domingo, 13 de outubro de 2013

Dimensão Experimental "A Revolução no Rio Grande" o filme

A REVOLUÇÃO DE 1923--------------------- Um dos levantes mais importantes da história do Rio Grande do Sul foi a Revolução de 1923, conhecido como um movimento armado. No ano de 1893, assumiu o cargo de governador do Rio Grande, Júlio de Castilhos, que conta com a Revolução Federalista que se desenvolveu durante o seu mandato. Em 1898, é eleito então Borges de Medeiros, que ocupou o poder por quase 20 anos, sendo que foi reeleito em 1903 e ficou até 1908, quando decidiu não mais se candidatar. Escolheu então uma pessoa de sua confiança, Carlos Barbosa, que contava com a influência por trás de Borges que praticamente continuava a governar. Este foi reeleito em 1913 e ocupou o cargo até 1923, sendo reeleito mais uma vez. Finalmente, em 1920, Borges de Medeiros anuncia a sua candidatura apoiado pelo Partido Republicano Riograndense (PRR). Do outro lado, uma aliança formada pelos opositores do governo, a Aliança Libertadora, lança Assis Brasil para concorrer com Borges. As campanhas eleitorais foram bem quentes, com violência entre os simpatizantes do PRP contra a Aliança. O jornal “A Federação”, do PRP, anuncia a vitória de Borges, sendo que a reeleição era válida se o candidato recebe votos que superassem 75%. A revolta foi geral, acreditavam em fraudes nas votações e então, deu-se início a Revolução. A Aliança, acreditava que se lutassem armados, eles chamariam a atenção do presidente Arthur Bernardes que teria que intervir na ocupação do cargo de Borges. Foram criados os “Corpos Provisórios”, que tinham como objetivo combater os revoltosos e contavam com o apoio da Brigada Militar. Já os revoltosos não contavam com a organização e estratégia dos corpos provisórios e saqueavam vilas e cidades distantes de Porto Alegre. Em outubro, revoltosos tentaram tomar posse de Pelotas, importante cidade, até conseguiram, mas logo foram expulsos diante de ameaças de que as forças governistas atacariam. Cansados e diante da evidência de que não existiria apoio do presidente, os revoltosos levantaram a bandeira branca no dia 6 de novembro. Foi assinado no outro dia, um armistício que não foi muito respeitado. Um mês depois, o Pacto de Pedras Altas foi criado para acalmar a Revolução. Assim, Borges permaneceu ocupando seu cargo até 1928, e não pode ser reeleito diante da reforma da Constituição de 1891. Seu sucessor foi nada menos que Getúlio Vargas. FILME O filme “A Revolução no Rio Grande” de Benjamin Camozato feito em 1923 com duração de aproximadamente 60 minutos, pertencente ao acervo do Museu da Comunicação Hipólito José da Costa - MUSECOM e é uma raridade histórica. Em 25/05/2013, o Grupo Dimensão Experimental apresentou no auditório do Museu Hipólito uma performance musical autoral, ao vivo, do filme como parte do evento “A Revolução de 1923”por ocasião do lançamento em suporte digital do “Álbum dos Bandoleiros” (organização Revista Kodak, edição por Barreto & Araújo, 1923) que foi promovido pelo museu. Em 28 de setembro foi reapresentado na sala de cinema Eduardo Hirtz como parte da programação de aniversário da Casa de Cultura Mário Quintana. Agora dia 18 de outubro no Teatrpo de arena vai acontecer mais uma oportunidade de ver este histórico filme. A MÚSICA NO CINEMA MUDO Ao longo da história, várias formas de arte incorporaram a música como elemento de expressão. Tirando partido de seu poder de sugestão, compositores procuraram, durante séculos, evocar ou simbolizar elementos da natureza ou expressando emoções. Os teatros entre outras expressões artísticas souberam aproveitar este poder de sugestão. De uma forma geral a função da música no cinema é de que, de uma maneira ou de outra, ela existe para “tocar” as pessoas. Isto é, emocionar, arrancar emoções causando lágrimas, tensão, desconforto, incomodar, narrar um acontecimento, morte, perseguição, piada, dialogo, alívio, descrever um movimento, criar um clima, acelerar uma situação, acalma-la entre outras funções. Assim, tendo em vista o aspecto histórico e objetivo, é interessante rever esse período do cinema mudo e os filmes então produzidos sob um ponto de vista conceitual, mais elaborado. Tal estratégia nos permitirá iniciar uma incursão na inerência do som no cinema e unindo a performance musical autoral ao vivo resgatando a linguagem do cinema em primeiros tempos. A trilha sonora criada pelo grupo Dimensão experimental para este filme, procurou dar uma sonoridade épica ao mesmo tempo que associou a tecnologia na criação de climas diferentes,do lúdico ao sombriu, do bucólico ao extase, do melancólico ao reflexivo. Os temas no filme dialogam com as imagens criando uma sonoridade universal.--------------- Música: “A Revolução no Rio Grande” (Farina/Sabóia/Dutra) – suíte em 17 movimentos composta e arranjada pelo grupo Dimensão Experimental.--------------------------- ---------------------------------------- DIMENSÃO EXPERIMENTAL é formado por; Klaus Farina - Teclados/Guitarra/Flautas/Programação Álvaro Sabóia - Teclados/Gaita de Boca Mozart Dutra - Percussão Acústica

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