domingo, 27 de março de 2011

Dimensão Experimental - "Música, Cinema e Memória" Snoopy Bar e E O Vídeo Levou são os novos parceiros no projeto.


Dimensão Experimental "O Mito do Eterno Retorno"




Fotos da apresentação do grupo Dimensão Experimental no show "O Mito do Eterno Retorno" no teatro Bruno Kiefer (05 e 06/11/2010).
Fotos: Arthur Castilhos

Man Ray "Le Retour à la Raison" - 1923


Fernand Léger "Ballet Méchanique" - 1924









O grupo Dimensão Experimental que já havia concretizado uma parceria com o Cinebancários e o Jornal Vaia viabilizando a realização do projeto "Música, Cinema e Memória vem agora comunicar o acerto com dois novos apoiadores/patrocinadores: Snoopy Bar e E O Vídeo Levou. O Snoopy Bar existe desde 1983, sendo um tradicional bar do bairro Petrópolis de Porto Alegre e já havia colaborado anteriormente com o grupo Dimensão Experimental. E O Vídeo Levou vem desenvolvendo um trabalho interessante junto aos seus clientes na locação e divulgação de vídeos e filmes de cineastas autorais bem como na disposição de sua biblioteca. O projeto "Música, Cinema e Memória" de autoria do grupo Dimensão Experimental, pretende átravés de uma ação cultural que combina a projeção de filmes experimentais das décadas de 1920/30 e da performance músical ao vivo com composições próprias, resgatar um pouco da magia do cinema mudo. Estes filmes faziam parte do movimento artístico/cultural conhecido principalmente na França como "avant-garde". Integra o projeto "Música, Cinema e Memória" como ação educativa, a realização de palestras e debates com o público sobre a importância histórica deste quase centenário movimento vanguardista e sua influencia na atual vídeo-arte. Vão palestrar na primeira apresentação do projeto no Cinebancários, dia 14/04/2011 ás 21 horas com entrada franca as professoras Gilka Vargas e Iara Noemy.
Para os próximos dias serão publicadas matérias sobre os filmes, cineastas e o um pouco da história do movimento avant-garde do cinema.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Dimensão Experimental - "Música, Cinema e Memória" - Gilka Vargas e Iara Noemi são as palestrantes.


Dimensão Experimental
Foto Arthur Castilhos


Anemic Cinema (1926) - Marcel Duchamp


Emak-Bakia (1926) - Man Ray


´Les Mystères du Château de Dé (1929) - Man Ray


Cinebancários


Jornal Vaia

O grupo Dimensão Experimental acertou a participação no projeto "Música, Cinema e Memória" das professoras Gilka Vargas e Iara Noemi como palestrantes do dia 14 de abril ás 21 horas no Cinebancários com entrada franca.
O projeto "Música, Cinema e Memória" que tem apoio do Cinebancários e do Jornal Vaia, pretende através de composições próprias contemporâneas e performance músical ao vivo, resgatar um pouco da magia do cinema mudo. Os filmes que serão apresentados e musicados durante o projeto correspondem ao movimento artístico cinematográfico dos anos 1920 do século passado, geralmente conhecido como "avant-garde", embora esta expressão esteja mais vinculada aos filmes franceses experimentais deste periodo. As professoras Gilka Vargas e Iara Noemi farão a palestra destacando nesta primeira edição as diferênças do cinema experimental feito na França e nos EUA. É intensão deste projeto também apresentar trabalhos do mesmo periodo de cineastas de outros paises inclusive do Brasil.

PERFIL PROFISSIONAL

GILKA VARGAS – APTC/ABD 186 / DRT 5975 - Bacharel em Artes Plásticas e em Psicologia, e Licenciatura em Artes Visuais.
IARA NOEMI – APTC/ABD 184 / DRT 5424

