sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Clube de Cultura - Hoje Festa de Confreternização e estréia da exposição Che - Mateada do Bioma - Lançamento do livro Flavio Koutzii - Biografia de um militante revolucionário - De 1943 a 1984


No dia 15 de dezembro de 2017, a partir das 20h30, venha confraternizar no Clube de Cultura.
Somos lugar de resistência e de afeto.
São tod@s bem-vind@s.
Na mesma noite, teremos a abertura da exposição Che, Hasta Siempre.

Entrada Franca.

Local: Clube de Cultura, rua Ramiro Barcelos, 1853.


No ano em que lembramos os 50 anos da entrada na imortalidade de Che Guevara, os mais renomados cartunistas gaúchos prestam uma homenagem ao revolucionário que sonhou e lutou pela liberdade dos povos, na Exposição CHE, HASTA SIEMPRE.


Em 17 de dezembro comemora-se o Dia Nacional do Bioma Pampa, tal data foi escolhida em homenagem ao nascimento do ambientalista José Antônio Lutzenberger. O Pampa foi reconhecido como Bioma em 2004 e teve seu dia criado em 2007, necessitando ser considerado como Patrimônio Natural na Constituição Federal! (PEC do Bioma Pampa 05/2009). Venha compartilhar conosco sua história pampeana.
O local escolhido é na sombra das árvores ao lado do Monumento Expedicionário do Parque da Redenção.
*teremos estrutura de mesa e som para músicos, instrumentistas, poetas, e payadores e payadoras.
---- com chuva: não sai -----
Evento auto organizado. Vamos somar!


A Libretos lança o livro
Flavio Koutzii - Biografia de um militante revolucionário - De 1943 a 1984.
De Benito Bisso Schmidt.


16 de dezembro, a partir das 19h, no Clube de Cultura
(Ramiro Barcelos, 1853), sessão de autógrafos com Flavio e Benito.

Este livro foi realizado a partir de uma pesquisa acadêmica de Benito Bisso Schmidt sobre Flavio Koutzii. O autor buscava um personagem cujos percursos muito pudessem nos contar a respeito da história latino-americana recente. Por sua vez, o biografado Flavio Koutzii buscava “garantir a inscrição de sua vida e dos valores nos quais acredita em uma narrativa capaz de fazer jus, sem concessões heroicizantes, à densidade e complexidade de sua história e da sua geração”. Assim, deu-se o encontro ideal para a origem de um livro. Benito nos conduz por entre os diversos aspectos que compõem o caminho do biografado: os anos de formação de Flavio Koutzii, desde a infância no bairro Bom Fim, seu ingresso na política, sua militância no Brasil e na Argentina, lá seguida pela prisão, e pelo seu exílio na França, até seu retorno a Porto Alegre, em 1984. Como muitos de seus contemporâneos, ele vivenciou a efervescência política e cultural da “geração 68”, bem como sofreu com intensidade a repressão que se abateu sobre os homens e mulheres que tiveram a coragem de resistir às ditaduras latino-americanas.
O livro tem apoio da Capes, CNPq e Programa de Pós-graduação de História.

ISBN 978-85-5549-027-9
544 páginas
Ilustrado
Preço sugerido R$49,90

O grupo Dimensão Experimental é apoiado destes eventos.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

CINE CLUBE DE CULTURA - CICLO CINEMA EXPERIMENTAL - DIMENSÃO EXPERIMENTAL AMANHÃ NO CLUBE DE CULTURA - ENTRADA FRANCA


CINE CLUBE DE CULTURA - CICLO CINEMA EXPERIMENTAL

Local: Clube de Cultura, rua Ramiro Barcelos 1853.
Horário: 19h30min.
Entrada Franca

DIMENSÃO EXPERIMENTAL

14 de dezembro, 19h30

Música, Cinema e Memória, de Dimensão Experimental (10 curtas, 2012, 60min)

O projeto Música, Cinema e Memória, criado em 2008 pelo grupo de música instrumental Dimensão Experimental, tem como proposta o resgate e uma releitura da linguagem do cinema silencioso para filmes experimentais dos anos 1920/30, através da performance de músicas autorais ao vivo. Em 2012, o Dimensão Experimental lançou o DVD Música, Cinema e Memória com 10 filmes experimentais dos anos 1920/30, musicados pelo grupo formado por Alvaro Saboia (teclados e gaitas de boca), Mozart Dutra (percussão) e Klaus Farina (teclados, guitarra, flautas e programação).

