quarta-feira, 31 de maio de 2017
Cine Clube de Cultura - Ciclo Pioneiras do Cinema - Amanhã dia 01/06/2017
Neste mês, o Cine Clube de Cultura exibirá 03 filmes de algumas pioneiras do cinema e 01 documentário sobre elas.
O ciclo começa com o recente documentário E a Mulher Criou Hollywood, das irmãs Clara Kuperberg e Julia Kuperberg, que mostra o trabalho inovador e precursor de mulheres que estavam à frente de projetos cinematográficos considerados, na época, marginais. Quando os estúdios estadunidenses começaram a crescer e o lucro das produções populares começou a se tornar evidente, uma grupo de homens toma o lugar dessas trabalhadoras ao constatar o quão lucrativa a atividade estava se tornando.
O Cine Clube de Cultura acontece nas quintas-feiras, às 19h30min (exceto feriados).
Confira a programação e participe.
01 de junho – E a Mulher Criou Hollywood (2016, 52min), de Clara Kuperberg e Julia Kuperberg
08 de junho – Alice Guy - Pioneiros Do Cinema (1906, 100min)
22 de junho – As Aventuras do Príncipe Achmed (1926, 65min), de Lotte Reiniger
29 de junho – O Ébrio (1946, 125min), de Gilda de Abreu
Entrada gratuita
Clube de Cultura, rua Ramiro Barcelos, 1853.
Apoio: E O Vídeo Levou
O grupo Dimensão Experimental apoia essa iniciativa do Clube de Cultura de Porto Alegre
sexta-feira, 26 de maio de 2017
Aniversário do Clube de Cultura - 26,27 28 de maio de 2017 - Entrada Franca
Neste mês, o Clube de Cultura completa 67 anos. E para comemorar, de 26 a 28 de maio, estão programadas várias atividades.
Confira a programação e venha comemorar conosco.
Sua participação é importante e alegra nosso espaço multicultural.
26/05 - Sexta-feira
19h30min - Lançamento do documentário Sena, os Fios em Prosa
20h - Apresentação do grupo Teatro Infantil de Marionetes (TIM)
20h30min - Bate-papo com Cesar Dorfman e Claudia Porcellis Aristimunha (Museu da UFRGS)
21h15min - Apresentação de Encruzilhada do Samba, com pocket show "Treta - Wilson X Noel"
27/05 - Sábado
21h - Apresentação de Déborah Finocchiaro
21h20min - Show com Nanci Araújo, Neusa Ávila e Edilson Ávila
Confraternização após as apresentações
28/05 - Domingo
15h - "Poesia criativa para crianças e acompanhantes" , oficina ministrada por Ana Tedesco, 1h30 (maiores informações arteirospoa@hotmail.com)
16h30min - Cirquinho do Clube - Picardias a Granel, com os palhaços Arruela e Cirigüela, e Apresentação de Ursulus, o Violinista
18h - Apresentação do Projeto Música, Cinema e Memória com o grupo Acronon (Klaus Farina e Mozart Dutra), performando dois filmes mudos, Unglassed Windows Cast a Terrible Reflection (1953), de Stan Brakhage, e Pacific 231 (1949), de Jean Mitry
Acronon é o projeto de cinema musicado de Klaus Farina e Mozart Dutra. Na mesma linha do projeto Dimensão Experimental. Acronon tem como proposta criativa a musicalização e sonorização experimental ao vivo, de clássicos do cinema mudo e outros filmes antigos.
O nome Acronon significa "ser independente, livre do tempo médio, do tempo do relógio, do metrônomo e, portanto, em termos musicais, da métrica, da duração definida, do compasso" (Ronaldo Miranda, setembro de 1984).
Esta obra, homônima do músico, maestro, compositor e professor Koellreutter, foi a inspiração para o nome deste novo projeto.
Esta atividade conta com o apoio da "E O Vídeo Levou" e Dimensão Experimental.
A entrada é franca.
