de cinema. E não ao modo didático, frenético de um Vertov [que, de resto, não é menos instigante]; mas com a poesia, a gentileza e a humanidade dos dias em que o espírito se faz paz. E o mundo se reconcilia dentro da gente.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Regen dia 11 no DMAE e Revolução dia 18 no Arena

O grupo Dimensão Experimental vai realizar dia 11/10/2013 ás 12 horas com entrada franca na galeria de arte da caixa d'agua do DMAE um pequena apresentação do filme Regen (14 min. de 1929) de Joris Ivens, seguido de um bate papo no final com os funcionários da instituição. O evento faz da programação de cinema promovida pelo próprio DMAE. O filme Regen, assim com H2O (de Ralph Steiner de 1929)que foi apresentado pelo Dimensão Experimental no ano passado no DMAE, tem como temática a água. Regen que em holandês traduzido para o português é chuva trata-se um belo poema em movimento. Já no dia 18 de outubro no teatro de Arena o grupo Dimensão Experimental vai reprisar "A Revolução no Rio Grande" (60 min. pertencente ao acervo do MUSECOM) de Benjamim Camozato. A exitosa apresentação de sábado passado na sala de cinema Eduardo Hirtz - CCMQ teve uma calorosa recepção do público que pediu uma reprise. Será mais uma oportunidade de ver este histórico filme.