Literatura e Cinema - O Diálogo Sobre os Golpes de 1964 e 2016 - "O Dia Que Durou 21 Anos"

No momento em que estamos nos aproximando dos 53 anos do golpe de 1964 e de um ano do golpe do impeachment de 2016, uma onda reacionária estimulada por uma mídia golpista, um judiciário tendencioso, grupos político-econômicos antidemocráticos e neoliberais, aliados a interesses estrangeiros, querem impor a todo custo uma "reforma" previdenciária totalmente danosa para o futuro do pais e dos trabalhadores, é chegado o momento de uma reflexão e uma retomada da luta democrática.

O Clube de Cultura de Porto Alegre, rua Ramiro Barcelos, 1853, propõe discussão, reflexão e diálogos sobre os dois últimos golpes de estado praticados no Brasil, o de 1964 e o de 2016. Nesta programação, Cinema e Literatura serão o pano de fundo para estes diálogos com intelectuais de comprovada qualidade, como Caio Ritter, Márcia Ivana, Fatimarlei Lunardelli, Katarina Peixoto e o jornalista Flávio Tavares.

Programação:

Caio Riter (28/03/2017, comentando o livro As Meninas, de Lygia Fagundes Telles),
Márcia Ivana de Lima e Silva (29/032017, comentando Caio Fernando Abreu: A resistência ao padrão),
Flávio Tavares (01/04/2017, comentando o filme O Dia que Durou 21 anos)
Fatimarlei Lunardelli (06/04/2017, comentando o filme O ano em que meus pais saíram de férias, de Cao Hamburger)
Katarina Peixoto (07/04/2017, comentando o filme Snowden, de Oliver Stone)


Local: Clube de Cultura de Porto Alegre, rua Ramiro Barcelos, 1853
Horário: 18h30min.
Ingresso: 1kg de alimento não perecível ou um produto de higiene que serão destinados aos moradores da Casa do Artista Riograndense.

O dia que durou 21 anos - documentário que todo brasileiro tem que assistir

Por Eduardo Guimarães (leia na integra a matéria em http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/11/dia-durou-21-anos-documentario-todo-brasileiro-merece-assistir.html)

"O que este país mais precisa, neste momento histórico, é de doses cavalares de… Memória. Só revendo o passado é que poderemos avaliar o presente e projetar o futuro. Para tanto, porém, teremos que retroceder no tempo. Voltaremos, neste texto, a cerca de meio século.
Em um momento em que só se fala em “mensalões” – petistas, tucanos etc. –, um documento histórico nos propiciará enxergar o que até hoje permanece nas sombras: o maior mensalão de todos os tempos, bem como coincidências impressionantes entre o ontem e o hoje, as quais continuam a nos roubar a tranqüilidade quanto à democracia que, a duras penas, ainda pelejamos para construir no Brasil."

"O documentário 'O Dia que Durou 21 anos' (2012) é uma produção da TV Brasil com a Pequi Filmes, com direção de Camilo Tavares, filho de uma das vítimas da ditadura. O material apresenta os bastidores da participação do governo dos Estados Unidos no golpe militar de 1964.
Muitos já assistiram, mas a esmagadora maioria dos brasileiros infelizmente não viu, o que explica a ignorância e a perenidade de tantas mentiras sobre aquele período histórico, que, meio século depois, a grande mídia brasileira mantém vivas."

"Esse material imprescindível, que deveria figurar em todos os currículos escolares dos quatro cantos do país, mostra como e por que os Estados Unidos decidiram interferir na política interna do Brasil.
Documentos inéditos e oficiais, amparados em depoimentos de acadêmicos norte-americanos e brasileiros, revelam como, sob o pretexto do avanço comunista em Cuba, os Estados Unidos vieram ao Brasil e compraram, literalmente, políticos, governos estaduais e, acima de tudo, meios de comunicação, que enriqueceram graças à intervenção americana."

O DIA QUE DUROU 21 ANOS - 2012 - 77 min.

Direção: Camilo Tavares
Roteiro: Camilo Tavares
Produção Executiva: Karla Ladeia, Camilo Tavares e Flávio Tavares
Entrevistas: Flávio Tavares
Gênero: Documentário
Música:: Dino Vicente
Cinematografia: André Macedo
Edição Cesar Tuma
Lançamento: 2012

Prêmio de "Melhor Filme Estrangeiro" no Festival de Saint Tropez 2014-2015,na França, que é o
mais importante evento europeu de documentários.
"menção honrosa"no festival de Long Island em Nova York, que é o maior
festival de documentário dos Estados Unidos e tradicional reduto da
resistência norte-americana, um dos pilares da denúncia da guerra do
Vietnã.
Grande Prêmio do Cinema Brasileiro - Melhor Filme de Documentário

Trailer do filme

https://www.youtube.com/watch?v=CfJAnKUD3K0

O grupo Dimensão Experimental apoia mais essa iniciativa do Clube de Cultura de Porto Alegre.