O grupo Dimensão Experimental dá os parabéns aos 67 anos Clube de Cultura de Porto Alegre.
quarta-feira, 24 de maio de 2017
Ciclo Herzog - O Enigma de Kaspar Hauser - 1974 - Amanhã no Clube de Cultura dia 25/05/2017
O Cine Clube de Cultura tem por objetivo apresentar filmes de vários períodos e de diversas nacionalidades, pouco conhecidos do grande público e que estão fora do circuito comercial.
No mês de maio, serão exibidos os 4 primeiros longas-metragens de ficção do premiado diretor alemão Werner Herzog, que possui uma extensa filmografia.
04/05/2017 - Sinais de Vida (1968 - Drama - 1h 35m)
11/05/2017 - Os Anões Também Começaram Pequenos (1970 - Comédia dramática/Drama - 1h 36m)
18/05/2017 - Aguirre, a Cólera dos Deuses (1972 - Drama/Ficção histórica - 1h 34m)
25/05/2017 - O Enigma de Kaspar Hauser (1974 - Drama/Ficção histórica - 1h 50m)
A entrada é franca e não necessita de agendamento prévio.
Local: Clube de Cultura de Porto Alegre - Ramiro Barcelos, 1853
Horário: 19h30
Amanhã dia 25 será a vez de O Enigma de Kaspar Hauser.
O Enigma de Kaspar Hauser
1974 ‧ Drama/Ficção histórica ‧ 1h 50m
Kaspar Hauser está perdido e não consegue falar ou se locomover quando é encontrado nos anos 1820. Ele passou a vida toda trancado, sendo espancado e sem qualquer convívio humano. As pessoas que o encontram tentam civilizá-lo.
Data de lançamento: 1 de novembro de 1974 (Alemanha Ocidental)
Direção: Werner Herzog
Música composta por: Florian Fricke
Idiomas: Língua inglesa, Língua alemã
Personagens: Professor Daumer, Frau Hiltel,
SINOPSE E DETALHES
Um homem jovem chamado Kaspar Hauser (Bruno S.) aparece de repente na cidade de Nuremberg em 1828, e mal consegue falar ou andar, além de portar um estranho bilhete. Logo é descoberto que sua aparição misteriosa se deve ao fato de que ele ficou trancado toda sua vida em um cativeiro, desconhecendo toda a existência exterior. Quando ele é solto nas ruas sem motivo, muitas pessoas decidem ajudá-lo a se integrar na sociedade, mas rapidamente Kaspar se transforma em uma atração popular.
Analise
Mais do que um ser sem linguagem ou convívio social, o Kaspar de Herzog é um indivíduo sem instituições e suas convenções. E, quando inserido nelas abruptamente, um ser no qual as suas relações de poder e força não repercutiam. É o que o diretor nos mostra repetidamente durante todo o processo de adaptação do personagem à sociedade. Kaspar é confrontado pela lógica da Igreja, do Estado (que o transforma em espetáculo), da filosofia e da aristocracia. E, em cada um desses momentos, sua inadequação é gritante. Ele possui uma lógica de pensamento que não se enquadra. A música, os sonhos, a poesia e a natureza são as linhas de fuga que tornam a sua existência suportável para ele mesmo. E a violência de um assassinato a facadas parece ser a única forma de, de fato, penetrá-lo.
Como formula Michel Foucault no seu belo texto, A vida dos homens infames, o registro incessante da vida do homem comum por meio do processo de documentação oficial acaba por gerar uma nova relação entre o poder, o discurso e o cotidiano: uma nova mise en scène. E assim cabe a Kaspar, a cada momento, um papel diferente: primeiro, o prisioneiro com o qual o Estado não sabe o que fazer; em seguida, a atração de circo e, por fim, o pupilo esforçado de um pensador. Obviamente, nenhum desses papéis o convém.
