sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Boas festes e um abração a todos.

Em 2021, apesar de ainda estarmos em um sindemia, felizmente a vacinação avança e com ela a esparença de num futuro mais breve possivel poder colocar em pratica nossos projetos. O Dimensão Experimental retomou seus trabalhos e acreditamos ser viavel novas apresentações bem como o retorno ao estúdio de gravação e performances ao vivo de filmes mudos e audiovisuais autorais. O grupo Dimensão Experimental, deseja a todos os amigos e simpatizantes uma boa entrada de novo ano. Um abração a todos.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

MITO, LENDA e HISTÓRIA

MITO, LENDA e HISTÓRIA
Este livro é o resultado de um trabalho de pesquisa de Claus Farina, historiador, músico, compositor, arranjador e membro do grupo Dimensão Experimental, com pós graduação em História das Culturas Afro-brasileira e Indígena e especialista em Música e Cognição, que vem desenvolvendo pesquisas com o acervo do Museu Julio de Castilhos, onde também é servidor público integrante da equipe da instituição. O Museu Júlio de Castilhos (MJC), por meio da exposição “Memória e Resistência”, realiza um recorte sobre o passado dos povos originários do Brasil e da América do Sul, ao qual esta publicação se soma.
A instituição possui em seu acervo etnográfico mais de 2 mil objetos de culturas indígenas da América do Sul (dados de 2006). Muitos destes objetos, anteriores à chegada dos europeus no Novo Mundo, são oriundos da Região Andina, Amazônica, Bacia do Prata e regiões Central, Norte, Nordeste, Sul e Sudeste do Brasil, verdadeiros testemunhos de uma integração cultural muito antiga.
Neste trabalho, Farina, buscou uma narrativa plausível que contemplasse como ponto de partida, a descrição de alguns objetos do acervo etnológico do MJC, seguindo de uma análise das estimativas da população indígena antes da chegada europeia, das relações do império inca com as demais civilizações indígenas, em especial as amazônicas, dos sistemas de comunicação viária e fluvial, as migrações Tupi-Guarani, a difusão dos mitos e lendas (Pay Sumé e Gran Paititi), e as evidências arqueológicas associadas, a propagação da cultura material que apoiam essa hipótese de uma integração cultural pré-colombiana.
O livro aborda entre outros assuntos, quatro importantes rotas ou sistemas de caminhos construídas pelos povos originários sul-americanos: a primeira, as Capac Nãns incaicas que ligavam o Império Inca, o segundo, o Nhamíni-wi, ao norte partindo de Quito no Equador ou de Pasto na Colômbia seguindo até o Amapá; a terceira, o Mairapé, iniciando na Ilha de Marajó, embocadura do Rio Amazonas, seguindo pelo litoral e interior até a Bahia; e a quarta, ao sul, o sistema de caminhos do Peabiru.
Outros pesquisadores têm apontado que os incas, pré-incas e os demais povos indígenas também utilizaram as vias fluviais das grandes bacias hidrográficas Amazônica, Orinoco, São Francisco, Tocantins-Araguaia, Paraná e Prata como rotas de deslocamento. Neste processo, encontram-se trabalhos etno-históricos que têm revelado esses deslocamentos, em especial as migrações Tupi-guarani em busca da Terra sem Mal. Esse deslocamento pode ter, inclusive, promovido uma grande movimentação de povos, contribuindo na disseminação de mitos ou lendas como Pay Sumé e o Gran Paititi, este podendo ter um protótipo histórico. As evidências desse processo de difusão podem ser vistas na procedência de alguns objetos de uso cotidiano da cultura material e imaterial como por exemplo, na música, através de instrumentos musicais e alguns padrões rítmicos e melódicos em locais distantes de sua origem, seja por meio de trocas ou de técnicas de manufaturamento destes e de outros objetos distribuídos pelo subcontinente.
Em fim um bom livro de presente para o final do ano. https://issuu.com/clausfarina/docs/livro_mito_lenda_e_hst_ria_de_claus_farina