Ficha técnica de cada curta:


“Tusalava” (1929) – 10 min. (Nova Zelândia)
Um filme de Len Lye
Música: Tuslava (Farina/Sabóia/Dutra)
Arranjos: Dimensão Experimental
Performance ao vivo na sala Eduardo Hirtz no FSMT em 28/01/2012


“Inflation” (1928) – 3 min. (Alemanha)
Um filme de Hans Richter
Música: Inflação (Farina/Sabóia)
Arranjos: Dimensão Experimental
Performance ao vivo na sala de cinema Eduardo Hirtz no FSMT em 28/01/2012


“Spiel der Wellen” (1926) – 3 min. (Alemanha)
Um filme de Lotte Lendesdorff e Walter Ruttmann
Música: Brincando sob as Ondas (Farina/Sabóia)
Arranjos: Dimensão Experimental


“Filmestudie” (1926) – 4 min. (Alemanha)
Um filme de Hans Richter
Música: Arquétipos do Desejo (Farina)
Arranjos: Dimensão Experimental


“Swing the Lambeth Walk (1939) – 4 min. (Nova Zelândia)
Um filme de Len Lye
Música: Fusão Latina (Farina)
Arranjos: Dimensão Experimental


“H 2 O” (1929) – 12 min. (EUA)
Um filme de Ralf Steiner
Músicas: Akvo (Farina/Sabóia) e All Wright (Farina)
Arranjos: Dimensão Experimental
Performance ao vivo na sala de cinema Eduardo Hirtz no FSMT em 28/01/2012


“Le Retour à La Raison” (1923) - 2 min. (França / EUA)
Um fime de Man Ray
Música: O Retorno da Razão (Farina/Sabóia)
Arranjos: Dimensão Experimental


“Ballet Mécanique” (1924) - 11 min. (França)
Um filme de Fernand Léger
Música: Imago Mundi / O sagrado e o Profano (Farina)
Arranjos: Dimensão Experimental


“Anemic Cinema” (1926) - 6 min. (FRANÇA)
Um filme de Marcel Duchamp
Música: Fórum Social Mundial (Farina)
Arranjos Dimensão Experimental


“Les Mystères du Château de Dé” (1929) – 20 min. (França / EUA)
Um filme de Man Ray Man Ray
Música: Os Mistérios do Castelo de Dados (suíte em seis movimentos de autoria de Klaus Farina com colaboração adicional de Álvaro Sabóia no sexto movimento)
Arranjos: Dimensão Experimental
Performance ao vivo na sala de cinema Eduardo Hirtz no FSMT em 28/01/2012



Mito do Eterno Retorno (2014, 32min), de Klaus Farina, música de Dimensão Experimental

Inspirado na obra homônima de Mircea Eliade, o Mito do Eterno Retorno foi lançado originalmente em CD (2009). A suite O Mito do Eterno Retorno foi reformulada e tornou-se mais um projeto do grupo Dimensão Experimental, feito sob encomenda para o Museu Antropológico do Rio Grande do Sul como parte da programação cultural de O Seminário dos Povos Indígenas, realizado no Memorial do Rio Grande do Sul, em 27/09/2012. O material musical foi gravado ao vivo e depois editado com as imagens que compõem o audiovisual O Mito do Eterno Retorno, lançado em 2014. A performance do grupo Dimensão Experimental, formado por Alvaro Saboia (teclados, apitos e gaitas de boca), Mozart Dutra (percussão e apitos) e Klaus Farina (teclados, guitarra, flautas, apitos, ocarina e programação) contou, para este evento, com a participação especial do grupo de música indígena uruguaio Chonik.


“O sagrado e o profano constituem duas modalidades de ser no mundo. As concepções do ser e da realidade podem ser detectadas no comportamento do homem das sociedades pré-modernas, compreendendo estas tanto o mundo a que geralmente chamamos «primitivo» como as antigas culturas da Ásia, da Europa, da Africa e da América. As concepções fundamentais das sociedades tradicionais e em particular a recusa que elas fazem do tempo histórico, assim como a nostalgia que sentem do tempo mítico (ciclico) das origens, não deixa de constituir uma introdução a uma filosofia da história. Assim como a “Natureza” é o produto de uma secularização progressiva do Cosmos, também o homem profano é o resultado de uma dessacralização da existência humana, não podendo abolir definitivamente seu passado, porque ele próprio é produto desse passado”.
Trechos de “O Mito do Eterno Retorno” e “O Sagrado e o Profano” de Mircea Eliade.




