sexta-feira, 29 de maio de 2015

Dimensão Experimental nos 65 anos do Clube de Cultura - amanhã dia 30/05/2015


O grupo Dimensão Experimental vai apresentar uma programação especial do projeto Música, Cinema e Memória dividido em duas partes. A primeira performando com musical autoral o audiovisual 1914 (2014) de Klaus Farina. A segunda parte abre com Cristaux liquides (1978) de Jean Painleve, seguindo depois com Anemic Cinema (1926) de Man Ray e finalizando com Tusalava (1929) de Len Lye.

A performance do Dimensão Experimental vai começar ás 20h. e 30 min.

I PARTE - "1914"


"1914" 43 minutos PB silencioso
Direção, roteiro, edição, texto e pesquisa histórica: Klaus Farina
Produção: Dimensão Experimental
Produção Executiva: Klaus Farina
Música composta arranjada e interpretada por Dimensão Experimental:
Álvaro Sabóia - Teclados / Gaita de Boca
Mozart Dutra - Percussão Acústica / Efeitos Eletrônicos
Klaus Farina - Teclados / Guitarra / Flauta / Programação Eletrônica
Apoio: Clube de Cultura, E O Vídeo Levou, Rádio da Universidade - Programa Sonoridades.

Música: "1914" - suíte em de onze movimentos de Álvaro Sabóia / Mozart Dutra / Klaus Farina.

I - O Ultimo Verão da Belle Époque (Farina)
II - A Dança de Marte e o Rufar dos Tambores (Farina/Sabóia)
III - Guerra de Movimento (Farina/Sabóia)
IV - Guerra de Trincheiras (Farina)
V - A Batalha de Gallipoli (Farina)
VI - Genocídio Armênio (Farina)
VII - Guerra submarina (Farina)
VIII - Gás (Farina/Dutra)
IX - O Deus da Carnificina (Farina)
X - O Armistício, uma paz duradora? (Farina)
XI - Subsídios para outra guerra (Farina/Sabóia/Dutra)

II PARTE


Cristaux Liquides (1978) 4 min. de Jean Painleve

Música: Cristal Liquido (Farina/Dutra/Sabóia)
Arranjos: Dimensão Experimental


“Anemic Cinema” (1926) 6 min. – Marcel Duchamp

Música: Fórum Social Mundial (Farina)
Arranjos: Dimensão Experimental


Tusalava - (1929) 10 min. (Nova Zelândia)de Len Lye Tusalava

Música: Tusalava (Farina/Saboia/Dutra)
Parte I (Farina/Sabóia/Dutra)
Parte II (Farina)
Arranjos: Dimensão Experimental








Dimensão Experimental:
Klaus Farina - Teclados, Guitarra, Flauta e Programação
Mozart Dutra - Percussão Acústica e Efeitos Eletrônicos
Alvaro Sabóia - Teclados e Gaita de Boca

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Cinema no Arquivo amanhã com o filme Koyaanisqatisi


Cinema no Arquivo Koyaanisqatsi

Venha prestigiar mais um evento cultural no Auditório Marcos Justo Tramontini, do Arquivo Público do RS. Amanhã, 28 de maio de 2015, às 18h30min, teremos a exibição do filme Koyaanisqatsi.

Ao final da exibição, haverá debate com o Professor da UFRGS, Doutor em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos, Paulo Brack.

A entrada é franca! Participe!
Local: Rua Riachuelo, 1031.


Confira a sinopse

Sinopse: As relações entre os seres humanos, a natureza, o tempo e a tecnologia. Cidade, campo, paisagem, rotina, pessoas, construções, destruição. Um documentário sem atores e sem diálogos, composto por uma impressionante coleção de imagens e uma marcante trilha sonora.

O Grupo Dimensão Experimental que neste sábado dia 30/05/2015 no Clube de Cultura participara do encerramento da semana de 65 anos da entidade, apoia mais esta iniciativa do APERS.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Dimensão Experimental no Festival 65 anos do Clube de Cultura de Porto Alegre


Clube de Cultura 65 anos.