Diretoras de Arte atuantes do mercado audiovisual desde 1996. Em cinema, participaram de projetos de longas, médias e curtas-metragens, com diversos diretores e produtoras do RS. Em TV, realizaram peças publicitárias, institucionais, ficção, documentários, minisséries, sitcom e videoclipes, além de cenários para programas diários de emissoras locais.
Desde 1998, dedicam-se ao estudo dos conteúdos teóricos da Direção de Arte em cinema. Em atividades de ensino, ambas tem ministrado palestras, oficinas, cursos de extensão em diversas universidades no Brasil (ESPM/RS, IPA/RS, UPF/RS, UNOESC/SC) e no exterior (Fundación Universitaria Bellas Artes, Medellín/Colômbia). Participam como colaboradoras e consultoras do Núcleo de Cinema da Fundação Ecarta em Porto Alegre, que se constitui num espaço para o debate sobre o cinema, propondo a divulgação e a valorização da produção cinematográfica no Rio Grande do Sul.
A partir de 2007 coordenam o Grupo de Estudos de Direção de Arte em Cinema, que tem como objetivo estudar, analisar e discutir Direção de Arte em Cinema, com atividades teórico-práticas dirigidas, orientadas e supervisionadas. Até o momento, já foram concluídos quatro módulos: “Os primeiros passos da Direção de Arte: a evolução histórica”, “Direção de Arte e imagem cinematográfica: aspectos técnicos”, “Direção de Arte e concepção artística da imagem cinematográfica” e “Direção de Arte Cinematográfica: história, evolução e perspectivas”. Desenvolvem pesquisa sobre os primórdios da Direção de Arte no período do cinema mudo, sua história, seu desenvolvimento e principais Diretores de Arte, e também, sobre a evolução da Direção de Arte mundial e brasileira.

FILMOGRAFIA
Até – 16mm – média metragem – Gilson Vargas – 1999
Quem? – 35mm – curta metragem – Gilson Vargas – 2000
Alberto Pasqualini - Os 20 Gaúchos que Marcaram o Século - RBSTV – Gilson Vargas - 2000
Domingo – 35mm – curta metragem – Gustavo Spolidoro – 2002 – Prêmio Melhor Direção de Arte Cine Ceará e Mostra APTC-RS
João – 16mm – curta metragem – Flávio Guirland – 2002
Melancia Coco Verde – Histórias do Sul TVE/RS – Lordsir Peninha - 2002
Vaga-lume – 35mm – curta metragem – Gilson Vargas – 2002
À Sombra do Outro – 35mm – curta metragem – Gilson Vargas – 2002
Mãe Monstro – 16mm – curta metragem – Cris Reque – 2003
Francisca, Rainha dos Pampas – Histórias Curtas RBSTV – Hique Montanari – 2003 – Prêmio Melhor Direção de Arte
Messalina – 35mm – curta metragem – Cristiane Oliveira – 2004 – Kikito Especial do Júri pela Poética da Obra
O Encontro – Histórias Curtas RBSTV – Geraldo Borowski – 2004
Coberta D’Alma – DOCTV I – Hique Montanari – 2004
Prato do Dia – 16mm – curta metragem – Rafael Figueiredo – 2004
Noite – 5 X Erico - RBSTV – Gilson Vargas – 2005
A Domicílio – 35mm - curta metragem – Nelson Diniz - 2006
Série Os 7 Pecados Capitais - RBSTV – Hique Montanari e Rafael Figueiredo - 2006
Terra Prometida – 16mm – curta metragem – Guilherme Castro - 2006
Porto Alegre de Quintana – Especiais RBSTV – Fabiano de Souza e Gilson Vargas- 2006
O Velho do Espelho – Documentário Mario Quintana – Guilherme Castro - 2006
Minissérie A Ferro e Fogo – Tempo de Solidão – RBSTV – Gilberto Perin - 2006
A peste da Janice - 35mm – curta metragem – Rafael Figueiredo – 2007
Atrás da Telinha - Sitcom – Guilherme Castro – 2007
Mujica - Histórias Curtas RBSTV – Hique Montanari – 2007 – Prêmio Melhor Direção de Arte
Stress - Histórias Curtas RBSTV – Karine Emerich – 2007
Transversais - Projeto Cultural Copesul ‘Fronteiras do Pensamento’ – Documentário - Guilherme Castro - 2008
Arroba - Projeto Cultural Copesul ‘Fronteiras do Pensamento’ – Documentário - Hique Montanari - 2008
Dois coveiros - 35mm – curta metragem – Gilson Vargas – 2008
Quando casar Sara – Histórias Curtas RBSTV – Hique Montanari - 2008
Nada mau para uma terça de madrugada - Histórias Curtas RBSTV – Guilherme Castro -2008
Hóspedes – 35mm – curta metragem – Cristiane Oliveira – 2008
Fogo – 35mm – curta metragem – Hique Montanari - 2009

EM PRODUÇÃO
Nos Caminhos do BANRISUL - 1923 – 2010 – Documentário – Hique Montanari

EM FINALIZAÇÃO
José – S8 - curta metragem – Gilson Vargas
Espia Só – 35mm – Documentário longa metragem – Saturnino Rocha
Mar do Poeta – curta metragem – Alan Mendonça Furtado
Casa Afogada – curta metragem – Gilson Vargas


CONTATOS
Gilka Vargas – gilkavargas@cpovo.net
Fone – (51) 99743200 / Fone/Fax – (51) 33520358

Iara Noemi – iaranoemi@cpovo.net
Fone – (51) 99010032 / Fone/Fax – (51) 33520358

sexta-feira, 4 de março de 2011

Dimensão Experimental fecha parceria com o Cinebancários e o Jornal Vaia para apresentações do projeto "Música, Cinema e Memória" já em 14/04/2011.