Somos levados por Herzog para as imagens do sonho recorrente do personagem, da sua história inacabada — um deserto com uma caravana perdida guiada por um homem cego. Tanto quanto Kaspar, somos inadequados aquele tempo e as suas instituições, isso é o que nos grita o filme o tempo inteiro. Nós também preferimos o cinema do delírio, que assim como seu personagem, Herzog pouco pode desenvolver nessa história. Resta-nos a figura cômica do escrivão e das suas certezas discursivas, tão risíveis no prisma das nossas novas convenções — último truque do diretor, que por fim põe em joga nossa própria ignorância. Se Herzog não abandona uma questão ao longo de sua filmografia é a de que: o que é um ser humano e quais são os seus limites.
O grupo Dimensão Experimental apoia mais essa iniciativa do Clube de Cultura de Porto Alegre
quarta-feira, 17 de maio de 2017
Cine Clube de Cultura - Aguirre, a Cólera dos Deuses - 1972 - amanhã as 19h30min.
O Cine Clube de Cultura tem por objetivo apresentar filmes de vários períodos e de diversas nacionalidades, pouco conhecidos do grande público e que estão fora do circuito comercial.
No mês de maio, exibiremos os 4 primeiros longas-metragens de ficção do premiado diretor alemão Werner Herzog, que possui uma extensa filmografia.
04/05/2017 - Sinais de Vida (1968 - Drama - 1h 35m)
11/05/2017 - Os Anões Também Começaram Pequenos (1970 - Comédia dramática/Drama - 1h 36m)
18/05/2017 - Aguirre, a Cólera dos Deuses (1972 - Drama/Ficção histórica - 1h 34m)
25/05/2017 - O Enigma de Kaspar Hauser (1974 - Drama/Ficção histórica - 1h 50m)
A entrada é franca e não necessita de agendamento prévio.
Local: Clube de Cultura de Porto Alegre - Ramiro Barcelos, 1853
Horário: 19h30
Aguirre, a Cólera dos Deuses - 1972
1972 ‧ Drama/Ficção histórica ‧ 1h 34m
No século 16, um grupo de exploradores espanhóis faz uma viagem pela Amazônia peruana em busca do Eldorado. Liderados pelo nobre Pedro de Ursua, os integrantes passam a ser aterrorizados por Aguirre que tenta assumir o comando.
Data de lançamento: 29 de dezembro de 1972 (Alemanha Ocidental)
Direção: Werner Herzog
Música composta por: Popol Vuh
Roteiro: Werner Herzog
Prêmios: Prêmio de Cinema Alemão de Melhor Fotografia, National Society of Film Critics Award de Melhor Fotografia
Aguirre - A Cólera dos Deuses
(Aguirre, der Zorn Gottes)
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Sinopse Primeiro filme da lendária parceria entre o cineasta Werner Herzog e o ator Klaus Kinski, Aguirre, a Cólera dos Deuses é uma das obras seminais dos anos 70, apresentada aqui em versão restaurada e remasterizada, com muitos extras, incluindo um documentário sobre o cineasta alemão. Em meados do século XVI, o conquistador espanhol Gonzalo Pizarro lidera uma expedição ao Peru, em busca de Eldorado, a mítica cidade do ouro. Um dos seus homens, Dom Lope de Aguirre, consumido pela loucura, sonha em conquistar toda a América do Sul. Com participação do cineasta brasileiro Ruy Guerra no elenco, Aguirre, a Cólera dos Deuses é uma jornada fascinante no coração das trevas do ser humano. Essencial em qualquer coleção de cinema.
No século XVI, uma expedição de conquisladores espanhóis, enfrentando a febre, os índios e as feras, entra na selva amazônica em busca do Eldorado, o fabuloso reino de ouro. Lope de Aguirre, um avenlureiro ambicioso, derruba Pedro de Ursua (chefe de seu grupo) e persuade os soldados a abandonarem Pizzaro, comandante da expedição. Mais tarde, Gusman, o novo líder proclamado por Aguirre é também eliminado. 0 conquistador assume o poder com fanatismo exigindo a obediência de todos com violência. Mas aos poucos, a selva vai dizimando toda e expedição.
