quarta-feira, 18 de abril de 2018

Cine Clube de Cultura - Ciclo Indígena - Brava Gente Brasileira - Amanhã dia 19/04/2018


No mês de abril, o Cine Clube de Cultura exibirá filmes com temática indígena.

Confira abaixo a programação e participe. A entrada é franca.

05/04 – Túpac Amaru, de Federico García Hurtado (Peru/Cuba, 1984, 1h32)
Inédito por não ter sido exibido em cinema comercial, este filme narra a vida de um dos maiores líderes do povo indígena inca, Túpac Amaru, pioneiro no movimento revolucionário da América, que lutou com todas as suas forças pela libertação de seu povo, no século XVIII. Ao lado de um grupo de guerrilha criado por ele mesmo, dirigiu uma longa batalha contra os conquistadores espanhóis, criando o movimento Tupamaro.
Idioma: Espanhol
Sem legenda

12/04 – Yndio do Brasil, de Sylvio Back (Brasil,1995, 1h10)
Um panorama da representação do índio brasileiro no cinema, desde a primeira vez em que foram retratados, em 1912. A partir da colagem de cenas, o filme critica preconceitos e estereótipos.

19/04 – Brava gente brasileira,de Lucia Murat (Brasil, 2000, 1h44)
Um grupo de soldados acompanha o cartógrafo Diogo, um recém-chegado que foi enviado pela Coroa Portuguesa para fazer um levantamento topográfico da região. No caminho do forte, eles descobrem um grupo de mulheres índias tomando banho em um rio.

26 – Vale dos esquecidos, de Maria Radun (Brasil, 2010, 1h12)
O documentário retrata o conflito que envolve índios, posseiros e grileiros em uma remota região do Mato Grosso. Também mostra o desejo intrínseco do ser humano pela posse da terra.

Realização: Clube de Cultura
Rua Ramiro Barcelos, 1853
Horário: 19h30
ENTRADA FRANCA



Brava Gente Brasileira contou com um minucioso trabalho de pesquisa das culturas indígenas. Os “Kadiwéu” que aparecem na tela são os descendentes legítimos e diretos dos extintos Guaicurus e até hoje a tribo mantém as tradições de seus antepassados. Entre elas, as pinturas, retratadas no filme, e o domínio dos índios sobre os cavalos. Parte das filmagens foi realizada no Forte Coimbra original, na região de Corumbá, que se encontra ainda em razoável estado de conservação, e até o dialeto kadiwéu foi exaustivamente estudado por parte do elenco branco, para proporcionar maior realismo às cenas.
O personagem do garoto mestiço Januya foi de fato interpretado por um menino mestiço: Adeilson Silva, de 12 anos, filho de índia com um branco sulista. O personagem não existia no roteiro original, mas foi criado após a equipe ter tomado contato com o menino Adeilson, portador de um biotipo muito especial que combina os traços indígenas com os alemães.


O resultado é um filme forte, vigoroso, que marca um amplo amadurecimento fílmico da diretora, quando comparado aos seus trabalhos anteriores. Brava Gente Brasileira mostra cruamente o tripé formado pelos preconceitos, pela intolerância e por sua conseqüente violência. Exatamente o mesmo tripé que forjou e forja até hoje os caminhos da história do Brasil.


Apoio: E o Vídeo Levou e grupo Dimensão Experimental

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