A Morada do Karaí (Karaí Kuery Retã)

Em direção à morada de Tupã
Vamos erguer as mãos
Em direção à morada do Karaí
Vamos dançar
Na direção onde nasce o sol
Vamos caninhar

Terra Sem Males (Yvy Ju)

Vamos todos caminhar
Vamos todos caminhar
Quando alcançarmos uma terra sem males
Ficaremos todos felizes
Ficaremos todos felizes

Textos míticos da cultura Guarani


O MITO DO ETERNO RETORNO (Farina/Sabóia/Dutra) (Suíte em dez movimentos)

A - Yvy Ju (Farina/Sabóia/Dutra)
B - Groaperikie (Farina/Sabóia)
C - Groaperikie parte II (Farina/Sabóia)
D - Arquétipos e Repetições (Farina/Sabóia)
E - Lenda de Naylamp (Farina/Sabóia)
F - A Regeneração do Tempo (Farina/Sabóia)
G - Abya Yala (Farina/Sabóia/Dutra)
H - Ciclos Cósmicos e História (Farina)
I - A Sobrevivência do Mito do Eterno Retorno (Farina)
J - O Caminho da Terra Sem Males (Farina/Sabóia/Dutra)

O grupo Dimensão Experimental é formado por:
Klaus Farina – Teclados, Guitarras, Flauta e Programação Eletrônica
Álvaro Sabóia – Teclados e Gaitas de Boca
Mozart Dutra – Percussão Acústica


Realização: Clube de Cultura
Apoio: E o Vídeo Levou e grupo Dimensão Experimental

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

O Processo Intuitivo de Klaus Farina dia 12/12/2017 no Monchito Beer & Burger


Processo Intuitivo é uma sequência do projeto Música, Cinema e Memória do grupo Dimensão Experimental, do qual o músico e compositor Klaus Farina é membro integrante.
O Processo Intuitivo pretende, por meio de música intuitiva autoral, apresentar um resgate e uma releitura da linguagem do cinema silencioso, performando filmes experimentais pouco conhecidos do grande público.

Música composta, produzida e arranjada por: Klaus Farina - Teclados/Guitarra/Flauta
Participação especial: Renata Veleda - Vocalize

Local: Mobchito Beer & Burger, rua Felipe Camarão, 268
Horário: 20h
Entrada Franca


Nesta apresentação, serão musicados ao vivo os seguintes filmes:


Unglassed windows cast a terrible reflection (1953, 29min10), de Stan Brakhage
Uma anatomia da violência. Seis jovens, quatro rapazes e duas moças viajando num carro em uma estrada deserta. Há uma rivalidade entre dois caras para uma das moças. Em uma estrada remota, o carro para próximo às ruínas de uma antiga mineradora. O motorista sai a pé tentando pegar carona até a localidade mais próxima para buscar ajuda no conserto do carro. Liderados pela moça que despertou a rivalidade entre os dois rapazes, os outros caminham em direção aos prédios abandonados da mineradora. Um dos três rapazes senta e lê. A moça que lidera o grupo explora o edifício e vê algo que a assusta. Ela grita; os dois rivais e a segunda moça correm para encontrá-la. Ela diz algo que provoca uma briga entre seus dois pretendentes. O rapaz com o livro se afasta desapontado com a reação dos dois amigos. O que se segue são momentos angustiantes que leva a um clímax. Neste trabalho, Brakhage explora de maneira experimental as possibilidades psíquicas que um filme em preto e branco pode expressar por meio de uma trama em que o suspense emerge a cada instante, fazendo uso competente de ângulos da câmera em contraste com as sombras, em grande estilo.


Polychrome fantasy (1935, 2min51), de Norman McLaren
Poema fílmico silencioso, em que o cineasta divide a tela em duas partes e experimenta, de maneira criativa e divertida, a performance de quatro bailarinas na parte inferior da tela e, na parte superior, uma sobreposição de imagens animadas. Tudo com diferentes texturas de cores pintadas sobre a película, que mudam frequentemente durante a dança.


