terça-feira, 23 de agosto de 2016

Ciclo Tabajara Ruas - Musecom no Teatro Carlos Carvalho na CCMQ começa hoje


CICLO TABAJARA RUAS
O Museu da Comunicação em parceria com a Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ) apresenta o Ciclo de Cinema Tabajara Ruas. Nesse evento, serão exibidos quatro filmes seguidos de bate-papo com o diretor sobre capítulos da história do Rio Grande do Sul. As sessões ocorrerão às 18:30 no Teatro Carlos Carvalho, na CCMQ.

Confira a programação abaixo e participe. A entrada é gratuita.

23 de agosto – BRIZOLA, TEMPOS DE LUTA (Terça)- Tema: Legalidade
29 de setembro – NETTO PERDE SUA ALMA (Quinta)- Tema: Revolução Farroupilha
25 de outubro – OS SENHORES DA GUERRA (Terça) - Tema: Revolução de 1923
29 de novembro – NETTO E O DOMADOR DE CAVALOS (Terça) - Tema: Questão de Porongos

Para mais informações: (51)32244252/ museu.hipolito@gmail.com

O grupo Dimensão Experimental apoia esta iniciativa do Musecom.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Dimensão Experimental tem inscrição homologada no II Mostra de Artes Cênicas e Música do Teatro Glênio Peres



O grupo Dimensão Experimental teve sua inscrição homologada na II Mostra de Artes Cênicas e Música do Teatro Glênio Peres. O Dimensão Experimental se contemplado vai performar a suite "1914", inspirado em imagens da primeira guerra mundial.



"1914", é o mais recente trabalho do projeto cultural Música, Cinema e Memória de autoria do grupo Dimensão Experimental. Este projeto tem como objetivo o resgate e uma re-leitura da linguagem do cinema silencioso. "1914", é inspirado em imagens de filmes antigos feitos por cinegrafistas, jornalistas e outros que cobriram a Primeira Guerra Mundial. As imagens dos filmes que formam o audiovisual "1914" foram coletadas no youtube. Este conflito mudou os rumos da história da humanidade, inaugurando uma era de violência extrema que conforme o historiador Eric Hobsbawm marcou a característica do século XX.
"1914" foi roteirizado e editado sob a forma de um documentário mudo musicado ao vivo. A trilha sonora é de autoria do grupo Dimensão Experimental (Álvaro Sabóia, Mozart Dutra e Klaus Farina) que também assinam os arranjos.



Há pouco mais de cem anos eclodiu a primeira guerra mundial. Um conflito que matou mais 10 milhões de pessoas cujas consequências até hoje estão presentes. A situação da Palestina é consequência da grande guerra de 1914 a 1918 e que continua sem solução. O estopim desse conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, arquiduque do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, Gavrilo Princip um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia. O grupo Dimensão Experimental vem trabalhando há um ano na criação deste audiovisual inspirado em imagens da primeira guerra mundial, cujo titulo é "1914".



A grande guerra (1914 - 1918) é dividia em 3 fases distintas. A guerra de movimento (1914, com o avanço frenético das tropas de ambos os lados tentando conquistar territórios, com um número expressivo de mortos. A guerra de trincheiras (1915, 1916 1917), pois foi impossível manter o ritmo inicial. Os exércitos da Alemanha, recuaram na frente oeste e retomaram os territórios da frente leste. E a volta da guerra de movimento em 1918. A guerra iniciada no verão de 1914 foi idealizada como rápida e de baixo custo, eram exércitos de massa, dotados de armamento típicos de uma sociedade industrial. Bastaram alguns meses para se perceber que se tratava de outro tipo de guerra. A cavalaria que no início do conflito desempenhava um papel militar importante foi suplantada pela artilharia. Logo tornou-se evidente o equilíbrio de forças levando os beligerantes a se entricheirarem. Cerca de 700 km de arame farpado, blindagens, posições de tiro, postos de observação, cercas eletrificadas, torres de artilharia e campos minados se estenderam do Mar do Norte à fronteira da Suíça. Em seguida começou uma terrível carnificina, com o uso indiscriminado de gás, lança chamas, aviões, tanques, submarinos, metralhadoras. A lama nas trincheiras, as infecções, privações e epidemias completariam o quadro. A primeira guerra mundial foi como muito bem colocou o historiador Paulo Fagundes Vicentini a primeira guerra de massa, deixando como legado o fim de uma Europa de reis, imperadores e aristocratas, marcando o início de um século de violência e resistências intensas.



As Causas da Primeira Guerra Mundial

A primeira guerra mundial foi desencadeada como consequência do nacionalismo e do choque de imperialismos dos países europeus, em decorrência de uma conjuntura político-econômica que favorecia a busca de mercados ainda pouco ou nada explorados em países a margem do capitalismo liberal clássico. A partilha das terras da África e Ásia, na segunda metade do século XIX, gerou muitos desentendimentos entre as nações européias. Enquanto Inglaterra e França ficaram com grandes territórios com muitos recursos para explorar, Alemanha e Itália tiveram que se contentar com poucos territórios de baixo valor. Este descontentamento ítalo-germânico permaneceu até o começo do século XX e foi um dos motivos da guerra, pois estas duas nações queriam mais territórios para explorar e aumentar seus recursos. Alemanha e Itália pagaram pelo fato de ainda não estarem plenamente unificadas quando da corrida neo-colonial do século XIX.