O filme, que retrata o cotidiano da expedição comandada por Gonçalo Pizarro, em busca da lendária Eldorado na América, serve também, como uma intrigante metáfora para as sempre atuais ambições e obsessões da natureza humana.
O contexto europeu é assinalado pelo início da Idade Moderna - período histórico entre meados do século XV e final do século XVIII - que caracterizou na Europa o Capitalismo Comercial. Esse sistema foi definido politicamente pelo absoutismo e economicamente pelo mercantilismo, cuja principal característica foi o metalismo.
Numa colonização de exploração direcionada pelo mercantilismo, que priorizava a acumulação de capitais na metrópole, a América Espanhola foi de extremo valor, destacando-se regiões muito ricas em metais preciosos como as do altiplano andino e mexicano. O interesse mercantilista pelos metais raros e a abundância desse produto na América, produzirá um dos maiores massacres na história do Novo Mundo, através de um verdadeiro genocídio, onde os conquistadores espanhóis não mediram esforços para dominar as chamadas civilizações pré-colombianas (astecas, maias e incas e outros).
Nessa conjuntura destaca-se a expedição de Fernão Cortês, que entre 1519 e 1521 dominou o Império Asteca no México, garantindo para a Espanha o envio de grande quantidade de metais preciosos. A conquista de outras minas na América prossegue, quando por volta de 1530, Francisco Pizarro e Diego Almagro conquistam o Império Inca no Peru, fundando a cidade de Lima (1535)com o nome de "Ciudad de los Reyes".
Através de um violento processo de conquista e dominação, a opressão espanhola impôs-se aos nativos desestruturando pouco à pouco suas características culturais e religiosas.
Segundo as palavras do poeta chileno Pablo Neruda , "... a espada, a cruz e a fome dizimaram a família selvagem" .
O grupo Dimensão Experimental apoia essa iniciativa do Clube de Cultura de Porto Alegre.
quarta-feira, 10 de maio de 2017
Cine Clube de Cultura - Ciclo Herzog - Os Anões Também Começaram Pequenos 1970 amanhã - entrada franca
O Cine Clube de Cultura tem por objetivo apresentar filmes de vários períodos e de diversas nacionalidades, pouco conhecidos do grande público e que estão fora do circuito comercial.
No mês de maio, serão exibidos os 4 primeiros longas-metragens de ficção do premiado diretor alemão Werner Herzog, que possui uma extensa filmografia.
04/05/2017 - Sinais de Vida (1968 - Drama - 1h 35m)
11/05/2017 - Os Anões Também Começaram Pequenos (1970 - Comédia dramática/Drama - 1h 36m)
18/05/2017 - Aguirre, a Cólera dos Deuses (1972 - Drama/Ficção histórica - 1h 34m)
25/05/2017 - O Enigma de Kaspar Hauser (1974 - Drama/Ficção histórica - 1h 50m)
A entrada é franca e não necessita de agendamento prévio.
Local: Clube de Cultura, rua Ramiro Barcelos, 1953.
Amanhã dia 11 de maio, a partir das 19h30min será apresentado o segundo longa de ficção do cineasta.
Os Anões Também Começaram Pequenos
1970 ‧ Comédia dramática/Drama ‧ 1h 36m
Data de lançamento: 2 de fevereiro de 1971 (Alemanha Ocidental)
Direção: Werner Herzog
Música composta por: Florian Fricke
Roteiro: Werner Herzog
Orçamento: 200.000 USD
Elenco: Helmut Döring, Paul Glauer, Gerd Gickel, Gisela Hertwig, mais
Sinopse: Num mundo onde todos são anões, um grupo de jovens que moram num orfanato estavam cansados das regras, e resolvem se rebelar. Enquanto um deles é pego pelo diretor na fuga, os outros transformam a instituição em completa anarquia.