Pas de deux (1968, 10min4), de Norman McLaren
O processo básico de construção do discurso fílmico utilizado por Norman McLaren, em Pas de Deux, já havia sido utilizado em Canon, com o uso da optical printer na repetição de imagens no espaço do mesmo enquadramento. Em Pas de Deux, McLaren registra os movimentos de dois bailarinos vestidos de branco contra um fundo negro, iluminados lateralmente de forma tangencial, em película de alto-contraste, a uma velocidade de 48 fotogramas por segundo, a fim de dar um leve efeito em câmera lenta.

Apoio: Dimensão Experimental, Monchito Beer & Burger, E O Vídeo Levou



segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Cine Clube de Cultura - Ciclo Cinema Experimental


No mês de dezembro, o Cine Clube de Cultura exibirá filmes experimentais.

Confira a programação abaixo.
A entrada é franca.
Participe!
Local: Clube de Cultura, rua Ramiro Barcelos, 1853
Horário: 19h30min.

UM HOMEM COM A CÂMERA




07 de dezembro, 19h30 – Um homem com uma câmera (1929, 68min)
Grande marco do cinema soviético do período Lenin. "Um Homem Com Uma Câmera" é o mais puro exemplo da ruptura total do cinema com a literatura e a dramaturgia, uma autêntica iniciação aos segredos da linguagem cinematográfica. Dziga Vertov, o artista preferido do governo soviético, criou o Kino-Pravda (Cine-Verdade) e o Kino-Glaz (Cine-Olho), novos conceitos para captação da realidade, formatada dentro de uma montagem visionária que influenciaria o cinema do Pós-Guerra. As imagens são deslumbrantes e de grande impacto visual. Sem dúvida um dos filmes mais importantes de todos os tempos. A trilha sonora é composta e conduzida pela Alloy Orchestra, seguindo as instruções escritas por Dziga Vertov. Cópia remasterizada do negativo de 35mm.




DIMENSÃO EXPERIMENTAL - MÚSICA, CINEMA E MEMÓRIA


14 de dezembro, 19h30
Música, Cinema e Memória, de Dimensão Experimental (10 curtas, 2012, 60min)
O projeto Música, Cinema e Memória, criado em 2008 pelo grupo instrumental Dimensão Experimental, tem como proposta o resgate e uma releitura da linguagem do cinema silencioso para filmes experimentais dos anos 1920/30, através da performance de músicas autorais ao vivo. Em 2012, o Dimensão Experimental lançou o DVD Música, Cinema e Memória com 10 filmes experimentais dos anos 1920/30, musicados pelo grupo formado por Alvaro Saboia (teclados e gaitas de boca), Mozart Dutra (percussão) e Klaus Farina (teclados, guitarra, flautas e programação).

Ficha técnica de cada curta:


“Tusalava” (1929) – 10 min. (Nova Zelândia)
Um filme de Len Lye
Música: Tuslava (Farina/Sabóia/Dutra)
Arranjos: Dimensão Experimental
Performance ao vivo na sala Eduardo Hirtz no FSMT em 28/01/2012


“Inflation” (1928) – 3 min. (Alemanha)
Um filme de Hans Richter
Música: Inflação (Farina/Sabóia)
Arranjos: Dimensão Experimental
Performance ao vivo na sala de cinema Eduardo Hirtz no FSMT em 28/01/2012

“Spiel der Wellen” (1926) – 3 min. (Alemanha)
Um filme de Lotte Lendesdorff e Walter Ruttmann
Música: Brincando sob as Ondas (Farina/Sabóia)
Arranjos: Dimensão Experimental


“Filmestudie” (1926) – 4 min. (Alemanha)
Um filme de Hans Richter
Música: Arquétipos do Desejo (Farina)
Arranjos: Dimensão Experimental

“Swing the Lambeth Walk (1939) – 4 min. (Nova Zelândia)
Um filme de Len Lye
Música: Fusão Latina (Farina)
Arranjos: Dimensão Experimental

“H 2 O” (1929) – 12 min. (EUA)
Um filme de Ralf Steiner
Músicas: Akvo (Farina/Sabóia) e All Wright (Farina)
Arranjos: Dimensão Experimental
Performance ao vivo na sala de cinema Eduardo Hirtz no FSMT em 28/01/2012