Dimensão Experimental

Filmes Avant-Garde
Ballet Mécanique (1924) de Fernand Léger

Le Retour à La Raison (1923) de Man Ray

Anemic Cinema (1926) de Marcel Duchamp

H2O (1929) de Ralph Steiner

O grupo Dimensão Experimental, agora constituído por Klaus Farina (teclados/guitarras/flauta/programação eletrônica), Álvaro Saboia (teclados e gaita de boca) e Rodrigo Endres (guitarras) fechou uma parceria com o Cinebancários, onde apresentará a partir de 14 abril três exibições do projeto "Música, Cinema e Memória". O projeto "Música, Cinema e Memória" de autoria do grupo Dimensão Experimental foi lançado no ano passado e exibido pela primeira vez na Sala de Cinema Paulo Amorim (CCMQ)em 25/09/2010.

Além do Cinebancários o grupo Dimensão Experimental também conseguiu fechar uma parceria com o Jornal Vaia (que colocará seu equipamento de som a disposição). Mozart Moreira Dutra (integrante do Jornal Vaia) será o operador de som. O Jornal Vaia promove um interessante projeto que tem por objetivo divulgar músicos com trabalhos autorais cuja apresentações ocorrem sempre no teatro de Arena.

As apresentações do projeto "Música, Cinema e Memória" serão realizadas uma vez a cada três meses, começando em 14 de abril sempre ás quintas-feiras ás 21 horas. Também ficou acertado que em cada dia de exibição serão apresentados e performados filmes diferentes de cineastas em sua maioria desconhecidos do grande público.

O caledário das apresentações é o seguinte:

14/04/2011 (quinta feira ás 21 horas)
14/07/2011 (quinta feira ás 21 horas)
13/10/2011 (quinta feira ás 21 horas)
Local: Cinebancários
Entrada Franca

Os filmes escolhidos para a primeira apresentação em 14/04/2011 são os mesmos performados no ano passado na CCMQ (ver sinopse dos filmes abaixo)ou seja “Le Retour à La Raison” (1923) 2 min. – Man Ray, “Ballet Mécanique” (1924) 11 min. – Fernand Léger, “Cockeyed” (1925) – 3 min. – Alvin Knechte,“Anemic Cinema” (1926) 6 min. – Marcel Duchamp e “H 2 O” (1929) – 12 min. – Ralf Steiner. O nome do palestrante (ou palestrantes) será divulgado nos próximos dias.

Para as demais apresentações, o grupo Dimensão Experimental já está trabalhado na escolha dos filmes e criação da trilha sonora. A lista destes outros filmes e cineastas será divulgada em breve, mas já se pode adiantar alguns como: Les Mystéres du Chateu du Dé (1929), Emak Bakia (1926) ambos de Man Ray, Rhytmus 21 (1921) de Hans Richter e Symphone Diagonale (1924) de Viking Eggeling. Outros cineastas como Norman Mclarem, Joris Ivens, Robert Florey e Dwinnel Grant entre outros poderam ter seus filmes performados pelo grupo Dimensão Experimental, que também manifestou interesse em musicar no futuro o filme "Rien que les Heures" (1926) do brasileiro Alberto Cavalcante que foi um dos expoentes do avant-garde do cinema dos anos 20.


O objetivo do Grupo Dimensão Experimental é oferecer ao espectador através de composições contemporâneas próprias a possibilidade do contato com um dos movimentos mais criativos que se produziu na história do cinema em seus primórdios, através de filmes até pouco tempo inéditos ou desconhecidos para o publico, em sua maioria, resgatando um pouco da magia do cinema mudo, musicando alguns dos clássicos do cinema avant-garde dos anos 20.
O projeto tem por característica a ação cultural, através da projeção dos filmes e performance musical ao vivo, e de uma ação educativa com a realização de palestra e debate sobre a importância histórica do cinema avant-garde, com participação do público e de pessoas especializadas em cinema, história do cinema (historiadores, jornalistas, antropólogos, cineastas...) contextualizando-o, tendo como uma das pautas a influência da vanguarda no cinema, contrastando o passado com o presente, em especial as diferenças de paradigma da época em que eclodiu, quando as utopias e a revolução estavam na ordem do dia em contraposição com o momento atual em que estas mesmas utopias parecem esvaziadas com o objetivo de avaliar as perspectivas de um cinema experimental na atualidade por ocasião das novas tecnologias (cinema tridimensional, digital etc.).
A partir das próximas semanas serão publicadas matérias especiais sobre os filmes, cineastas e um pouco da história do movimento Avant-garde no cinema.