Dias 26, 28, 29 e 30 de maio vai acontecer uma série de atividades comemorativas dos 65 anos do Clube de Cultura, e para ninguém ficar de fora, todas serão gratuitas!
Começaremos no da 26, terça-feira com Passo a Passo e Rafael Moura & Boraimbola. No dia 27 não teremos atividades, mas voltamos no dia 28 com o Cine Clube de Quinta com a mostra Melies. 29, Sexta- feira, a Cia. Teatral Os Encenadores apresentará a esquete Vida de Jornal, logo em seguida teremos também a apresentação dos Meshignes e depois rola o Músico Gustavo Telles. 30 no sábado o Dimensão Experimental vem com sua lisergia distorcer nossa realidade.

O grupo Dimensão Experimental vai apresentar uma programação especial do projeto Música, Cinema e Memória dividido em duas partes. A primeira performando com musical autoral o audiovisual 1914 (2014) de Klaus Farina. A segunda parte abre com Cristaux liquides (1978) de Jean Painleve, seguindo depois com Anemic Cinema (1926) de Man Ray e finalizando com Tusalava (1929) de Len Lye.

A performance do Dimensão Experimental vai começar ás 20h. e 30 min.

I PARTE - "1914"


"1914", é o mais recente trabalho do projeto cultural Música, Cinema e Memória de autoria do grupo Dimensão Experimental. Este projeto tem como objetivo o resgate e uma re-leitura da linguagem do cinema silencioso. "1914", é inspirado em imagens de filmes antigos feitos por cinegrafistas, jornalistas e outros que cobriram a Primeira Guerra Mundial. As imagens dos filmes que formam o audiovisual "1914" foram coletadas no youtube. Este conflito mudou os rumos da história da humanidade, inaugurando uma era de violência extrema que conforme o historiador Eric Hobsbawm marcou a característica do século XX.
"1914" foi roteirizado e editado sob a forma de um documentário mudo musicado ao vivo. A trilha sonora é de autoria do grupo Dimensão Experimental (Álvaro Sabóia, Mozart Dutra e Klaus Farina) que também assinam os arranjos.



"1914" 43 minutos PB silencioso
Direção, roteiro, edição, texto e pesquisa histórica: Klaus Farina
Produção: Dimensão Experimental
Produção Executiva: Klaus Farina
Música composta arranjada e interpretada por Dimensão Experimental:
Álvaro Sabóia - Teclados / Gaita de Boca
Mozart Dutra - Percussão Acústica / Efeitos Eletrônicos
Klaus Farina - Teclados / Guitarra / Flauta / Programação Eletrônica
Apoio: Clube de Cultura, E O Vídeo Levou, Rádio da Universidade - Programa Sonoridades.




Música: "1914" - suíte em de onze movimentos de Álvaro Sabóia / Mozart Dutra / Klaus Farina.

I - O Ultimo Verão da Belle Époque (Farina)
II - A Dança de Marte e o Rufar dos Tambores (Farina/Sabóia)
III - Guerra de Movimento (Farina/Sabóia)
IV - Guerra de Trincheiras (Farina)
V - A Batalha de Gallipoli (Farina)
VI - Genocídio Armênio (Farina)
VII - Guerra submarina (Farina)
VIII - Gás (Farina/Dutra)
IX - O Deus da Carnificina (Farina)
X - O Armistício, uma paz duradora? (Farina)
XI - Subsídios para outra guerra (Farina/Sabóia/Dutra)


II PARTE


Cristaux Liquides (1978) 4 min. de Jean Painleve é um estudo microsópico das fases de transição dos cristais líquidos.Este filme é no projeto Música, Cinema e Memória uma novidade, pois será pela primeira vez apresentado pelo Dimensão. No ano passado enquanto era criado o audiovisual "1914" o grupo Dimensão Experimental deveria ter participado do Festival de Artes do Atelier da prefeitura de Porto Alegre performando os filmes da segunda parte do programa de 30 de maio próximo, marcando para aquela oportunidade em princípio a estréia da performance de Cristaux Liquides. Infelizmente não foi possível na ocasião. Agora será finalmente apresentado Cristaux Liquides. A trilha sonora (música eletroacústica) para este trabalho está em sintonia com as imagens.