terça-feira, 30 de novembro de 2021

30 anos do álbum Aniraf Sualk 1991 de Klaus Farina

30 anos do álbum Aniraf Sualk 1991
Em 30 de novembro de 1991, em Porto Alegre, no Casa Branca Bar, no bairro Bom Fim, era lançado o álbum Aniraf Sualk 1991, do músico, compositor e arranjador Klaus (Claus) Farina. A história deste álbum começa quatro anos antes, em 1987, quando Klaus Farina produziu, em parceria com a Spectrun Vídeo, um audiovisual independente chamado Crepúsculo.
Crepúsculo foi concebido para ser um documentário/ficção ecológico sobre a poluição do rio Gravataí. Este vídeo teve direção e música de autoria de Klaus Farina com roteiro de Carlos Azambuja e performance teatral do grupo Ká Entre Nós, de Cachoeirinha. Este trabalho independente, porém, levaria três anos para ser concluído, vindo a ser lançado somente em 1990.
Durante este período (1987 a 1990), Klaus Farina trabalhou com a Spectrun na composição e performance da trilha sonora do vídeo Câmera Mortuária, de 1988, premiado como melhor sonorização/trilha sonora no II Fest Vídeo realizado naquele ano. Em 1989, Farina compôs a trilha do vídeo Animatus Imaturus, produzido pela Spectrun, e fez a música da instalação Oca-Maloca da artista plástica Maria Tomasélli com João Melchiades.
Em 1991, Farina reuniu o material destas produções e adicionou outras músicas e gravou Aniraf Sualk 1991. Aniraf Sualk 1991 é uma produção independente que conta com 11 músicas, todas de autoria e arranjos de Klaus Farina, com participações de músicos do grupo Carroça a Vapor, na época constituído por Fabrício Rocha (teclados), Fabriano Rocha (baixo), Mano Rangel (percussão) e Rogério Valdez (vocalize), nas faixas Sob a Luz do Sol e Crepúsculo.
O álbum tem uma importante participação do multi-instrumentista Jorge Foques, que toca percussão em Oca-Maloca. Nas demais faixas, todos os instrumentos (teclados, flauta, percussão, bateria eletrônica e bases) são executados e arranjados por Klaus Farina, que fez a produção e a direção musical com apoio de Chico Barriquelo (Técnico de Gravação). A capa do álbum, originalmente lançado em cassete, tem uma pintura do artista plástico gaúcho Alex Ramirez, fotografado por Cláudio Fachel e com produção gráfica de Jorge Bered. O álbum foi gravado no estúdio Graves e Agudos, de fevereiro a agosto de 1991, em esporádicas sessões de estúdio, num total de 20 horas de gravação.
O trabalho é bastante influenciado pela World Music, New Age, Rock Progressivo, Música Indígena e Música Industrial. Há interessantes paisagens sonoras que contribuem para que Aniraf Sualk1991 possa ser percebido como um álbum cinemático, pois as músicas parecem ter sido feitas para que fossem uma trilha sonora de um filme.
Antes do lançamento, Farina se apresentou no Poetar no Teatro Renascença, em junho, onde apresentou algumas composições deste álbum. Na ocasião, tocaram com Farina os músicos Paulo Pink (violão) e Maurício Tibé (saxofone). Em agosto, aconteceu uma audição pública de Aniraf Sualk 1991 no Bar Charão, próximo da PUCRS. Para o lançamento de Aniraf Sualk 1991, Klaus reuniu um grupo de músicos para acompanhá-lo no Casa Branca Bar e batizou o conjunto de Dimensão Experimental. Eram eles: Klaus Farina (teclados, flauta, percussão e programação eletrônica), Álvaro Saboia (harmônica e cromática), Yuri Victorino (craviola), J C Brown (guitarra) e João Avila (saxofone).
Aniraf Sualk 1991 Lado A 1 – Quarup 2 – Batalha dos Gladiadores 3 – Um Tributo a Peter Tosh 4 – Luzes da Cidade Industrial 5 – Oca- Maloca 6 – Whisky, Champagne... Lado B 1 – O Pássaro 2 – Sob a Luz do Sol 3 – Tempos Medievais 4 – Crepúsculo 5 – Contracultura --------------------- Aniraf SualK 1991 está intimamente ligado ao surgimento do grupo Dimensão Experimental. O Estúdio Tebalta pretende relançar Aniraf Sualk 1991 e outras produções do grupo Dimensão Experimental em uma plataforma virtual.