SINOPSE DOS FILMES da apresentação de 14/04/2011

“Le Retour à La Raison” (1923) 2 min. – Man Ray

O pintor e fotógrafo, Man Ray fez seu primeiro filme “Le Retour à La Raison” (1923) em um só dia. O título se refere a um retorno à razão, mas, paradoxalmente, o filme revela-se inteiramente sem razão. Utilizando-se de radiogramas, quadros feitos por objetos colocados diretamente sobre a película, como alfinetes e botões, o filme projetava efeitos metálicos na tela.
O corpo nu de uma mulher foi um dos únicos elementos concretos do filme, que continha cenas comuns em um contexto incomum.
Esta foi uma obra dadaísta, tanto pelos elementos utilizados quanto pelos seus resultados, uma vez que causou uma reação violenta na platéia sendo interrompida a projeção após um minuto.

“Ballet Mécanique” (1924) 11 min. – Fernand Léger

Fernand Léger, (1881-1995) foi um dos mais destacados pintores cubistas. Os seus quadros apresentam formas com volumetrias acentuadas e simplificadas, reduzidas a volumes primários, como cones e cilindros, acentuados por uma vigorosa modelação, denunciando a sua formação inicial em arquitetura e o fascínio pela civilização industrial do séc. XX. Ao contrário de Picasso ou de Braque, que viam na representação da mecânica do movimento apenas um meio para revelarem a mecânica da percepção, Léger devotou toda a sua vida ao estudo das formas das máquinas e dos objetos técnicos, acreditando sempre no poder de transformação da arte e na sua importância para o estabelecimento de uma sociedade mais justa e igualitária, baseada no progresso técnico e científico.
Inspirado pelo estilo tragicômico das primeiras diatribes cinematográficas de Charles Chaplin, Léger decidiu transpor para o cinema os seus princípios estéticos e o seu otimismo ideológico. O resultado foi o curta-metragem experimental Ballet Mécanique (1924), um dos mais antigos e importantes filmes abstratos, que se tornou um exemplo clássico da utilização de objetos quotidianos a serviço da abstração formal.

“Cockeyed” (1925) – 3 min. – Alvin Knechte

Em Cockeyd: Gems fron the memory of a nutty cameraman (1925), Alvin Kenechte, realizou neste filme de apenas três minutos experimentos de sobreposição de imagens através da subdivisão da tela de forma inteligente e divertida criando efeitos surreais como um homem comendo uma lâmpada incandescente, pessoas, edifícios, carros, aviões, trens desaparecendo e reaparecendo, entre as cenas intrigantes que apresentadas pelo autor, evidenciam através do insólito confundir, e questionar a sanidade do expectador.

“Anemic Cinema” (1926) 6 min. – Marcel Duchamp

O primeiro filme de Marcel Duchamp “Anemic Cinema” (1926), cujo título brinca com as letras da palavra cinema, põe em movimento esferas rotatórias ou rotoreliefs (discos em que Duchamp desenhou linhas e círculos concêntricos e excêntricos) que, ao girarem, provocam no espectador uma sensação estranha, como uma nova dimensão. Inscritas nos espirais, as letras vão formando frases indecifráveis, compondo um dos fenômenos visuais mais puros, sensíveis e fascinantes, em uma tentativa de se produzir filmes estereoscópicos.

“H 2 O” (1929) – 12 min. – Ralf Steiner

Ralph Steiner (1899-1986), fotógrafo americano e cineasta. Após sua graduação 1921 do Dartmouth College, onde aprendeu técnicas de fotografia, Steiner se mudou para New York e estudou na Clarence H. White School of Photography. Cada vez mais socialmente engajado, Steiner voltou-se para um estilo de documentário mais realista. A mudança é particularmente evidente em seus filmes: o resumo do estudo inicial de água e luz, H 2 O (1929). Um filme rápido e experimental composto em torno do tema da água em todas as suas formas. Um estudo clássico das amostras de luz e texturas sobre a superfície da água Como um tipo de poema cinematográfico enfatizando o ritmo e alterações através das qualidades visuais das imagens e da estrutura da edição. Quando o cineasta move a câmera mais próxima da superfície reflexiva, as imagens tornam-se mais abstratas e visualmente dramáticas. Esta concentração de padrões de movimento, sombreamento e textura fazem de H 2 O uma obra prima.
Pesquisa e texto: Klaus Farina - músico, historiador e produtor cultural.