“Le Retour à La Raison” (1923) - 2 min. (França / EUA)
Um fime de Man Ray
Música: O Retorno da Razão (Farina/Sabóia)
Arranjos: Dimensão Experimental

“Ballet Mécanique” (1924) - 11 min. (França)
Um filme de Fernand Léger
Música: Imago Mundi / O sagrado e o Profano (Farina)
Arranjos: Dimensão Experimental


“Anemic Cinema” (1926) - 6 min. (FRANÇA)
Um filme de Marcel Duchamp
Música: Fórum Social Mundial (Farina)
Arranjos Dimensão Experimental


“Les Mystères du Château de Dé” (1929) – 20 min. (França / EUA)
Um filme de Man Ray Man Ray
Música: Os Mistérios do Castelo de Dados (suíte em seis movimentos de autoria de Klaus Farina com colaboração adicional de Álvaro Sabóia no sexto movimento)
Arranjos: Dimensão Experimental
Performance ao vivo na sala de cinema Eduardo Hirtz no FSMT em 28/01/2012

O MITO DO ETERNO RETORNO


Mito do Eterno Retorno (2014, 32min), de Klaus Farina, música de Dimensão Experimental

Inspirado na obra homônima de Mircea Eliade, o Mito do Eterno Retorno foi lançado originalmente em CD (2009). A suite O Mito do Eterno Retorno foi reformulada e tornou-se mais um projeto do grupo Dimensão Experimental, feito sob encomenda para o Museu Antropológico do Rio Grande do Sul como parte da programação cultural de O Seminário dos Povos Indígenas, realizado no Memorial do Rio Grande do Sul, em 27/09/2012. O material musical foi gravado ao vivo e depois editado com as imagens que compõem o audiovisual O Mito do Eterno Retorno, lançado em 2014. A performance do grupo Dimensão Experimental, formado por Alvaro Saboia (teclados, apitos e gaitas de boca), Mozart Dutra (percussão e apitos) e Klaus Farina (teclados, guitarra, flautas, apitos, ocarina e programação) contou, para este evento, com a participação especial do grupo de música indígena uruguaio Chonik.


“O sagrado e o profano constituem duas modalidades de ser no mundo. As concepções do ser e da realidade podem ser detectadas no comportamento do homem das sociedades pré-modernas, compreendendo estas tanto o mundo a que geralmente chamamos «primitivo» como as antigas culturas da Ásia, da Europa, da Africa e da América. As concepções fundamentais das sociedades tradicionais e em particular a recusa que elas fazem do tempo histórico, assim como a nostalgia que sentem do tempo mítico (ciclico) das origens, não deixa de constituir uma introdução a uma filosofia da história. Assim como a “Natureza” é o produto de uma secularização progressiva do Cosmos, também o homem profano é o resultado de uma dessacralização da existência humana, não podendo abolir definitivamente seu passado, porque ele próprio é produto desse passado”.
Trechos de “O Mito do Eterno Retorno” e “O Sagrado e o Profano” de Mircea Eliade.



O MITO DO ETERNO RETORNO (Farina/Sabóia/Dutra) (Suíte em dez movimentos)

A - Yvy Ju (Farina/Sabóia/Dutra)
B - Groaperikie (Farina/Sabóia)
C - Groaperikie parte II (Farina/Sabóia)
D - Arquétipos e Repetições (Farina/Sabóia)
E - Lenda de Naylamp (Farina/Sabóia)
F - A Regeneração do Tempo (Farina/Sabóia)
G - Abya Yala (Farina/Sabóia/Dutra)
H - Ciclos Cósmicos e História (Farina)
I - A Sobrevivência do Mito do Eterno Retorno (Farina)
J - O Caminho da Terra Sem Males (Farina/Sabóia/Dutra)

O grupo Dimensão Experimental é formado por:
Klaus Farina – Teclados, Guitarras, Flauta e Programação Eletrônica
Álvaro Sabóia – Teclados e Gaitas de Boca
Mozart Dutra – Percussão Acústica

A Morada do Karaí (Karaí Kuery Retã)

Em direção à morada de Tupã
Vamos erguer as mãos
Em direção à morada do Karaí
Vamos dançar
Na direção onde nasce o sol
Vamos caninhar

Terra Sem Males (Yvy Ju)

Vamos todos caminhar
Vamos todos caminhar
Quando alcançarmos uma terra sem males
Ficaremos todos felizes
Ficaremos todos felizes

Textos míticos da cultura Guarani




Realização: Clube de Cultura
Apoio: E o Vídeo Levou e grupo Dimensão Experimental

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Grupo da Boca Pra Fora se apresenta hoje no Clube de Cultura, a partir das 20h.


