✯SARAU DAS BRUXAS✯
DANIELA VIGO + MAURO AMARAL + CUCA MΞDINA + GUDO GUBERT
✭ Músicas autorais bruxônicas, poesia e performance de dança ✭
O Sarau das Bruxas irá acontecer no dia 31 de outubro das 20h às 22h. Daniela Vigo, Cuca Medina, Mauro Amaral e Gudo Gubert serão os músicos que irão entoar músicas das sombras para celebrar o Dia das Bruxas ou do Saci. Com composições autorais, o show abordará temas que falam sobre a escuridão, trevas, que fazem referência ao mundo sombrio e da melancolia. Daniela Vigo e Mauro Amaral, que integram a banda Pikardia, mostram um repertório soturno. Cuca Medina, tocará suas músicas lúgubres com Gudo Gubert. O show terá performances do poeta Gerson Saldanha, da bailarina Cristina Cambeses e na percussão, Mozart Linhares.
Junte-se a nós nesse dia, traga sua vassoura e vista-se com o manto da magia para uma noite de mistério e músicas que exploram a temática das trevas.
Local: Clube de Cultura, rua Ramiro Barcelos, 1853.
O grupo Dimensão Experimental é apoiador de mais esse evento do Clube de Cultura.
terça-feira, 31 de outubro de 2017
sexta-feira, 27 de outubro de 2017
Cine Clube de Cultura - O Novíssimo Testamento - Hoje 27/10/2017 as 19h30min.
Hoje dia 27 de outubro ás 19:30h
CINE CLUBE DE CULTURA apresenta :
🎬"Le Tout Nouveau Testament / O Novíssimo Testamento (título no Brasil) - um filme belga de comédia , lançado em 2015 .
Após a exibição do Filme O Novíssimo Testamento haverá um debate sobre a estética surrealista presente e questões contemporâneas trazidas na narrativa ficcional da obra com a mediação de Daniela Gonçalves Amaral ( historiadora, música e graduanda em artes visuais) e Carla Menegaz (museóloga) .
O Novíssimo Testamento do cineasta Jaco Van Dormael, apresenta um mundo no qual Deus é casado, mora na Bélgica e, além de Jesus, possui uma filha. Ressentida pela atitude do pai, que bebe, fuma e é extremamente agressivo, a garota quer vingança, onde planeja enviar para todas as pessoas as datas e os horários de sua morte, transformando a vida delas num verdadeiro caos.
O Novíssimo Testamento é um conto surrealista para adultos. Como comédia, o filme permite extrapolar o que temos medo, ir além dos sentimentos que machucam. A ideia de morte torna a vida mais preciosa, o tabu acaba por sucumbir pelo desejo de viver a vida em sua perenidade. O Novíssimo Testamento acaba por encontrar na fantasia, ilusionismo e teatralidade, elementos visuais e psicológicos que cativam por seus personagens numa mistura de vida em sua concretude e ficção. Como num truque de mágica, sabemos que não é real, mas estamos dispostos acreditar. Assim o filme se converte num conto surrealista para adultos.
Para o diretor se a felicidade fosse uma casa, a sala de espera seria o maior cômodo”. A vida inteira dos personagens deste filme foi passada na sala de espera onde sonham que a felicidade chegaria. Mas a atitude da filha de Deus foi permitir que essa sala de espera fosse aberta e assim possibilitar formas de felicidade imprevistas no encontro de amores fora do comum. O Novíssimo Testamento permite discussões acerca do patriarcalismo, feminismo e outras questões que serão aprofundadas. — com Daniela Vigo Amaral em Clube de Cultura. — com Daniela Vigo Amaral em Clube de Cultura.
Local: Clube de Cultura, rua Ramiro Barcelos 1853.
Apoio: E O VídeoLevou
O grupo Dimensão Experimental é apoiador de mais esta atividade do Clube de Cultura.
terça-feira, 24 de outubro de 2017
Cine Clube de Cultura - Ciclo Outubro Vermelho - Sergei Eisenstein e a Revolução Russa - Outubro (1928) nesta quinta dia 26/10/2017 Entrada Franca
Ciclo Outubro Vermelho
No ano do centenário da Revolução Russa, o Cine Clube de Cultura exibirá, no mês de outubro, três filmes do cineasta Sergei Eisenstein.
