sábado, 8 de dezembro de 2012
Dimensão no salão artístico do MARS e Santander (ontem) - agradecimentos
O grupo Dimensão experimental quer agradecer a todos que compareceram ontem na sala leste do Santander Cultural prestigiando mais uma edição do projeto "Música, Cinema e Memória" no encerramento das atividades de 2012 do Café Antropológico do MARS e do I Salão Artístico-Cultural e Científico do MARS - Santander. Aproveitando a oportunidade que nos foi dada de participar deste salão artístico-cultural e científico, o grupo Dimensão Experimental gostaria parabenizar tanto O Museu Antropológico (MARS), quanto o Santander Cultural pela iniciativa. Acreditamos que os museus cada vez mais devem se aproximar do publico através de ações tanto educativas quanto culturais, transformando as instituições também como sinônimo de lazer seja através de uma encenação de uma peça de teatro, sarau literário, apresentação de filmes e musicais que possam fazer uma inter relação entre passado e o presente por meio da memória como identidade social e cultural.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Dimensão Experimental no Café Antropológico do MARS amanhã ás 18 horas e 15 min.
No dia 7 de dezembro ás 18 horas o grupo Dimensão Experimental vai realizar mais uma edição do projeto Música, Cinema e Memória no encerramento das atividades de 2012 do Café Antropológico promovido pelo Museu Antropológico RS (MARS). A apresentação será na sala leste do Santander Cultural com entrada franca. Serão performados três filmes: "Porto Alegre a Bela Capital Gaúcha" (1929 - 1931), pertencente ao acervo do Museu de Comunicação Hipólito José da Costa (MUSECOM); Anemic Cinema (1926) de Marcel Duchamp e Tusalava (1929) de Len Lye. Em outubro passado o grupo Dimensão Experimental lançou o DVD demo “Música, Cinema e Memória” com 10 filmes musicados, incluindo uma parte da apresentação ao vivo na sala de cinema Eduardo Hirtz em 28/01/2012 como parte da programação cultural do Fórum Social Mundial Temático. Já foram musicados mais de 20 filmes de vários países incluindo alguns brasileiros. Esta será a segunda apresentação do Dimensão Experimental neste evento promovido pelo MARS, em maio deste ano o grupo performou "O Mito do Eterno Retorno", inspirado na obra de Mircea Eliade na abertura do Café Antropológico. Por outro lado, esta apresentação do dia 7 de dezembro, também será a terceira parceria do grupo Dimensão Experimental com o MARS neste ano já que em setembro passado o "O Mito do Eterno Retorno" foi performado ao vivo no encerramento do Seminário dos Povos indígenas no Memorial RS.
O grupo dimensão experimental é formado por: Klaus farina (teclados, guitarras, flauta e programação eletrônica), Álvaro Sabóia (teclados, e gaita de boca) e Mozart Dutra (percussão acústica).
Este evento também marca o encerramento do I Salão Artístico, Cultural e Ciêntífico do MARS e Santander Cultural.
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O projeto Música, Cinema e Memória de autoria do grupo de música instrumental Dimensão Experimental tem como proposta, o resgate da linguagem do cinema silencioso através de músicas autorais contemporâneas criadas especialmente para filmes em sua maioria experimentais feitos nas décadas de 1920 e 30 e desconhecido de grande parte do público. A novidade desta edição fica por conta do filme "Porto Alegre a Bela Capital Gaúcha" de 1929 - 1931, pertencente ao acervo do Museu de Comunicação Hipólito José da Costa (MUSECOM), gentilmente cedido por esta instituição, para a atividade de encerramento da edição 2012 do Café Antropológico. O projeto tem apoio do IECINE. IEM, Museu Hipólito, Museu Antropológico RS, Sindbancários, Jornal Vaia , E O Vídeo Levou.
