domingo, 18 de maio de 2014

Dimensão Experimental na 12º Semana Nacional dos Museus - Canoas

Dimensão Experimental - Música, Cinema e Memória em Canoas. Dia 19/05/2014, a partir dás 19 horas em Canoas, rua Ipiranga, número 105, o grupo Dimensão Experimental vai participar da 12º Semana Nacional de Museus apresentado mais uma edição do projeto cultural Música, Cinema e Memória que visa o resgate e uma releitura da linguagem do cinema mudo, performando os filmes: "Os Óculos do Vovô" (BRA - 1913) de Francisco Santos e Tusalava de Len Lye (Nova Zelândia - 1929). Os Óculos do Vovô - 1913 (Brasil) de Francisco Santos Conforme o pesquisador Antonio Jesus Pfeil, Os Óculos do Vovô é o mais antigo filme de ficção feito no Brasil.Na virada do século XX, o português Francisco Dias Ferreira dos Santos(1873-1937) chegou ao Brasil numa turnê de teatro e apresentou-se ao longo do país durante anos. Em 1909 chegou ao extremo sul, e aqui concebeu uma pioneira empresa de cinema. O empreendimento já era ousado para a época, e mais ainda por situar-se longe dos grandes centros urbanos. Os estúdios da Guarany Fábrica de Fitas Cinematográficas (ou Guarany Filmes) ficavam numa casa da Rua Marechal Deodoro, em Pelotas. No primeiro filme da produtora Guarany, um menino pinta os óculos de seu avô, que ao acordar pensa estar cego, dando lugar a cenas cômicas. Música; Os Óculos do Vovô (Farina) Arranjos; Dimensão Experimental Tusalava - 1929 (Nova Zelândia)de Len Lye Tusalava, o primeiro filme realizado em Inglaterra pelo neo-zelandês Len Lye, foi construído com uma técnica chamada «animação tradicional» ou «cel animation», que consiste na animação de desenhos (no caso, cerca de 4400) feitos em celulóide, em que cada quadro é desenhado à mão e depois fotografado. Tusalava é uma animação abstrata onde duas formas orgânicas evoluem a partir de uma relação a um tempo simbiótica e parasitária. Pontos e círculos entram em contacto entre si, reagem e interpenetram-se, absorvem ou separam-se das formas opositoras, criando padrões cada vez mais complexos. O filme captura a mutabilidade da existência, a ambiguidade entre a penetração criadora e a agressão destruidora, a absorção e a síntese. Podemos encontrar algumas semelhanças entre Tusalava e alguns dos filmes abstractos realizados na década de 20, por nomes como Oskar Fischinger e Hans Richter. No entanto, Tusalava distancia-se daqueles pelo facto de Lye ter sido muito influenciado pela arte dos aborígenes australianos e do Pacífico Sul. Assim, ao combinar a arte tribal com a arte moderna, Tusalava apresenta formas mais orgânicas que os filmes de Fischinger e Richter, que eram dominados por formas mais geométricas e angulares. As formas e os padrões de Tusalava movimentam-se como se fossem entidades vivas em constante mutação, o que levou a crítica a ver no filme uma narrativa acerca das formas primitivas de vida. A despeito destas interpretações, Tusalava pode ser visto como um ensaio sobre a natureza do movimento. Lye procurou criar um conjunto de imagens em permanente interacção que encerrassem um sentido mágico da vida e que envolvessem fisicamente os espectadores. Música: Tusalava (Farina/Saboia/Dutra) Arranjos: Dimensão Experimental Dimensão Experimental Klaus Farina - Teclados, Guitarra, Flauta e Programação Alvaro Sabóia - Teclados e Gaita de Boca Mozart Dutra - Percussão Acústica

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