Música Popular Brasileira interpretada 'a cappella' com performance cênica. Espetáculo celebra os 26 anos do grupo de Porto Alegre.

O grupo Dimensão Experimental desde já é apoiador desse mais evento no Clube de Cultura.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Cine Clube de Cultura - Ciclo Consciência Negra - Eu Não Sou Seu Negro - Nesta Quinta dia 30/11/2017 - Entrada Franca


Cine Clube de Cultura - Ciclo Consciência Negra

Confira a programação abaixo.
A entrada é franca.
Participe.
Local: Clube de Cultura, rua Ramiro Barcelos, 1853.
Horário: 19h30min.
Entrada Franca

09 de novembro – Racismo: uma história (doc BBC, parte 1, 2007, 58min), de Paul Tickell, e Brasil: uma história inconveniente (2000, 46min), de Phil Grabsky

Racismo: Uma História - é um documentário produzido pela BBC Four (2007) em comemoração ao bicentenário do Ato contra o Comércio de Escravos de 1807, inserido na chamada "Abolition Season", promovida pelo canal inglês.
Brazil: An Inconvenient History (Brasil: Uma história inconveniente) é um documentário dedicado ao passado colonial do Brasil, realizado em 2000 por Phil Grabsky, para a BBC/History Channel. Ganhou um Gold Remi Award no Houston International Film Festival em 2001.

16 de novembro – A negação do Brasil (2000, 92min), de Joel Zito Araújo

Vencedor do Festival "É Tudo Verdade de 2001", o documentário traz à tona a história das lutas dos atores negros pelo reconhecimento de sua importância na história da telenovela brasileira. O documentário é uma viagem na história da telenovela no Brasil e, particularmente, uma análise do papel nelas atribuído aos atores negros, que sempre representam personagens mais estereotipados e negativos. Baseado em suas memórias e em fortes evidências de pesquisas, o diretor aponta as influências das telenovelas nos processos de identidade étnica dos afro-brasileiros e faz um manifesto pela incorporação positiva do negro nas imagens televisivas do país.

23 de novembro – Libertem Angela Davis (2012, 102min), de Shola Lynch

Este documentário retrata a vida de Angela Davis, uma professora de filosofia nascida no Alabama, e conhecida por seu profundo engajamento em defesa dos direitos humanos. Quando Angela defende três prisioneiros negros nos anos 1970, ela é acusada de organizar uma tentativa de fuga e sequestro, que levou à morte de um juiz e quatro detentos. Nesta época, ela se tornou a mulher mais procurada dos Estados Unidos. Ainda hoje, Angela é um símbolo da luta pelo direito das mulheres, dos negros e dos oprimidos.

30 de novembro – Eu não sou seu negro (2016, 93min), de Raoul Peck

Narrado por Samuel L. Jackson, o documentário constrói uma reflexão sobre como é ser negro nos Estados Unidos.
Em 1979, James Baldwin iniciou seu último livro, “Remember This House”, relatando as vidas e assassinatos dos lideres ativistas que marcaram a história social e politica americana: Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King Jr.
Baldwin não foi capaz de completar o livro antes de sua morte, e o manuscrito inacabado foi confiado ao diretor Raoul Peck, que combina esse material com um rico arquivo de imagens dos movimentos Direitos Civis e Black Power, conectando essas lutas históricas por justiça e igualdade com os movimentos atuais que ainda clamam os mesmos direitos.

Realização: Clube de Cultura
Apoio: E o Vídeo Levou e grupo Dimensão Experimental



"Eu não sou seu negro
Por: Juliana Gonçalves e Norma Odara
"A história dos negros na América é a história da América. E não é uma história bonita". Essa é uma das frases que aparecem nos primeiros minutos do documentário ''Eu não sou seu negro”, dirigido pelo haitiano Raoul Peck. O roteiro é construído a partir do livro inédito e inconcluso do escritor estadunidense James Baldwin (1924 – 1987), batizado de Remember This House (1979).
A obra traça a história racial conflituosa em território americano a partir dos assassinatos de três dos principais líderes negros da história: Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King, todos "mortos com menos de 40 anos" em um intervalo de apenas cinco anos (Evers, em 1963; X, em 1965; King, em 1968).