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Filmes que serão performados:
"Porto Alegre, a Bela Capital Gaúcha" (1929 - 1931) 6 min. - Acervo do Musecom (Museu Hipólito da Costa) - "Porto Alegre, a Bela capital Gaúcha" (1929) 6 min. (BRASIL /RS)- Acervo do Musecom.
Este filme feito em 1929 de autor desconhecido, pertence ao acervo do Museu de Comunicação Hipólito José da Costa que gentilmente o cedeu para esta mostra. O filme apresenta de forma nostálgica e documental o cotidiano bucólico da capital gaúcha em fins da década de 1920. Música; Raio de Sol (Farina) Arranjos Dimensão Experimental
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“Anemic Cinema” (1926) 6 min. – Marcel Duchamp
O primeiro filme de Marcel Duchamp “Anemic Cinema” (1926), cujo título brinca com as letras da palavra cinema, põe em movimento esferas rotatórias ou rotoreliefs (discos em que Duchamp desenhou linhas e círculos concêntricos e excêntricos) que, ao girarem, provocam no espectador uma sensação estranha, como uma nova dimensão. Inscritas nos espirais, as letras vão formando frases indecifráveis, compondo um dos fenômenos visuais mais puros, sensíveis e fascinantes, em uma tentativa de se produzir filmes estereoscópicos.
Música: Fórum Social Mundial (Farina) Arranjos Dimensão Experimental
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“Tusalava” (1929) – 10 min. – Len Lye
Tusalava, foi o primeiro filme realizado na Inglaterra pelo neo-zelandês Len Lye, que construiu com uma técnica chamada «animação tradicional» ou «cel animation», que consiste na animação de desenhos (no caso, cerca de 4400) feitos em celulóide, onde em que cada quadro é desenhado à mão e depois fotografado. Tusalava é uma animação abstrata onde duas formas orgânicas evoluem a partir de uma relação simbiótica e parasitária. Pontos e círculos entram em contato entre si, reagem e interpenetram-se, absorvem ou separam-se das formas opositoras, criando padrões cada vez mais complexos.
O filme captura a mutabilidade da existência, a ambigüidade entre a penetração criadora e a agressão destruidora (canibalizante), a absorção e a síntese.
Podemos encontrar algumas semelhanças entre Tusalava e alguns dos filmes abstratos realizados na década de 20, por nomes como Oskar Fischinger e Hans Richter. No entanto, Tusalava distancia-se daqueles pelo fato de Len Lye ter sido muito influenciado pela arte dos aborígines australianos e do Pacífico Sul. Assim, ao combinar a arte tribal com a arte moderna, Tusalava apresenta formas mais orgânicas que os filmes de Fischinger e Richter, que eram dominados por formas mais geométricas e angulares. As formas e os padrões de Tusalava movimentam-se como se fossem entidades vivas em constante mutação, o que levou a crítica a ver no filme uma narrativa acerca das formas primitivas de vida. A despeito destas interpretações, Tusalava pode ser visto como um ensaio sobre a natureza do movimento. Len Lye procurou criar um conjunto de imagens em permanente interação que encerrassem um sentido mágico da vida e que envolvessem fisicamente os espectadores.
A London Film Society e o escritor Robert Graves financiaram a produção de Tusalava, mas as verbas disponíveis não permitiram a realização de uma versão sonorizada, pelo que, na sua estreia, em 1929, Tusalava foi acompanhado por música para piano composta pelo australiano Jack Ellitt. A música, constituída exclusivamente por padrões rítmicos e uma total ausência de melodia, era muito semelhante à que Ellitt escreveu, no ano seguinte, para a curta-metragem Light Rhythms, de Francis Bruguière. Infelizmente, a partitura original de Ellitt perdeu-se e Tusalava hoje é exibido como um filme mudo.
Em virtude de esta trilha sonora original estar perdida o grupo Dimensão Experimental compôs um tema específico homônimo Tusalava.
Música : Tusalava (Farina/Sabóia/Dutra) Arranjos Dimensão Experimental
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