sábado, 30 de outubro de 2021

Dimensão Experimental - Ensaios e Aniversário de Álvaro Saboia

O grupo Dimensão Experimental (Klaus Farina, Álvaro Saboia e Renata Veleda) recomeçou suas ativdades, paralizadas por causa da sindemia de covid 19 que assolou o mundo em 2020 e 2021. Embora ainda não tenha sido eliminada por completo a doença, graças a vacinção tem sido possivel a retomada progressiva das atividades. Todos os membros do Dimensão Experimental já tomaram as duas doses da vacina o que possibilitou o recomeço dos ensaios no estúdio Tebalta.
O ensaio do dia 23 de outubro de 2021 teve partes filmadas e fotografadas com objetivo de estudo para o retorno futuro as gravações da trilha sonora do espetáculo "1969, Uma Odisseia Espacial" e desenvolvimento de novos trabalhos.
No dia 28 aconteceu um jantar/churrasco comemorativo do aniversário de 60 anos Álvaro Saboia, membro do Dimensão Experimental. Foi muito bom reencontrar velhos amigos.
Fotos Angelita Silva

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Dimensão Experimental 30 anos

No sábado, dia 25 de setembro de 2021, o grupo Dimensão Experimental comemorou seus 30 anos de atividade com um jantar que reuniu os membros da atual formação: Klaus (Claus) Farina, Alvaro Saboia e Renata Veleda. Também estavam presentes Angelita Silva, Julio Dominguez Aguilar (Papi) e a pequena Bea.
Na ocasião foi definido a retomada das atividades paralizadas por causa da sindemia de Covid 19 que assolou o planeta. Ficou acertado um calendário de ensaios no Estúdio Tebalta, tendo como objetivo inicial a preparação da gravação da trilha sonora do espetáculo "1969, Uma Odisseia Espacial", apresentado em 2019 em três oportunidades, duas no Planetário e uma no Cine Capitólio, por ocasião dos 50 anos da chegada do homem a Lua.
O grupo Dimensão Experimental também pretende recompor a trilha sonora do filme "A Revolução no Rio Grande" (1923) de Benjamin Camozato, visando as comemorações do centenário do filme e do fato histórico. Outros trabalhos também estão no planos como a retomada da musicalização ao vivo de filmes mudos do projeto Música, Cinema e Memória.
O Dimensão Experimental foi fundado inicialmente como um grupo de apoio do músico, compositor e historiador Klaus (Claus)Farina, que em 1991 gravou e lançou seu álbum de estréia "Aniraf Sualk 1991". O lançamento aconteceu no antigo Casa Branca Bar, no bairro Bom Fim em Porto Alegre no dia 30 de novembro daquele ano. Na época faziam parte desta primeira formação além de Klaus Farina (teclados, Flauta, programação e percussão eletrônica), Alvaro Saboia (Harmônica e Cromática), Yuri Victorino (Craviola), João Ávila (Saxofone) e J. C. Brown (Guitarra).
Em 18 de dezembro de 1993, o Dimensão Experimental lançou o álbum "Klaus Farina A Dimensão Experimental", considerado o cd oficial de estréia do grupo. Diferentemente do anterior "A Dimensão Experimental" funcionou já como um disco de grupo apesar das características de trabalho solo. Na época faziam parte do Dimensão além de Klaus Farina (agora também tocando guitarra) e Alvaro Saboia (também na guitarra) os músicos Claudio Roca Bragança (guitarras), Ricardo Missel (baixo e guitarra) e Jorge Foques (violão e violino).