Além do livro, o diretor Raoul Peck se vale de cartas, trechos gravados de discursos e entrevistas de Baldwin para estruturar o longa-metragem que, por isso, tem seu nome também assinando o roteiro e poderosa narração de suas palavras feita pelo ator Samuel L. Jackon.
São 95 minutos que causam desconforto, dor, empatia pela população negada da América. Aqueles que tornaram possível o "American way of life", sustentado pela mão de obra barata de negros e em solo encharcado com sangue indígena.
O filme traz flashes da história americana, pautada pela escravidão, pelas leis segregacionistas, pela violência policial que dizima ainda hoje muitas vidas, ao passo que apresenta o revide negro, as marchas, os Panteras Negras e o recente movimento do Black Lives Matter.




Todo esse contexto vai traçando a construção da imagem do negro feita a partir do olhar branco e a desvalorização da vida negra. "Antes precisavam da gente para colher algodão, agora que não precisam mais estão nos matando", dispara Baldwin.
A identidade negra e o discurso do "outro"
Na África, eram ketu, fons, ashanti, zulu e tantas outras nações. Depois do translado forçado, todas as pessoas traficadas do continente africano foram batizadas pelos europeus de 'negros'. A classificação, que promove o sequestro da identidade e da humanidade do povo africano, dá licença para que todo tipo de violência seja imposta ao corpo negro.
"O branco é uma metáfora para o poder", diz Baldwin a certa altura. O filme é poderoso justamente por elevar o nível do debate racial, em que os brancos devem tomar a responsabilidade pela sociedade desigual e racista existente até hoje.




O filme resgata o legado de dor e exploração que a comunidade negra é submetida até os dias atuais como fruto e responsabilidade da branquitude e do sistema capitalista. A socióloga inglesa Ruth Frankenberg, em seus estudos, define a branquitude como "um lugar estrutural de onde o sujeito branco vê os outros e a si mesmo, uma posição de poder, um lugar confortável do qual se pode atribuir ao outro aquilo que não se atribui a si mesmo”.





O diretor Peck exemplifica essa ótica ao resgatar trechos de filmes clássicos que refletiam como os brancos viam os negros, por vezes dóceis e passivos perante sua condição de escravizados (como em A Cabana do Pai Tomás, de 1927), ou selvagens, predadores, membros de uma cultura inferior (a exemplo de King King, de 1933).
Outro filme citado como emblemático das relações raciais é o Acorrentados, de 1958. Nele, o personagem negro (interpretado por Sidney Poitier) rejeita a possibilidade de liberdade para não abandonar o companheiro branco de fuga. Para Baldwin, o sacrifício negro como desfecho dessa história simboliza a resposta mais confortável para o público branco.
Essa projeção branca sob o corpo negro, como traz a doutora em Psicologia Maria Aparecido Bento, é “nascida do medo, cercada de silêncio, fiel guardião dos privilégios”. O medo e o terror do corpo negro seriam para Baldwin impulsionadores da violência branca.



A certa altura Peck contrapõe imagens de clássicos de Hollywood com imagens de negros enforcados em árvores, negros que sofreram linchamento, jovens apanhando da polícia, pessoas brancas agredindo e cuspindo em pessoas negras. Sobre isso, Baldwin comenta: "Não há como vocês (brancos) fazerem isso com a gente sem se tornarem monstros".
Lutar com palavras
Baldwin apoiava a luta pelos direitos civis americanos, embora não estivesse em pleno acordo nem com o discurso da não violência de Martin Luther King, nem com as ideias mais radicais de Malcolm X. Era um intelectual. Tinha no seu trabalho escrito sua maior plataforma de ativismo.
É o seu discurso certeiro que chama os brancos a se responsabilizarem pelas desigualdades raciais que mantêm seus privilégios, o elemento mais transformador do filme.
A população branca deste país tem que se perguntar por que foi necessário haver 'os negros' no passado. Mas eu não sou um negro, sou um homem. Mas se você pensa que sou um negro, significa que você precisa de um, então precisa se perguntar por quê.





www.youtube.com/watch?v=fUsO4A8z4Vg