Sergei Mikhailovich Eisenstein (Riga, Letônia, 23 de janeiro de 1898 - Moscou, Rússia, 11 de fevereiro de 1948) foi um professor, pensador, diretor, roteirista e editor russo. Um dos nomes fundamentais na consolidação da linguagem das imagens em movimento, sua obra é até hoje objeto de estudo para todo o admirador e profissional da sétima arte.
Quando jovem, Eisenstein frequentou uma escola estatal de ciências, de forma a preparar-se para a escola de engenharia, seguindo os passos do seu pai. Encontrou tempo, no entanto, para ampliar seu conhecimento lendo várias obras em russo, alemão, inglês e francês, bem como compondo desenhos animados e atuando num grupo de teatro infantil que ele mesmo fundou.
Em 1915, mudou-se para Petrogrado para continuar seus estudos no Instituto de Engenharia Civil, onde seu pai também havia se formado. Por conta própria, ele também estudou arte renascentista e assistiu a produções de vanguarda do teatro de Vsevolod Meyerhold e Nikolai Yevreinov.
O primeiro filme de Eisenstein, o revolucionário "A Greve", foi produzido em 1924, mostrando que arte e política podiam andar juntas. No longa, ele propõe uma nova forma de edição, a "montagem de atrações", em que as imagens são escolhidas arbitrariamente e independente da ação, apresentadas não em seqüência cronológica, mas de qualquer maneira para extrair o máximo de impacto psicológico.
No ano seguinte, com apenas 27 anos, dirige aquele que provavelmente é sua grande obra-prima, "O Encouraçado Potemkin”, filme dos mais importantes da história do cinema. Filmado em apenas dois meses e montado com extraordinário apuro técnico.
Logo depois faz “Outubro”, um filme produzido para as comemorações do décimo aniversário da Revolução de Outubro de 1917, mas lançado apenas em 1928, em virtude de todas as cenas que incluíam a personagem Leon Trotsky, um dos líderes da revolta, terem sido cortadas. Na re-edição do filme as cenas cortadas foram reintroduzidas.
Com o sucesso de seus três filmes russos, Eisenstein é convidado pela MGM para trabalhar nos Estados Unidos, onde não se adaptou ao estilo industrial de Hollywood. Resolve então voltar à União Soviética, e é encarregado de filmar Alexander Nevsky, num momento em que os nazistas iniciavam seu projeto de guerra. O filme torna-se mais um clássico do diretor russo, que vai logo depois conceber uma trilogia sobre Ivã IV, "o Terrível". Antes de iniciar a terceira sequência, morre de ataque cardíaco
Fonte: infoescola
Confira a programação e participe.
A entrada é franca.
05 de outubro, às 19h30 – A Greve (1924)
19 de outubro, às 19h30 – Encouraçado Potemkin (1925)
26 de outubro, às 19h30 – Outubro ( 1928)
Local: Clube de Cultura, rua Ramiro Barcelos, 1853.
Apoio:
E o Vídeo Levou
O Grupo Dimensão Experimental é apoiador desse evento do Clube de Cultura.
Outubro (1928), PB, 107 min.
Sinopse: Em tom de documentário, o filme recria acontecimentos em Petrogrado, na Rússia, desde o fim da monarquia, em fevereiro de 1917, até o fim do governo provisório em novembro do mesmo ano.
Sergei Eisenstein foi um dos mais importantes cineastas soviéticos, que participou ativamente da Revolução Russa, e posteriormente se decepcionou com a direção tomada por ela. Ele produziu filmes importantes como: Encouraçado Potemkin, A Greve, Outubro, Alexander Nevsky e Ivan O Terrível.
O filme dramatiza o ano que antecede e inclui os eventos em Outubro, que culminaram com o Partido Bolchevique, tomando o controle político e militar da Rússia e criando a União Soviética.
O efeito de montagem utilizado por Eisenstein consistia em diminuir o tempo, que o público tinha para entender a informação de cada cena.
