domingo, 9 de setembro de 2012

Dimensão Experimental na semana de aniversário da Casa de Cultura (26/09/2012)

O grupo Dimensão Experimental vai apresentar mais uma edição do projeto Música, Cinema e Memória, desta vez na sala de cinema Eduardo Hirtz como parte da programação de aniversário Casa de Cultura Mário Quintana no da dia 26/09/2012 ás 20 horas entrada franca. A grande novidade é a parceria com o Museu Hipólito da Costa que disponibilizou um filme de seu acervo "Porto Alegre, a Bela capital Gaúcha" (1929) de 6 min. O projeto Música, Cinema e Memória visa resgatar através de musical autoral contemporâneo um pouco da linguagem do cinema silencioso. No total serão performados com musical autoral ao vivo 7 filmes uma genuína mostra mundial que inclui filmes de vários países e continentes. ------------------------------------------------------------------------------------- FILMES DA MOSTRA--------------------------------------------------------------------- "Porto Alegre, a Bela capital Gaúcha" (1929) 6 min. (BRASIL /RS)- Acervo do Musecom Este filme feito em 1929 de autor desconhecido, pertence ao acervo do Museu de Comunicação Hipólito José da Costa que gentilmente o cedeu para esta mostra. O filme apresenta de forma nostálgica e documental o cotidiano bucólico da capital gaúcha em fins da década de 1920. Música; Raio de Sol (Farina) Arranjos Dimensão Experimental ------------------------------------------------------------------------------------- “Tusalava” (1929) – 10 min. NOVA ZELÂNDIA – Len Lye Tusalava, foi o primeiro filme realizado na Inglaterra do neo-zelandês Len Lye, que construiu com uma técnica chamada «animação tradicional» ou «cel animation», que consiste na animação de desenhos (no caso, cerca de 4400) feitos em celulóide, onde em que cada quadro é desenhado à mão e depois fotografado. Tusalava é uma animação abstrata onde duas formas orgânicas evoluem a partir de uma relação simbiótica e parasitária. Pontos e círculos entram em contato entre si, reagem e interpenetram-se, absorvem ou separam-se das formas opositoras, criando padrões cada vez mais complexos. O filme captura a mutabilidade da existência, a ambigüidade entre a penetração criadora e a agressão destruidora (canibalizante), a absorção e a síntese. Infelizmente, a partitura original de Ellitt perdeu-se e Tusalava hoje é exibido como um filme mudo.Em virtude de esta trilha sonora original estar perdida o grupo Dimensão Experimental compôs um tema original homônimo: Tusalava. Música: Tusalava (Farina / Dimensão Experimental) Arranjos: Dimensão Experimental ------------------------------------------------------------------------------------- “Inflation” (1928) – 3 min. ALEMANHA – Hans Richter O tema da inflação nunca havia sido tratado no cinema da forma como Hans Richter se propôs a demonstrar. De maneira irônica e bem humorada Richter trabalhou uma questão que perturbava a sociedade alemã dos anos 1920 A questão da inflação é um tema sempre atual quando refletimos sobre as falhas do sistema capitalista. Inflation é um filme raro e pouquíssimo conhecido inclusive por muitos cinéfilos. Hans Richter também trabalhou com cinema de animação experimental com sua famosa série, “Rhythmus” produzida durante a primeira metade da década de 1920. Música: Inflação (Farina/Sabóia) Arranjos: Dimensão Experimental ------------------------------------------------------------------------------------- “H 2 O” (1929) – 12 min. ESTADOS UNIDOS – Ralf Steiner Ralph Steiner (1899-1986), fotógrafo americano e cineasta. Após sua graduação 1921 do Dartmouth College, onde aprendeu técnicas de fotografia, Steiner se mudou para New York e estudou na Clarence H. White School of Photography. Cada vez mais socialmente engajado, Steiner voltou-se para um estilo de documentário mais realista. A mudança é particularmente evidente em seus filmes: o resumo do estudo inicial de água e luz, H 2 O (1929). Um filme rápido e experimental composto em torno do tema da água em todas as suas formas. Um estudo clássico das amostras de luz e texturas sobre a superfície da água Como um tipo de poema cinematográfico enfatizando o ritmo e alterações através das qualidades visuais das imagens e da estrutura da edição. Quando o cineasta move a câmera mais próxima da superfície reflexiva, as imagens tornam-se mais abstratas e visualmente dramáticas. Esta concentração de padrões de movimento, sombreamento e textura fazem de H 2 O uma obra prima. Músicas: Akvo (Farina/Sabóia) e All Wright (Farina) Arranjos: Dimensão Experimental ------------------------------------------------------------------------------------- “Anemic Cinema” (1926) 6 min. FRANÇA – Marcel Duchamp O primeiro filme de Marcel Duchamp “Anemic Cinema” (1926), cujo título brinca com as letras da palavra cinema, põe em movimento esferas rotatórias ou rotoreliefs (discos em que Duchamp desenhou linhas e círculos concêntricos e excêntricos) que, ao girarem, provocam no espectador uma sensação estranha, como uma nova dimensão. Inscritas nos espirais, as letras vão formando frases indecifráveis, compondo um dos fenômenos visuais mais puros, sensíveis e fascinantes, em uma tentativa de se produzir filmes estereoscópicos. Música: Fórum Social Mundial (Farina) Arranjos: Dimensão Experimental ------------------------------------------------------------------------------------- “Limite” (1931) Fragmento de 8 min. BRASIL - Mário Peixoto Limite se destaca por grandes inovações em fotografia e montagem e também por uma narração não linear. Com planos longos e incômodos e enquadramentos precisos, o filme conta a história de um homem e duas mulheres em um barco perdido no mar. Cansados eles param de remar e se conformam com a morte inevitável. Por meio de flashbacks, eles relembram seu passado em uma mistura de sentimentos que vão do desespero inútil à fuga. A partir deste roteiro, o diretor traça uma bela história sobre a passagem do tempo e a condição humana. Música: Limite (Farina) Arranjos Dimensão Experimental ------------------------------------------------------------------------------------- “Les Mystères du Château de Dé” (1929) – 19 min. EUA/FRANÇA – Man Ray Les Mystères de Château de Dé é um filme surrealista, um jogo pitoresco improvisado de Man Ray num período em que esteve como convidado no Castelo do Conde de Noailles. O filme retrata dois viajantes partindo de Paris para a Villa Nailles, em Hyères. A jornada começa quando os personagens mascarados em um café decidem suas ações jogando dados, para em seguida seguir viagem em busca de seu destino no interior da França chegando a um estranho castelo comesculturas de Pablo Picasso e Joan Miró. Les Myteres du Château de Dé foi o filme mais longo que Man Ray dirigiu em sua carreira. Música: Os Mistérios do Castelo de Dados - suíte em seis movimentos (concepção original de autoria de Klaus Farina com colaboração adicional de Álvaro Sabóia no sexto movimento) I – Os Viajantes: Um jogar de dadas jamais anulará a sorte. (Farina) II – Viajando a um estranho destino um castelo. (Farina) III – Personne, Personne: Lês Secrets de la Peinture. (Farina) IV – Piscinéma: Um jogar de dados jamais anulará a sorte. (Farina) V – Minerve Casque. (Farina) VI – Dois passageiros que permanecerão. (Farina) Arranjos: Dimensão Experimental ------------------------------------------------------------------------------------- O grupo Dimensão Experimental é formado por: Klaus Farina – Teclados, Guitarras, Flauta e Programação Eletrônica Álvaro Sabóia – Teclados e Gaitas de Boca Mozart Dutra – Percussão Acústica

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