No final do século do século XIX e começo do XX, as nações européias passaram a investir fortemente na fabricação de armamentos. O aumento das tensões gerava insegurança, fazendo assim que os investimentos militares aumentassem diante de uma possibilidade de conflito armado na região.

A concorrência econômica entre os países europeus acirrou a disputa por mercados consumidores e matérias-primas. Muitas vezes, ações economicamente desleais eram tomadas por determinados países ou empresas (com apoio do governo.

Além das rivalidades (exemplo: Alemanha e Inglaterra), havia o pan-germanismo e o pan-eslavismo. No primeiro caso era o ideal alemão de formar um grande império, unindo os países de origem germânica. Já o pan-eslavismo era um sentimento forte existente na Rússia e que envolvia também outros países de origem eslava.



O Genocídio Armênio

O Genocídio Armênio foi o período sombrio da história da Armênia. Entre 1915 e 1923 mais de UM MILHÃO E MEIO de armênios foram brutalmente mortos pelo Governo Turco Otomano. - Quem foi? Os principais responsáveis pelo Genocídio foram os integrantes do partido Comitê União e Progresso, entre eles os Jovens Turcos. Entre os nomes mais influentes estão o ministro do interior Talaat Pasha (1915-1918) e Enver Pasha (1920-1923). - Por quê? Armênios, turcos e curdos conviviam no território do Império Otomano na Ásia Menor. A Turquia, com o declínio do Império Otomano, começava a perder territórios invadidos na Europa e, com o início da 1ª Guerra Mundial, temiam perder também o território ocupado historicamente por armênios. Além disso, o território armênio era colocado entre a Rússia e Turquia, o que interessava a ambos pela posição estratégica de guerra.



O Brasil na Grande Guerra



Quase três anos após o início da guerra, o Brasil foi atacado pela primeira vez. Em abril de 1917, um dos maiores navios da frota mercante, com 4,4 mil toneladas de café, foi torpedeado por um submarino alemão, próximo ao Canal da Mancha, no litoral francês. Como retaliação, o presidente Venceslau Brás recusou-se a receber explicações do embaixador alemão. Uma semana depois, o Brasil rompeu relações diplomáticas com a Alemanha.
O Brasil declarou guerra às Potências Centrais (Alemanha e Áustria-Hungria) em 26 de outubro de 1917, depois que navios brasileiros terem sido atacados por embarcações alemãs. O governo federal tomou posse dos navios alemães atracados no portos brasileiros como forma de retalhação. A participação no conflito foi pequena, resumindo-se ao envio de militares para se integrar ao Exército britânico alguns pilotos brasileiros também participaram. Uma missão médica do Brasil composta de 131 pessoas foi enviada sob a chefia de Nabuco de Gouveia. A Marinha criou a Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG) enviando o maior número de brasileiros (1500). A esquadra naval foi mandada a Dakar, capital do Senegal, com o objetivo de patrulhar a costa africana. Nossa esquadra sofreu grandes perdas ao chegar à África. Os marinheiros brasileiros foram atacados pela gripe espanhola, epidemia terrível que atingiu vários países. Mais de 150 brasileiros morreram antes mesmo de entrar no campo de batalha na Primeira Guerra.



"1914" 43 minutos PB silencioso
Direção, roteiro, edição, texto e pesquisa histórica: Klaus Farina
Produção: Dimensão Experimental
Produção Executiva: Klaus Farina
Música composta arranjada e interpretada por Dimensão Experimental:
Álvaro Sabóia - Teclados / Gaita de Boca
Mozart Dutra - Percussão Acústica / Efeitos Eletrônicos
Klaus Farina - Teclados / Guitarra / Flauta / Programação Eletrônica
Apoio: Clube de Cultura, E O Vídeo Levou, Rádio da Universidade - Programa Sonoridades.














Música: "1914" - suíte em de onze movimentos de Álvaro Sabóia / Mozart Dutra / Klaus Farina.

I - O Ultimo Verão da Belle Époque (Farina)
II - A Dança de Marte e o Rufar dos Tambores (Farina/Sabóia)
III - Guerra de Movimento (Farina/Sabóia)
IV - Guerra de Trincheiras (Farina)
V - A Batalha de Gallipoli (Farina)
VI - Genocídio Armênio (Farina)
VII - Guerra submarina (Farina)
VIII - Gás (Farina/Dutra)
IX - O Deus da Carnificina (Farina)
X - O Armistício, uma paz duradora? (Farina)
XI - Subsídios para outra guerra (Farina/Sabóia/Dutra)