Esse procedimento aumenta a tensão da cena, deixando a sequencia mais intensa. Em Outubro, o cineasta também utilizou a montagem intelectual, que é caracterizada pela inserção de assuntos em uma sequência de grande carga emocional.
Segundo a biografia de Eisenstein de Oksana Bulgakowa, o diretor planejou originalmente um filme muito detalhado, caracterizando todas as vitórias do Exército Vermelho sob o comando de Trotsky. Seria uma obra que cobriria toda a guerra civil.
O plano foi vetado pelo Partido Comunista, que o obrigaram a restringir-se aos acontecimentos em Petrogrado em 1917.
Em 1927, o filme inacabado seria exibido pela primeira vez no Teatro Bolshoi. No mesmo dia veio uma diretriz, exigindo que Trotsky fosse eliminado do longa.
O próprio Stálin chegou à sala de edição de Eisenstein para se certificar de que Trotsky havia sido realmente retirado.
Um ponto é nítido, é que Eisenstein pretendia representar dois líderes revolucionários, Lenin e Trótsky. O último ficou reduzido a poucas aparições e chegou até mesmo a ser colocado como inimigo da revolução.
Trotsky foi presidente do soviete de Petrogrado a partir de 25 de setembro de 1917 e foi uma personalidade importantíssima para a Revolução.
Eisenstein usa de grande habilidade para retratar Alexander Kerensky, chefe do governo provisório.
O diretor o caracteriza como um democrata, que se sente parte da aristocracia. Em uma cena aparece o quarto do czar e Kerensky olhando um pavão mecânico, que simboliza ele mesmo: Um boneco de ventríloquo.
De maneira humorística o diretor utiliza várias estátuas de Napoleão para demonstrar o parentesco mental de Kerensky com o general Kornilov, que liderava a contra revolução.
Uma parte importante do filme é o destaque para a participação feminina, com as cenas do “Batalhão Feminino” e a legenda de que elas iriam até a última gota de sangue, em contrapartida no início da obra aparecem as mulheres burguesas, batendo nos revolucionários com guarda-chuva.
Eisenstein concebeu Outubro de maneira dialética. Com 5 atos e cada começa com uma tese, depois temos uma antítese e no final resolveu o conflito com uma síntese.
Os mencheviques são retratados de maneira sinistra e o Exército Branco como pessoas más, que tiram uma espada em que está escrito: “Deus está conosco”. Uma crítica direta ao apoio da Igreja Ortodoxa ao czar.
segunda-feira, 16 de outubro de 2017
Cine Clube de Cultura - Ciclo Outubro Vermelho - Encouraçado Potemkin - Quinta dia 19/10//2017 Entrada Franca.
Ciclo Outubro Vermelho
No ano do centenário da Revolução Russa, o Cine Clube de Cultura exibirá, no mês de outubro, três filmes do cineasta Sergei Eisenstein.
Sergei Mikhailovich Eisenstein (Riga, Letônia, 23 de janeiro de 1898 - Moscou, Rússia, 11 de fevereiro de 1948) foi um professor, pensador, diretor, roteirista e editor russo. Um dos nomes fundamentais na consolidação da linguagem das imagens em movimento, sua obra é até hoje objeto de estudo para todo o admirador e profissional da sétima arte.
Quando jovem, Eisenstein frequentou uma escola estatal de ciências, de forma a preparar-se para a escola de engenharia, seguindo os passos do seu pai. Encontrou tempo, no entanto, para ampliar seu conhecimento lendo várias obras em russo, alemão, inglês e francês, bem como compondo desenhos animados e atuando num grupo de teatro infantil que ele mesmo fundou.
Em 1915, mudou-se para Petrogrado para continuar seus estudos no Instituto de Engenharia Civil, onde seu pai também havia se formado. Por conta própria, ele também estudou arte renascentista e assistiu a produções de vanguarda do teatro de Vsevolod Meyerhold e Nikolai Yevreinov.
O primeiro filme de Eisenstein, o revolucionário "A Greve", foi produzido em 1924, mostrando que arte e política podiam andar juntas. No longa, ele propõe uma nova forma de edição, a "montagem de atrações", em que as imagens são escolhidas arbitrariamente e independente da ação, apresentadas não em seqüência cronológica, mas de qualquer maneira para extrair o máximo de impacto psicológico.