Música: Cristal Liquido (Farina/Dutra/Sabóia)
Arranjos: Dimensão Experimental


“Anemic Cinema” (1926) 6 min. – Marcel Duchamp O primeiro filme de Marcel Duchamp “Anemic Cinema” (1926), cujo título brinca com as letras da palavra cinema, põe em movimento esferas rotatórias ou rotoreliefs (discos em que Duchamp desenhou linhas e círculos concêntricos e excêntricos) que, ao girarem, provocam no espectador uma sensação estranha, como uma nova dimensão. Inscritas nos espirais, as letras vão formando frases indecifráveis, compondo um dos fenômenos visuais mais puros, sensíveis e fascinantes, em uma tentativa de se produzir filmes estereoscópicos.

Música: Fórum Social Mundial (Farina)
Arranjos: Dimensão Experimental


Tusalava - (1929) 10 min. (Nova Zelândia)de Len Lye Tusalava, o primeiro filme realizado em Inglaterra pelo neo-zelandês Len Lye, foi construído com uma técnica chamada «animação tradicional» ou «cel animation», que consiste na animação de desenhos (no caso, cerca de 4400) feitos em celulóide, em que cada quadro é desenhado à mão e depois fotografado. Tusalava é uma animação abstrata onde duas formas orgânicas evoluem a partir de uma relação a um tempo simbiótica e parasitária. Pontos e círculos entram em contacto entre si, reagem e interpenetram-se, absorvem ou separam-se das formas opositoras, criando padrões cada vez mais complexos. O filme captura a mutabilidade da existência, a ambiguidade entre a penetração criadora e a agressão destruidora, a absorção e a síntese. Podemos encontrar algumas semelhanças entre Tusalava e alguns dos filmes abstractos realizados na década de 20, por nomes como Oskar Fischinger e Hans Richter. No entanto, Tusalava distancia-se daqueles pelo facto de Lye ter sido muito influenciado pela arte dos aborígenes australianos e do Pacífico Sul. Assim, ao combinar a arte tribal com a arte moderna, Tusalava apresenta formas mais orgânicas que os filmes de Fischinger e Richter, que eram dominados por formas mais geométricas e angulares. As formas e os padrões de Tusalava movimentam-se como se fossem entidades vivas em constante mutação, o que levou a crítica a ver no filme uma narrativa acerca das formas primitivas de vida. A despeito destas interpretações, Tusalava pode ser visto como um ensaio sobre a natureza do movimento. Lye procurou criar um conjunto de imagens em permanente interacção que encerrassem um sentido mágico da vida e que envolvessem fisicamente os espectadores.

Música: Tusalava (Farina/Saboia/Dutra)
Parte I (Farina/Sabóia/Dutra)
Parte II (Farina)
Arranjos: Dimensão Experimental


Dimensão Experimental:
Klaus Farina - Teclados, Guitarra, Flauta e Programação
Mozart Dutra - Percussão Acústica e Efeitos Eletrônicos
Alvaro Sabóia - Teclados e Gaita de Boca

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Cinema no Arquivo: Koyaanisqatsi - dia 28/05/2015 entrada franca



O grupo Dimensão Experimental que no sábado dia 30/05/2015 vai participar da semana de aniversário do 65º ano de existência do Clube de Cultura de Porto Alegre, com uma programação especial apoia a iniciativa do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (APERS) com seu projeto Cinema no Arquivo. Este projeto junto com o Cinema Livre do Clube de Cultura são ótimas oportunidades para o verdadeiro apreciador da sétima arte. Ambos projetos visam sessões de cinema apresentando filmes fora do circuíto comercial dos Shopping Centers (antigamente se falava em Centros Comerciais antes das das chamadas "leis de mercado neoliberais"). São filmes de altíssima qualidade artística cultural. Abaixo reproduzimos a matéria publicada no blog do APERS.

Com a proximidade do Dia Mundial do Meio Ambiente, que é comemorado em 5 de junho, o Cinema no Arquivo promove, no dia 28 de maio de 2015, a exibição do filme Koyaanisqatsi, de Godfrey Reggio, de 1982.

Com uma visão minimalista, a comunicação deste filme se dá por imagens e pela instigante música de Phillip Glass, já que não há atores, enredo convencional ou diálogos. Por meio de paisagens naturais e imagens de cidade e pessoas, o diretor mostra os efeitos da modernização provocados pelo pretenso progresso apregoado e produzido pelo ser humano.

