terça-feira, 15 de agosto de 2017

Cine Clube de Cultura - Ciclo Cinema Gaúcho - Deu Pra Ti Anos 70 - Nesta quinta-feira, dia 17 de agosto de 2017 - Entrada franca


Em agosto, o Cine Clube de Cultura apresentará cinco filmes gaúchos de períodos distintos.

Leia-se Ciclo Gaúcho no sentido geográfico, e não estético; pois, independentemente de valor de juízo ou ideológico, são filmes brasileiros.

Começaremos com o primeiro filme de longa metragem sonorizado feito no Rio Grande do Sul, Vento Norte (1951), que teve roteiro do escritor Josué Guimarães e direção de Salomão Scliar.

O segundo filme a ser exibido será Pontal da Solidão (1974), de Alberto Ruschel, baseado no conto de Lima Barreto, O Mau Olhado.

O terceiro e quarto filmes são da década de 1980, os renomados Deu Pra Ti Anos 70 (1981), de Giba Assis Brasil e Nelson Nadotti, e Verdes Anos (1984), de Carlos Gerbase e Giba Assis Brasil.

O quinto e último filme deste ciclo a ser exibido será o da cineasta Ana Luiza Azevedo, Antes que o mundo acabe, de 2009.

O Cine Clube de Cultura acontece nas quintas-feiras (exceto feriados), às 19h30.

Confira a programação e participe!

A entrada é franca.

03 de agosto – Vento Norte (1951, 81min), de Salomão Scliar

10 de agosto – Pontal da Solidão (1974, 88min), de Alberto Ruschel

17 de agosto – Deu Pra Ti Anos 70 (1981, 82min), de Giba Assis Brasil e Nelson Nadotti

24 de Agosto – Verdes Anos (1984, 91min), de Carlos Gerbase e Giba Assis Brasil

31 de agosto – Antes que o mundo acabe (2009, 104 min), de Ana Luiza Azevedo

Local; Clube de Cultura, rua Ramiro Barcelos, 1853.

Horário: 19h.30min.

APOIO: Casa de Cinema, E O Vídeo Levou e Grupo Dimensão Experimental



De Pra Ti Anos 70

Considerado um marco na história do cinema gaúcho, "DEU PRA TI ANOS 70 veio para sacudir o panorama da atual cultura cinematográfica gaúcha. Mesmo se tratando de um filme realizado em Super 8, poderá ser assistido como qualquer filme numa sessão comum de cinema. Como filme, equivale a um de seus personagens, Margarete, uma garota um tanto quanto fora dos esquemas, burguesa e anarquista, cujo posicionamento pode ser contestado por uma crítica mais desapaixonada. Mas que não se pode deixar de amar quando levado pela emoção."
(Tuio Becker, FOLHA DA TARDE, Porto Alegre, 04/04/81)

(Super-8 mm, 108 min, cor, 1981)
(janela 1.33, som magnético mono)
Histórias da década de 70, contadas do ponto de vista de quem despertou para o mundo no período. Ao longo de 10 anos, Marcelo e Ceres encontram-se e desencontram-se em reuniões dançantes, bares, cinemas, universidades e acampamentos. Na noite de ano novo de 1980, eles ainda têm motivos para sonhar, agora juntos.
Foto por Nelson Nadotti: Pedro Santos e Ceres Victora
Foto por Nelson Nadotti: Pedro Santos e Ceres Victora
Direção: Nelson Nadotti e Giba Assis Brasil
Produção Executiva: Nelson Nadotti e Giba Assis Brasil
Roteiro: Giba Assis Brasil, Nelson Nadotti e Alvaro Luiz Teixeira
Direção de Fotografia: Nelson Nadotti
Música: Nei Lisboa e Augusto Licks
Montagem: Nelson Nadotti
Assistente de Direção: Carlos Gerbase e Hélio Alvarez
Distribuição: Casa de Cinema PoA
Elenco Principal:
Pedro Santos (Marcelo)
Ceres Victora (Ceres)
Deborah Lacerda (Margareth)
Júlio Reny (Fred)

Fonte: Casa de Cinema


"Quando topamos com uma fita da qualidade de DEU PRA TI ANOS 70 conseguimos realmente captar o sentido da expressão 'arte popular'. é aquela que fala do povo, das pessoas, e que sabe como fazê-lo, não precisando se valer de ingenuidades para comover, para fazer rir e para fazer pensar."
(Hélio Nascimento, JORNAL DO COMÉRCIO, Porto Alegre, 13/05/81)


Prêmios
5º Festival Nacional de Cinema Super 8, Gramado, 1981:
Melhor Filme.
Prêmio João de Barro da Secretaria Municipal de Turismo, Porto Alegre, 1982.
7º Super Festival Nacional de Cinema Super 8 do Grife, São Paulo, 1981:
Hors Concours.


"É impossível deixar de vibrar com os adolescentes que aparecem na tela, com seus sonhos, suas desilusões, seus dramas - e a sua cômica simplicidade (uma coisa ao gênero de, digamos, O VERÃO DE 42 ou AMERICAN GRAFITTI). Mais: é um filme sobre Porto Alegre, sobre o Rio Grande, nossa gente, nossa gíria. E isto, numa cidade e num estado que simplesmente não conseguem preservar seus valores culturais, é da maior importância."
(Moacyr Scliar, ZERO HORA, Porto Alegre, 25/05/81)


"Os que descobriram o mundo na agitação mais óbvia dos anos 60 apressaram se em rotular negativamente a década passada. Mas, enquanto ela durou, outras pessoas compreenderam mistérios, modificaram se, viveram. Sem ufanismos nem modéstia excessiva, esses jovens gaúchos estão contando o que sucedeu a eles com saudáveis doses de humor, de crítica e de sensibilidade cinematográfica."
(Edmar Pereira, JORNAL DA TARDE, São Paulo, 27/06/81)
"Os diretores souberam misturar na medida certa o regionalismo (o sotaque gaúcho dá ao filme um charme particular) e influências externas (homenagens a Fellini e Lelouch, especialmente o seu 'Toda uma vida'). Se for bem analisada, a estrutura do filme é extremamente complexa, dispensando os flash backs tradicionais para apresentar situações fragmentadas em épocas diferentes, usando como fio condutor um casal (Ceres e Marcelo) desde quando são meros conhecidos até descobrirem que se amam."
(Rubens Ewald Filho, O ESTADO DE SÃO PAULO, 27/06/81)


O grupo Dimensão Experimental é apoiador dessa iniciativa do Clube de Cultura de porto Alegre

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