quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Cine Clube de Cultura - Ciclo Cinema Gaúcho - Verdes Anos (1984) - Dia 24/08/2017 - Entrada franca


Em agosto, o Cine Clube de Cultura apresentará cinco filmes gaúchos de períodos distintos.

Leia-se Ciclo Gaúcho no sentido geográfico, e não estético; pois, independentemente de valor de juízo ou ideológico, são filmes brasileiros.

Começaremos com o primeiro filme sonorizado feito no Rio Grande do Sul, Vento Norte (1951), que teve roteiro do escritor Josué Guimarães e direção de Salomão Scliar.

O segundo filme a ser exibido será Pontal da Solidão (1974), de Alberto Ruschel, baseado no conto de Lima Barreto, O Mau Olhado.

O terceiro e quarto filmes são da década de 1980, os renomados Deu Pra Ti Anos 70 (1981), de Giba Assis Brasil e Nelson Nadotti, e Verdes Anos (1984), de Carlos Gerbase e Giba Assis Brasil.

O quinto e último filme deste ciclo a ser exibido será o da cineasta Ana Luiza Azevedo, Antes que o mundo acabe, de 2009.

O Cine Clube de Cultura acontece nas quintas-feiras (exceto feriados), às 19h30.

Confira a programação e participe!

A entrada é franca.

03 de agosto – Vento Norte (1951, 81min), de Salomão Scliar

10 de agosto – Pontal da Solidão (1974, 88min), de Alberto Ruschel

17 de agosto – Deu Pra Ti Anos 70 (1981, 82min), de Giba Assis Brasil e Nelson Nadotti

24 de Agosto – Verdes Anos (1984, 91min), de Carlos Gerbase e Giba Assis Brasil

31 de agosto – Antes que o mundo acabe (2009, 104min), de Ana Luiza Azevedo
Entrada gratuita

Local: Clube de Cultura, rua Ramiro Barcelos, 1853.
Horário: 19h30min.


Verdes Anos (1984, 91 min.), de Giba Assis Brasil e Nelson Nadotti

Na década de 70, em meio à repressão política e à ideologia do "milagre brasileiro", um grupo de adolescentes vive suas preocupações cotidianas: futuro, noites regadas a dança, brigas de namoro, conflitos com os pais. Durante 3 dias eles vivem seus verdes anos, um pouco mais que um sonho.


Direção: Carlos Gerbase e Giba Assis Brasil
Produção: Sérgio Lerrer
Roteiro: Alvaro Luiz Teixeira
Direção de Fotografia: Christian Lesage
Direção de Arte: José Artur Camacho e Marlise Storchi
Música: Nei Lisboa e Nelson Coelho de Castro
Direção de Produção: Rudi Lagemann
Montagem: Alpheu Ney Godinho
Assistente de Direção: Alex Sernambi
Distribuição Casa de Cinema PoA
Elenco Principal:
Werner Schünemann (Nando)
Marcos Breda (Teco)
Luciene Adami (Soninha)
Márcia do Canto (Cândida)
Marta Biavaschi (Rita)
Xala Felippi (Marieta)
Marco Antônio Sorio (Robertão)
Sérgio Lulkin (Pedro)
Zé Tachenco (Dudu)
Biratã Vieira (Leopoldo)
Haydée Porto (Bárbara)
CRÉDITOS COMPLETOS
Prêmios
12º Festival do Cinema Brasileiro, Gramado, 1984:
Prêmio Revelação.
Federação de Cineclubes do Rio de Janeiro, 1985:
Troféu São Saruê Especial - Proposta de Produção.
2º Festival do Cinema Brasileiro, Caxambu, 1985:
Melhor Roteiro e Prêmio Coletivo de Melhor Elenco.


Crítica

"O filme define-se por si próprio através da sinceridade com que dá o seu recado. É por vezes comovedor a forma como ele mergulha em busca de um passado recente (o início dos anos 70), lançando uma luz sobre a história vivida pelos próprios realizadores. Na metade de seus vinte anos, Giba e Gerbase aventuram-se a olhar o passado e, através desse olhar, fazer uma reflexão sobre o seu mundo."
(Tuio Becker, FOLHA DA TARDE, Porto Alegre, 10/04/84)

"Na tela, VERDES ANOS se passa descontraído e brincalhão como seu letreiro de apresentação. O tom de brincadeira se amplia quando o filme propriamente dito começa. (...) Solto, descontraído, o filme é como se nem fosse um filme mas só um conjunto de personagens que passem ocasionalmente diante dos olhos do espectador."
(José Carlos Avellar, JORNAL DO BRASIL, Rio de Janeiro, 12/04/84)


"Pode-se sentir a unidade da equipe, desde a própria produção (o filme teria custado apenas US$ 50 mil, inacreditavelmente barato mesmo para os padrões brasileiros) até cada etapa da realização, incluindo o trabalho dos atores. Nessa circunstâncias, os diretores souberam criar inúmeras situações engraçadas e dramáticas."
(Nelson Hoineff, VARIETY, New York, 02/05/84)

"Você vai ver VERDES ANOS pela primeira vez pra dar uma força. Afinal, é uma gurizada, gente daqui pouco dinheiro, essas coisas. Você ri pela primeira vez de boa vontade. A segunda de surpresa A terceira de entusiasmo. As carências da produção são evidentes, mas com dez minutos de filme você está entregue ao seu charme. Mas você vai gostar mesmo é na segunda vez."
(Luis Fernando Verissimo, ZERO HORA, Porto Alegre, 22/05/84)


"VERDES ANOS é cinema de verdade. Em tudo, da edição à fotografia, do emprego da música à direção dos intérpretes, do jogo de planos à visualização de personagens e objetos, emana esse conhecimento das regras básicas da arte do filme."
(Hélio Nascimento, JORNAL DO COMÉRCIO, Porto Alegre, 29/05/84)


"DEU PRA TI ANOS 70 (...) era o filme da esperança INVERNO foi o filme da resistência. (...) VERDES ANOS é o sonho. (...) Até mesmo nos finais de cada um dos trabalhos citados há uma coerência temática Todos falam de futuro, de continuidade na luta. Nas palavras cansadas de Werner Schünemann em INVERNO, nas ruas cruzadas por Pedro Santos em DEU PRA TI e no lírico final de VERDES ANOS. É este o nosso cinema. Aquele feito por jovens poetas do cotidiano, da chuva, do frio e da cerração."
(Goida, ZERO HORA, Porto Alegre, 01/06/84)

Fonte: Casa de Cinema de Porto Alegre http://www.casacinepoa.com.br/os-filmes/distribui%C3%A7%C3%A3o/longas/verdes-anos

Apoio: E O Vídeo Levou, Casa de Cinema de Porto Alegre e Grupo Dimensão Experimental

Realização Clube de Cultura

O grupo Dimensão Experimental apoia mais essa iniciativa do Clube de Cultura.

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