Na língua Hopi, Koyaanisqatsi significa Vida em Desequilíbrio, e isto é mostrado em impressionantes imagens cinematográficas, gravadas entre 1977 e 1982, numa narrativa fílmica que constrói um longo movimento de aceleração, tornando-se, assim, um filme sensorial.

Koyaanisqatsi é o primeiro filme de uma trilogia que o diretor Godfrey Reggio denominou Qatsi, que em Hopi significa vida. Os outros dois filmes desta trilogia são Powaqqatsi (Vida em transformação), de 1988, e Naqoyqatsi (Vida em guerra), de 2002. A trilha sonora destes outros dois filmes também são de autoria de Phillp Glass.

Não perca, então, a possibilidade de viver esta experiência e venha assistir a sessão no dia 28 de maio, às 18h30min, no Auditório Marcos Justo Tramontini – APERS. Logo após, teremos debate com o Professor da UFRGS, Doutor em Ecologia e Recursos Naturais, Paulo Brack.

A entrada é franca e não exige inscrição prévia. Venha prestigiar mais um evento cultural do APERS! Aproveite e confira a exposição fotográfica “A (des)urbanização do meio ambiente” na sala Professor Joél Abílio Pinto dos Santos, também com a temática sobre meio ambiente. Participe!


arquivopublicors.wordpress.com/2015/05/20/cinema-no-arquivo-koyaanisqatsi/

terça-feira, 19 de maio de 2015

Cinema no Arquivo Curta no Almoço amanhã dia 20/05/2015 - entrada franca.


Amanhã dia 20 no Arquivo Público do Estado (APERS), com entrada franca, vai acontecer mais uma edição do Projeto Cinema no Arquivo - Curta no Almoço com o filme Baraka. O grupo Dimensão Experimental, que no próximo dia 30/05/2015, participará da semana de 65 anos de aniversário do Clube de Cultura, apóia este projeto que tem por objetivo abrir oportunidades alternativas de filmes fora do circuíto comercial.

Baraka – 1992 – Ron Ficke – 96 min. “Baraka é um documentário que parte de uma antiga palavra com significados em várias línguas. Pode ser traduzida como benção, sopro ou essência da vida, de onde se desencadeia o processo da evolução do mundo. O filme revela o quanto a humanidade está interligada, apesar das diferenças de religião, cultura e língua dos povos. Um verdadeiro poema visual sem narração ou legenda, somente imagens e sons cuidadosamente capturados e articulados através de uma montagem expressiva, o que faz com que cada tomada adicione a próxima outro significado, cujo tema é… Afinal, do que se trata Baraka? Acredito que cada espectador do filme veja um tema diferente. Ele pode ser sobre a força do planeta Terra. Pode ser sobre as múltiplas diversidades que nos unem. Pode ser muita coisa.
Baraka é uma reprodução visual da ligação humana com a Terra” . música de Michael Stearns

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Dimensão Experimental no Clube de Cultura em 30/05/2015



Cristaux Liquides (1978) de Jean Painleve





Anemic Cinema (1926) de Man Ray


Tusalava (1929) de Len Lye


Foto de um soldado com mascara de gás na primeira guerra mundial.


Dimensão Experimental performando Tusalava de Len Lye

Entre os dia 25 a 30 de maio o Clube de Cultura, rua Ramiro Barcelos, 1853 vai comemorar seus 65 anos de atividade com uma programação cultural variada. O grupo Dimensão Experimental fará parte desta programação com uma performance musical de filmes dividida em duas partes. A primeira com o audiovisual "1914" (2014) de Klaus Farina sobre a Primeira Guerra Mundial. Este é o mais recente trabalho do projeto Música, Cinema e Memória de autoria do Dimensão Experimental, que tem por objetivo o resgate e uma releitura da linguagem do cinema silencioso através da performance com musical autoral ao vivo. Na segunda parte, o Dimensão Experimental vai musicar ao vivo os filmes: Cristaux Liquides (1978) de Jean Painleve, Anemic Cinema (1926) de Man Ray e Tusalava (1929) de Len Lye. Cristaux Liquides (1978) de Jean Painleve é um estudo microsópico das fases de transição dos cristais líquidos. Este filme é no projeto Música, Cinema e Memória uma novidade, pois será pela primeira vez apresentado pelo Dimensão. No ano passado enquanto era criado o audiovisual "1914" o grupo Dimensão Experimental deveria ter participado do Festival de Artes do Atelier da prefeitura de Porto Alegre performando os filmes da segunda parte do programa de 30 de maio próximo, marcando para aquela oportunidade em princípio a estréia da performance de Cristaux Liquides. Infelizmente não foi possível na ocasião. Agora será finalmente apresentado Cristaux Liquides. A trilha sonora (música eletroacústica) para este trabalho está em sintonia com as imagens. A apresentação do Dimensão Experimental vai começar ás 21h. com entrada franca.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Cinema Livre no Clube de Cultura com George Méliès amanhã.