Entre 1993 e 1995, o Dimensão Experimental compôs as trilhas sonoras dos documentários "Porto Alegre" (1993), "Taím, Um Paraíso Ecológico" (1994) e "Torres" (1995), produzidos pela exinta Vídeopuc. Entre 1992 e 1995 participou de vários projetos da Secretaria Municipal da Cultura tocando em vários locais da capital gaúcha como: Teatro de Câmara Túlio Piva, Sala Radamés Gnatali, Usina do Gazômetro e em 2002, compôs a trilha son0ra do documentário Sesi 50 anos. Entre 2003 e 2006 o Dimensão Experimental quase não se apresentou embora se mantivesse ativo através dos ensaios.
Ao longo do anos vários músicos entraram e sairam do Dimensão que manteve seu núcleo central com Farina e Saboia. Passaram pelo Dimensão Experimental os seguintes músicos: Antônio Mucila, Will Victorino, Alex Victorino, Jorge Bered, Luciano Buiano, Adriano Scarpini, Luiz Mário (Ventania) Tavares, Marlon Araújo, Fernando Silva, Cláudio Schimitt, Rodrigo Endres, José Altamiro e Mozart Dutra.
Entre 2007 e 2008, voltou aos estudios para gravações visando o lançamento de um novo trabalho.
Em 2009, o Dimensão Experimental lançou o álbum "O Mito do Eterno Retorno" e o vídeo "All Wright" (dirigido pelo ex-membro do Dimensão, Yuri Victorino) em homenagem ao falecido tecladista Rick Wright do Pink Floyd. Em 2010, criou o projeto Música, Cinema e Memória" com o objetivo de criar trilhas sonoras autorais para filmes mudos experimentais do século XX, propondo uma releitura da linguagem performática musical do cinema silencioso.
Nessa fase apresentou-se em vários palcos da capital gaúcha e região metropolitana como salas de cinema (Sala Eduardo Hirtz, Sala Paulo Amorim, Sala P F Gastal, Cinebancários), teatros (Carlos Carvalho, Bruno Kiefer, Sala Elis Regina, Sala Álvaro Moreyra, Teatro de Arena), museus (Museu da Comunicação Hipólito José da Costa, Santader Cultural e Museu de Canoas), Clube de Cultura, Ecarta Musical e auditório do DEMAE entre outros. Nos anos de 2012 e 2013, participou do Fórum Social Mundial Temático, realizado em Porto Alegre, 00tendo nesse ultimo ano apresentado o audiovisual autoral "Suíte Palestina". Em 2012, lançou o album/DVD "Música, Cinema e Memória". Nos anos de 2013 e 2014, musicou o filme " A Rebvolução No Rio Grande" (1923) de Benjamin Camozato e o audiovisual "1914" por ocasião do centenário da primeira guerra mundial.
Em 2018, retornou com o projeto "Musica, Cinema e Memória" já com sua atual formação: Klaus Farina (teclados, guitarra, percussão, flauta e programação), Alvaro Saboia (teclados e gaitas de boca) e Renata Veleda (vocalize) tocando no Monchito Bar e no Planetário e em 2019, estreiou o espetáculo "1969, Uma Odisseia Espacial".
Discografia, vídeografia e principais trabalhos: "A Dimensão Experimental" - 1993, "Porto Alegre" - 1993, "Taím, Um Paraíso Ecológico" - 1994, "Torres" - 1995, "Sons, Colagens e Performances Variadas" - 1997, "Sesi 50 Anos" - 2002, "O Mito do Eterno Retorno" - 2009, "Música, Cinema e Memória" - 2012, "A Revolução no Rio Grande" - 2013, "Suíte Palestina" - 2013, "Sodoma" - 2013, "1914" - 2014, "1969, Uma Odisseia Espacial" - 2019