Literatura e Cinema - O Diálogo sobre os Golpes de 1964 e 2016 no Clube de Cultura

No momento em que estamos próximos dos 53 anos do golpe de 1964 e de um ano do golpe do impeachment de 2016, uma onda reacionária estimulada por uma mídia golpista, um judiciário tendencioso, grupos político-econômicos antidemocráticos e neoliberais, aliados a interesses estrangeiros, querem impor a todo custo uma "reforma" previdenciária totalmente danosa para o futuro do pais e dos trabalhadores, é chegado o momento de uma reflexão e uma retomada da luta democrática.

O Clube de Cultura de Porto Alegre, agora propõe um discussão, reflexão e diálogos sobre os dois últimos golpes de estado praticados no Brasil, o de 1964 e o de 2016. Nesta programação, Cinema e Literatura serão o pano de fundo para estes diálogos com intelectuais de comprovada qualidade como Caio Ritter, Márcia Ivana, Fatimarlei Lunardelli, Katarina Peixoto e o jornalista Flávio Tavares.

Caio Riter é professor, Mestre e Doutor em Literatura Brasileira, coordenador de Oficina Literária no SINTRAJUFE-RS. Em 1994, publicou seu primeiro livro, O palito Diferente (Editora Interpreta Vida). Recebeu vários prêmios, entre eles destacam-se: 1º Prêmio Barco a Vapor, Açorianos, Orígenes Lessa, Livro do Ano-AGES, além de ter obras selecionadas pelo PNBE, e para os catálogos White Ravens e Bolonha.

Marcia Ivana de Lima e Silva é professora de Literatura, Mestrado e Doutorado em Teoria Literária pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1991 e 1996). É professora Titular do Instituto de Letras da UFRGS. Pesquisa criação literária, com ênfase em Crítica Genética. Coordena o acervo de Guilhermino Cesar. Tutora PET Letras.

Fatimarlei Lunardelli é professora e crítica de cinema brasileira, formada em em jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1983), com mestrado em Artes pela Universidade de São Paulo (1995) e doutorado em Ciências da Comunicação, também pela USP (2002). Atualmente é professora do Curso de Realização Audiovisual da Unisinos, responsável pelas disciplinas de Teorias do Cinema, Crítica Cinematográfica e Análise Fílmica. Também atua como jornalista na UFRGS, onde coordena, com Miriam Rossini, o Núcleo de Cinema e Comunicação.

Katarina Peixoto possui doutorado em filosofia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Possui mestrado em filosofia na mesma universidade. Graduada em Direito na Universidade Federal de Pernambuco. Foi bolsista do CNPq (mestrado) e da CAPES (doutorado). Trabalhou como editora e tradutora da Agência Carta Maior e prestou consultoria ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD.

Flávio Tavares - O jornalista e escritor Flávio Tavares é parte da história contemporânea. Ressuscitou de atrocidades físicas e mentais praticadas por integrantes de ditaduras militares no Brasil e na América do Sul. Em 1969, após ser preso e barbaramente torturado pelos militares, fez parte do grupo de presos políticos trocados pelo embaixador dos Estados Unidos, Charles Elbrick. Foi para o México no avião Hércules 56, que levou, entre outros, José Dirceu, Luiz Travassos, Wladimir Palmeira, Gregório Bezerra, Maria Augusto Carneiro (a Guta) e Ricardo Zarattini. Viveu e trabalhou no México, na Argentina e em Portugal, até voltar ao Brasil, em 1979, após a anistia. Nesse intervalo, foi sequestrado pela ditadura uruguaia, e novamente torturado. E sobreviveu. “Sou muito calmo nas coisas grandes e muito intranquilo e ansioso nas coisas pequenas”, afirma.

Este gaúcho de Lajeado mantém a voz pausada, o olhar tranquilo e a serenidade daqueles que são capazes de vencer o ódio, a vingança, pelo amor. Autor de livros como Memórias do Esquecimento e O Dia em que Getúlio Matou Allende, Tavares tem fôlego de sobra para recomeçar sempre. Em parceria com o filho, Camilo, escreveu o roteiro do documentário sobre o golpe de 1964 "O Dia que Durou 21 Anos" que será apresentado no dia 1º de abril (verdadeira data do golpe de 1964).

Literatura e Cinema: diálogos sobre os golpes

28/03/2017 - As meninas, de Lygia Fagundes Telles, comentários de Caio Riter
29/03/2017 - Caio Fernando de Abreu: a resistência ao padrão, comentários de Márcia Ivana
01/04/2017 - O dia que durou 21 anos, de Camilo Tavares, comentários de Flávio Tavares
06/04/2017 - O ano em que meus pais saíram de férias, de Cao Hamburger, comentários de Fatimarlei Lunardelli
07/04/2017 – Snowden, de Oliver Stone, comentários de Katarina Peixoto


Local: Clube de Cultura, Ramiro Barcellos, 1853
Horário: 18h30

Ingressos: 1kg de alimento não perecível ou produtos de higiene que serão destinados aos moradores da Casa dos Artistas

O grupo Dimensão Experimental apoia esta iniciativa.