"Amanhã, 14 de maio, faremos a terceira sessão do Cine Clube de Quinta com vários curtas do MÉLIÈS, entre eles As 4 Cabeças Pensantes, o Diabo no Convento, Caso Dreyfus e o clássico Viagem à Lua. A entrada é GRATUITA, e a exibição é no segundo andar, na sala de cursos do Clube de Cultura, na Rua Ramiro Barcellos, 1853, as 19h. Apareçam!"

terça-feira, 12 de maio de 2015

Cinema no Arquivo: Curta no Almoço


Na próxima quarta-feira, 13 de maio, a partir das 12h, o APERS apresentará 04 curtas-metragens com temática voltada ao meio ambiente: Inhabitants, do armênio Artavazd Peleshian; H2O, do norte-americano Ralph Steiner; Regen, do holandês Joris Ivens; e Ilha das Flores, do gaúcho Jorge Furtado.

A entrada é franca e não precisa de agendamento prévio. Participe!

Dimensão Experimental no DMAE em 2012.

Dimensão Experimental performando H2O de Ralph Steiner (1929) em 2012 no DMAE.

O grupo Dimensão Experimental, que no próximo dia 30 de maio, vai apresentar no Clube de Cultura, o audiovisual "1914", como parte da programação de 65 anos da entidade, apoia mais essa iniciativa do APERS. Esta instituição do Estado, está se firmando aos poucos como local para sessões de filmes fora do circuito comercial e desconhecidos do grande público como: H2O, Inhabitants e Regen. Ilha das Flores já é um trabalho mais conhecido e dispensa maiores apresentações. O projeto Música, Cinema e Memória de autoria do grupo Dimensão Experimental, que tem por objetivo o resgate e uma releitura da linguagem do cinema silencioso, já musicou e performou ao vivo alguns destes filmes que serão apresentados no APERS como: H2O de Ralph Steiner e Regen de Joris Ivens.

Confira abaixo a sinopse de cada curta.

Inhabitants – Artavazd Peleshian (1970 – Armênia) 8min.


Produzido em 1970, Inhabitants retrata a vida selvagem em momentos de pânico. À primeira vista, o filme apresenta-se com um tom anti-humanidade. Em Inhabitants, Pelechian parece estar voltado para o modo indiscutivelmente cínico de ”Au début” de 1967. Entretanto, uma vez que você começa a ver que os humanos no filme não são exatamente seres humanos, a fé de Pelechian na humanidade vem à tona. Em Inhabitants, Pelechian manipula o tempo e o som (duração de tomadas longas, reforçadas por áudio e música) através da montagem como forma de demonstrar as manifestações da natureza, e como as pessoas interagem com a mesma. No filme, o homem está presente como predador, mesmo que não apareça em nenhuma cena. Sua presença, porém, se faz sentir em especial quando Pelechian introduz sons de tiros.em uma sequência de animais correndo em fuga, como se estivessem buscando um lugar seguro do predador invisível, ou nas cenas em que aparecem animais enjaulados, em contraste ao voo dos pássaros que sugere a ideia de liberdade. Metaforicamente, Pelechian parece demonstrar, por meio da natureza, o confronto da própria humanidade consigo mesma.


H2O – Ralph Steiner (1929 – EUA) 12min.