No ano seguinte, com apenas 27 anos, dirige aquele que provavelmente é sua grande obra-prima, "O Encouraçado Potemkin”, filme dos mais importantes da história do cinema. Filmado em apenas dois meses e montado com extraordinário apuro técnico.
Logo depois faz “Outubro”, um filme produzido para as comemorações do décimo aniversário da Revolução de Outubro de 1917, mas lançado apenas em 1928, em virtude de todas as cenas que incluíam a personagem Leon Trotsky, um dos líderes da revolta, terem sido cortadas. Na re-edição do filme as cenas cortadas foram reintroduzidas.
Com o sucesso de seus três filmes russos, Eisenstein é convidado pela MGM para trabalhar nos Estados Unidos, onde não se adaptou ao estilo industrial de Hollywood. Resolve então voltar à União Soviética, e é encarregado de filmar Alexander Nevsky, num momento em que os nazistas iniciavam seu projeto de guerra. O filme torna-se mais um clássico do diretor russo, que vai logo depois conceber uma trilogia sobre Ivã IV, "o Terrível". Antes de iniciar a terceira sequência, morre de ataque cardíaco
Fonte: infoescola
Confira a programação e participe.
A entrada é franca.
05 de outubro, às 19h30 – A Greve (1924)
19 de outubro, às 19h30 – Encouraçado Potemkin (1925)
26 de outubro, às 19h30 – Outubro ( 1928)
Local: Clube de Cultura, rua Ramiro Barcelos, 1853.
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ENCOURAÇADO POTEMKIM SINOPSE E DETALHES
Em 1905, na Rússia czarista, aconteceu um levante que pressagiou a Revolução de 1917. Tudo começou no navio de guerra Potemkin quando os marinheiros estavam cansados de serem maltratados, sendo que até carne estragada lhes era dada com o médico de bordo insistindo que ela era perfeitamente comestível. Alguns marinheiros se recusam em comer esta carne, então os oficiais do navio ordenam a execução deles. A tensão aumenta e, gradativamente, a situação sai cada vez mais do controle. Logo depois dos gatilhos serem apertados Vakulinchuk (Aleksandr Antonov), um marinheiro, grita para os soldados e pede para eles pensarem e decidirem se estão com os oficiais ou com os marinheiros. Os soldados hesitam e então abaixam suas armas. Louco de ódio, um oficial tenta agarrar um dos rifles e provoca uma revolta no navio, na qual o marinheiro é morto. Mas isto seria apenas o início de uma grande tragédia.
segunda-feira, 2 de outubro de 2017
Cine Clube de Cultura - Ciclo Outubro Vermelho - A Greve de Sergei Eisenstein 1925 - Nesta quinta dia 05/10/2017 ás 19h30min. entrada franca
Ciclo Outubro Vermelho
No ano do centenário da Revolução Russa, o Cine Clube de Cultura exibirá, no mês de outubro, três filmes do cineasta Sergei Eisenstein.
Sergei Mikhailovich Eisenstein (Riga, Letônia, 23 de janeiro de 1898 - Moscou, Rússia, 11 de fevereiro de 1948) foi um professor, pensador, diretor, roteirista e editor russo. Um dos nomes fundamentais na consolidação da linguagem das imagens em movimento, sua obra é até hoje objeto de estudo para todo o admirador e profissional da sétima arte.
Quando jovem, Eisenstein frequentou uma escola estatal de ciências, de forma a preparar-se para a escola de engenharia, seguindo os passos do seu pai. Encontrou tempo, no entanto, para ampliar seu conhecimento lendo várias obras em russo, alemão, inglês e francês, bem como compondo desenhos animados e atuando num grupo de teatro infantil que ele mesmo fundou.
Em 1915, mudou-se para Petrogrado para continuar seus estudos no Instituto de Engenharia Civil, onde seu pai também havia se formado. Por conta própria, ele também estudou arte renascentista e assistiu a produções de vanguarda do teatro de Vsevolod Meyerhold e Nikolai Yevreinov.
