segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Processo Intuitivo de Klaus Farina na Cúpula do Planetário, dia 2 de dezembro, às 20h. Marcando o retorno das atividades do grupo Dimensão Experimental com nova formação.


PROCESSO INTUITIVO DE KLAUS FARINA

Processo Intuitivo é um trabalho solo, uma sequência do projeto Música, Cinema e Memória do grupo Dimensão Experimental, do qual o músico e compositor Klaus Farina e Alvaro Sabóia são membros integrantes originais.
O Processo Intuitivo pretende, por meio de música intuitiva autoral, apresentar um resgate e uma releitura da linguagem do cinema silencioso, performando filmes experimentais pouco conhecidos do grande público.


Cinema mudo com música autoral ao vivo na cúpula do Planetário, dia 2 de dezembro às 20h. Todas as composições são de autoria de Klaus Farina apresentando a nova formação do grupo Dimensão Experimental agora com Klaus Farina, Alvaro Sabóia e Renata Veleda. Entrada R$ 5,00 ou 1 kg de alimento não perecível.


Klaus Farina - Teclados/Guitarra/Flauta, Percussão, Programação, Produção e Arranjos
Participações especiais: Renata Veleda – Vocalize e Alvaro Sabóia – Gaita de Boca
Nesta apresentação, serão musicados ao vivo os seguintes filmes:


Unglassed windows cast a terrible reflection (EUA, 1953, 29min10), de Stan Brakhage
Uma anatomia da violência. Seis jovens, quatro rapazes e duas moças viajando num carro em uma estrada deserta. Há uma rivalidade entre dois caras para uma das moças. Em uma estrada remota, o carro para próximo às ruínas de uma antiga mineradora. O motorista sai a pé tentando pegar carona até a localidade mais próxima para buscar ajuda no conserto do carro. Liderados pela moça que despertou a rivalidade entre os dois rapazes, os outros caminham em direção aos prédios abandonados da mineradora. Um dos três rapazes senta e lê. A moça que lidera o grupo explora o edifício e vê algo que a assusta. Ela grita; os dois rivais e a segunda moça correm para encontrá-la. Ela diz algo que provoca uma briga entre seus dois pretendentes. O rapaz com o livro se afasta desapontado com a reação dos dois amigos. O que se segue são momentos angustiantes que leva a um clímax. Neste trabalho, Brakhage explora de maneira experimental as possibilidades psíquicas que um filme em preto e branco pode expressar por meio de uma trama em que o suspense emerge a cada instante, fazendo uso competente de ângulos da câmera em contraste com as sombras, em grande estilo.


Polychrome Fantasy (CAN, 1935, 2min51), de Norman McLaren
Poema fílmico silencioso, em que o cineasta divide a tela em duas partes e experimenta, de maneira criativa e divertida, a performance de quatro bailarinas na parte inferior da tela e, na parte superior, uma sobreposição de imagens animadas. Tudo com diferentes texturas de cores pintadas sobre a película, que mudam frequentemente durante a dança.


Limite (BRA, 1931 fragmento de 10 min.) de Mario Peixoto
Em um barco à deriva, três pessoas em estado de absoluta desolação (um homem e duas mulheres, que os caracteres iniciais apresentam como homem 1, mulher 1 e mulher 2). O filme narrará às estórias de desamor e desamparo destes três personagens.
Estória da mulher um : após um rompimento amoroso, ela parte, em um trem, para uma outra cidade onde irá trabalhar como costureira. O desenrolar da narrativa sugere, por meio de um recorte de jornal, que a moça fugira da cadeia com a ajuda de um carcereiro. Por este motivo, tornará a ir embora.
Estória da mulher dois : Ao chegar em casa encontra o marido (um pianista que toca no cinema acompanhando a exibição dos filmes), dormindo alcoolizado no alto da escada. Abandona a cesta de peixes que trouxera da vila de pescadores e sai para a rua, onde encontra um homem (seu amante ?) com o qual troca algumas palavras (não há letreiros nessa parte) e segue para beira-mar onde, do alto de um monte rochoso lhe ocorrerá a ideia de suicídio.
História do homem 1 : Casado, o jovem mantém um caso extraconjugal com uma mulher também casada. Após a morte desta, vem a saber, da boca do marido traído, no cemitério onde ela está enterrada, que a mulher era ‘morphética’, ou seja, leprosa. Temendo represálias, o jovem mergulha num sentimento de culpa, medo e desespero.


Pas de deux (CAN, 1968, 10min4), de Norman McLaren
O processo básico de construção do discurso fílmico utilizado por Norman McLaren, em Pas de Deux, já havia sido utilizado em Canon, com o uso da optical printer na repetição de imagens no espaço do mesmo enquadramento. Em Pas de Deux, McLaren registra os movimentos de dois bailarinos vestidos de branco contra um fundo negro, iluminados lateralmente de forma tangencial, em película de alto-contraste, a uma velocidade de 48 fotogramas por segundo, a fim de dar um leve efeito em câmera lenta.


Entrada R$ 5,00 ou 1 kg de alimento não perecível.

Local: Av. Ipiranga, 2000.
Horário 20h.

Apoio: Dimensão Experimental e E o Vídeo Levou.
Realização Planetário.

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