H2O é um filme rápido e experimental que tem como tema a água em todas as suas formas. É um estudo clássico das amostras de luz e de texturas sobre a superfície da água, um tipo de poema cinematográfico que enfatiza o ritmo e as alterações por meio das qualidades visuais das imagens e da estrutura da edição. Esta concentração de padrões de movimento, sombreamento e textura fazem de H2O uma obra-prima, que, junto a Regen, de Joris Ivens, são considerados os dois primeiros filmes com temática ambiental da história do cinema.


Ralph Steiner (1899-1986), fotógrafo americano e cineasta. Após sua graduação 1921 do Dartmouth College, onde aprendeu técnicas de fotografia, Steiner se mudou para New York e estudou na Clarence H. White School of Photography. Cada vez mais socialmente engajado, Steiner voltou-se para um estilo de documentário mais realista. A mudança é particularmente evidente em seus filmes: o resumo do estudo inicial de água e luz, H 2 O (1929). Um filme rápido e experimental composto em torno do tema da água em todas as suas formas. Um estudo clássico das amostras de luz e texturas sobre a superfície da água Como um tipo de poema cinematográfico enfatizando o ritmo e alterações através das qualidades visuais das imagens e da estrutura da edição. Quando o cineasta move a câmera mais próxima da superfície reflexiva, as imagens tornam-se mais abstratas e visualmente dramáticas. Esta concentração de padrões de movimento, sombreamento e textura fazem de H 2 O uma obra prima.


Regen – Joris Ivens (1929 – Holanda) 14min.


Regen é um poema em movimento sobre a chuva em Amsterdã. Este filme é uma composição impressionista e segue seu rumo musical. O realizador, que filmou em diversos locais da cidade, demorou mais de dois anos para cinematografar cenas de chuva suficientes para conseguir compor o filme.


Em 1929, quando o cinema migrava para o sonoro, um jovem documentarista holandês, Joris Ivens, realizou um pequeno milagre chamado Regen (Chuva). O filme, de 14 minutos, ainda mudo, foi o resultado de meses a fio de filmagem meticulosamente editada. E tem como trunfo um ritmo exuberante que busca acompanhar a importância da água dentro da paisagem e do quotidiano de uma cidade tão marcada pela presença dela como Amsterdã. O dispositivo adotado por Ivens passa sobretudo pelo de aproximar a água da chuva de outras superfícies igualmente úmidas ou refratárias dessa umidade: canais, calhas, poças, cisternas, clarabóias, coxias, vitrines, vidraças, o asfalto molhado, etc. Num dos planos mais belos, capta-se o rastro de luz que água deixa sobre a cobertura preta dos guarda-chuvas. A chuva mercadejando com transparências: o vidro, a lisura líquida dos espelhos [será que dessa placidez líquida vem a expressão “espelho d’água”?]. Boa parte da poesia de Regen vem dessa refração. Uma notícia cifrada em água. Em água caindo sobre água. E, assim, o filme de Ivens recompõe com que uma sorte de poesia metereológica muito simples e sua: os ritmos dessa cidade profundamente afetada tanto pela água que cai, quanto pela que lhe meandra em margens e direções diversas. A cidade dos canais. [Amsterdã quer dizer “foz em delta do Rio Armst”]. Coordenadas cartesianas imaginadas sob a perspectiva do úmido. E, depois, desorientadas sob uma poesia curva, que implicaria numa desaprovação do austero Mondrian – para mencionar outro mestre holandês. Talvez. A chuva tem esse dom sumpremo de instalar talvezes no espírito.


O que mais encanta em Regen são os ritmos. Gente afetada pela chuva. Convivendo com ela de diferentes modos. E, como, diria Bresson, os ritmos são todo-poderosos, traduzem “o vento invisível através da água que ele esculpe passando”. Como, em Regen, as três meninas que passam sob uma única capa de chuva distendida sobre suas cabeças. E cujos passos gentis são marcados por um ritmo indelevelmente quebrado, uma única vez, pela dissonância de um passo em falso – quase como se, de fato, entrasse, por meio desse passo avulso, a nota azul do jazz na harmonia da progressão. Mas antes disso há um prefácio. Entrevemos as nuvens densas se entrelaçando acima da cidade, e um avião abrindo sua via por um vão estreito no meio delas. E, então, em terra, o vento sopra forte na copa das árores, em roupas num varal improvisado sobre um convés de barco ancorado, um lençol estendido estufa-se diante de velhas fachadas, bandeiras despregam-se, a lona de um toldo quase é arrancada de sua armação, um bando de passáros sobrevoa em formação os velhos prédios de onde os holandeses saíram para uma saga marítima que quase rivaliza com a dos portugueses. E há esse plano em que a balaustrada de uma ponte, com uma luminária, destaca-se, oscilando suavemente sobre a água de um canal por não mais de quatro segundos. Mas esses segundos estão entre os mais preciosos – e precisos – da história do cinema e desse filme adorável. Regen é o filme de catorze minutos em que cada minuto concentra um século de lições de cinema. E não ao modo didático, frenético de um Vertov [que, de resto, não é menos instigante]; mas com a poesia, a gentileza e a humanidade dos dias em que o espírito se faz paz. E o mundo se reconcilia dentro da gente.