O primeiro filme de Eisenstein, o revolucionário "A Greve", foi produzido em 1924, mostrando que arte e política podiam andar juntas. No longa, ele propõe uma nova forma de edição, a "montagem de atrações", em que as imagens são escolhidas arbitrariamente e independente da ação, apresentadas não em seqüência cronológica, mas de qualquer maneira para extrair o máximo de impacto psicológico.
No ano seguinte, com apenas 27 anos, dirige aquele que provavelmente é sua grande obra-prima, "O Encouraçado Potemkin”, filme dos mais importantes da história do cinema. Filmado em apenas dois meses e montado com extraordinário apuro técnico.
Logo depois faz “Outubro”, um filme produzido para as comemorações do décimo aniversário da Revolução de Outubro de 1917, mas lançado apenas em 1928, em virtude de todas as cenas que incluíam a personagem Leon Trotsky, um dos líderes da revolta, terem sido cortadas. Na re-edição do filme as cenas cortadas foram reintroduzidas
Com o sucesso de seus três filmes russos, Eisenstein é convidado pela MGM para trabalhar nos Estados Unidos, onde não se adaptou ao estilo industrial de Hollywood. Resolve então voltar à União Soviética, e é encarregado de filmar Alexander Nevsky, num momento em que os nazistas iniciavam seu projeto de guerra. O filme torna-se mais um clássico do diretor russo, que vai logo depois conceber uma trilogia sobre Ivã IV, "o Terrível". Antes de iniciar a terceira sequência, morre de ataque cardíaco
Fonte: infoescola
Confira a programação e participe.
A entrada é franca.
05 de outubro, às 19h30 – A Greve (1924)
19 de outubro, às 19h30 – Encouraçado Potenkim (1925)
26 de outubro, às 19h30 – Outubro ( 1928)
Local: Clube de Cultura, rua Ramiro Barcelos, 1853.
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A GREVE 1925
No filme “A Greve” (1925) do diretor Sergei Mickhailovitch Eisenstein, podemos evidenciar uma temática social quando, logo após a morte de um trabalhador, acusado injustamente de roubo, uma greve é organizada pela classe de trabalhadores de Moscou. Tendo sido filmado entre julho e outubro de 1924, e montado em dezembro do mesmo ano, as primeiras apresentações do filme aconteceram em março de 1925.
O filme analisa de modo peculiar um processo revolucionário e não apenas uma mera descrição de seus lances. Nessa obra, de acordo com Maria Fernanda, jornalista e historiadora, Eisenstein trabalha com a montagem, o paralelismo e a introdução de imagens simbólicas.
“As montagens sugerem o conceito de metáfora”, afirma. Em um jogo de paralelismo, os animais se tornam peças importantes do filme: as primeiras cenas mostram animais saudáveis e no final, um boi aparece no matadouro como forma de comparar com a morte dos grevistas pelo governo, que também não deixa de representar a classe de trabalhadores.
Os empresários e membros do czarismo são representados de formas estereotipadas, se mantendo fiéis à realidade: bebendo uísque e fumando charutos. Mickhailovitch trabalha com montagens audiovisuais e as seqüências das cenas terminam com um plano de efeito sonoro por meio de características exploradas com objetivos visuais.
Fortemente marcado pela luta capital X trabalho, “A Greve” se trata essencialmente da ascensão da classe trabalhadora sobre o capitalismo. O ideário político de Mickhaillovitch é característico neste filme. Os diretores Russos foram os pioneiros da linguagem, da teoria e da estética cinematográfica, sugerindo e definindo padrões que influenciaram realizadores todo o mundo.
Após a Revolução de 1917, com a criação da União Soviética, as produções cinematográficas se tornaram peças estratégicas para propagandas político-ideológicas. Os filmes desse período eram obras que, não por acaso, exaltavam a força e o heroísmo do povo russo. Produções assim foram financiadas, bastante estimuladas, e amplamente distribuídas pelo Estado.
Eisenstein foi coerente com seu princípio, com sua técnica e com seu tempo e em interface com a Vanguarda Russa.
Abaixo, segue a 1ª parte do filme “A Greve” de Sergei Eisenstein de 1925.
Fonte:
• Mnemocine: http://www.mnemocine.com.br/oficina/eisenstein_maria_fernanda.htm
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