Ilha das Flores – Jorge Furtado (1989 – Brasil) 15min.


Um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho.


Dimensão Experimental performando Tusalava (1929) de Len Lye, na Sala de Cinema Eduardo Hirtz (CCMQ) quando da participação do grupo no Fórum Social Mundial Temático de Porto Alegre edição 2012.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

George Méliès no Clube de Cultura - próxima quinta, dia 14 com entrada franca.




Dia 14/05/2015 (quinta-feira) no Clube de Cultura, rua Ramiro Barcelos 1853, as 19h. vai acontecer mais uma sessão de cinema do projeto "Cinema Livre". Este projeto tem como objetivo apresentar filmes antigos e pouco conhecidos do público atual. O grupo Dimensão Experimental, que em 30 de maio vai participar da semana de aniversário dos 65 anos do Clube de Cultura apoia este projeto. Serão apresentados vário curtas como o famoso " Viagem à Lua" de 1902. O projeto "Cinema Livre" acontece sempre duas vezes nas 2º e 4º quintas-feira de cada mês.


George Méliès nasceu em 1861 e depois de se tornar um dos mais famosos mágicos ilusionistas da França, dono do famoso teatro “Robert-Houdin”, se tornaria também, o criador do primeiro filme de ficção científica da história, “Viagem à Lua” (de 1902), e o inventor de uma técnica de efeitos especiais usada até hoje: o “stop-motion”, a filmagem quadro-a-quadro que dá movimento a objetos inanimados.
A história de Méliès com o cinema começa com os irmãos Auguste e Louis Lumière, quando estes apresentaram o seu “cinematógrafo” à cerca de 30 pessoas em 1895, em Paris. Os irmãos Lumière que acabavam de inventar o cinema sem querer deram uma idéia ao mágico Méliès que viu no cinematógrafo uma boa maneira de mostrar sua arte.


O mágico do cinema descobriu a técnica que o deixaria famoso por acidente. Um dia, enquanto filmava um ônibus em movimento, a câmera de repente pifou. Ao voltar a filmar, um carro fúnebre aparecera no lugar do ônibus e, ao assistir a filmagem, Méliès percebeu que o ônibus “se transformara” em um carro fúnebre.

Até fazer seu filme de maior sucesso, “Viagem à Lua” de 1902, Méliès fez vários outros filmes (ao todo, Méliès filmou cerca de 500 filmes em toda sua vida), incluindo o filme “Orquestra de um Homem Só” onde ele mesmo aparece tocando vários instrumentos ao mesmo tempo.


Infelizmente, como a maioria dos grandes gênios naquela época, Méliès morreu sem ter o reconhecimento devido. Apenas cinco anos após lançar seu filme de maior sucesso encontrava-se falido. O Teatro “Robert-Houdin” fechara por ocasião da I Guerra Mundial e seu teatro de variedades (que ele havia criado em 1915) declarou falência em 1923.

Várias de suas obras foram vendidas para fábricas de celulóide e transformadas em sapatos para soldados. O próprio Méliès revoltado com sua situação financeira destruiu parte de seus filmes.



Méliès morreu em 1938. Falido, sem sucesso, sem mágica. A sua história é contada no livro A Invenção de Hugo Cabret, de Brian Selznick, que deu origem ao filme de mesmo nome, dirigido por Martin Scorcese em 2011.

Texto escrito e publicado no site InfoEscola por: Caroline Faria