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O mundo sob o ponto de vista dos anões. Em seu segundo longa de ficção, Werner Herzog reduz seu universo a um reformatório constituído somente por pigmeus, todos com comportamento semelhantes à delinquentes, retardados ou desajustados sociais. Num ambiente com ares de colônia penal isolada, em resposta a um simples pedido negado pelo pedagogo da instituição, o grupo de internos esboça uma fuga. Enquanto um deles é pego pelo diretor-responsável, os demais iniciam uma rebelião, tomando conta do local e confinando o diretor (o próprio pedagogo) num canto do seu gabinete.
A partir de então Também os Anões Começaram Pequenos se converte na maior coleção de bizarrices e estripulias na filmografia de Herzog, num processo orgíaco de vandalismo e irresponsabilidade, um ciclo de violência contra animais ou objetos da instituição (ou de uns contra os outros), instaurando um mundo sem regras ou ordem, entre o grotesco e a crueldade, o choque e o ridículo.
O filme inteiro se esmera em sequências de destruição, nas quais a ação descontrolada do elenco de anões causou o atropelamento real de um deles, o mesmo que se incendiaria numa das cenas com fogo, sendo salvo pelo próprio Herzog que se atirou em cima dele. Conta-se inclusive que Herzog prometeu aos anões que pularia num campo de cactos se eles conseguissem fazer o filme. Promessa cumprida pelo cineasta.
Não deve haver filme de Werner Herzog que provoque mais gargalhada (ainda que sempre com uma carga de sobressalto) do que essa comédia de humor negro do começo de sua carreira, sem que ele se reduza somente a uma piada em cima de um ponto de partida bastante bizarro. Revê-lo, entretanto, faz com que ele não resulte num impacto semelhante ao da descoberta. Sua loucura toda provoca um afastamento, ficando aquela coisa incessante que só desperta interesse de longe. Mas o espanto jamais cessa defronte de suas imagens. No desfecho, justamente o que deveria ser o mais lúcido de todos os personagens joga a pá de cal e comete as loucuras finais que coroam Também os Anões Começaram Pequenos como o trabalho mais inclassificável de Werner Herzog.
O grupo Dimensão Experimental apóia essa iniciativa do Clube de Cultura de Porto Alegre
terça-feira, 9 de maio de 2017
Ataque Estadunidense à Síria: Implicações para Brasil e Israel - Hoje no Clube de Cultura
O Clube de Cultura de Porto Alegre, rua Ramiro Barcelos, 1853, apresenta hoje ás 19h a palestra "Ataque Estadunidense à Síria: Implicações para o Brasil e Israel", que será ministrada pelos professores doutores José Miguel Quedi Martins (PPGEEI/UFRGS) e Eduardo Munhoz Svartman (PPGCP/UFRGS).
Data: 09/05/2017
Horário: 19h
Local: Clube de Cultura - Ramiro Barcelos, 1853 - Porto Alegre
Entrada:
R$10,00
Estudantes pagam meia.
O grupo Dimensão Experimental apoia mais essa iniciativa do Clube de Cultura de Poro Alegre.
terça-feira, 2 de maio de 2017
Cine Clube de Cultura - Ciclo Werner Herzog
O Cine Clube de Cultura tem por objetivo apresentar filmes de vários períodos e de diversas nacionalidades, pouco conhecidos do grande público e que estão fora do circuito comercial.
No mês de maio, exibiremos os 4 primeiros longas-metragens de ficção do premiado diretor alemão Werner Herzog, que possui uma extensa filmografia.
04/05/2017 - Sinais de Vida (1968 - Drama - 1h 35m)
11/05/2017 - Os Anões Também Começaram Pequenos (1970 - Comédia dramática/Drama - 1h 36m)
18/05/2017 - Aguirre, a Cólera dos Deuses (1972 - Drama/Ficção histórica - 1h 34m)
25/05/2017 - O Enigma de Kaspar Hauser (1974 - Drama/Ficção histórica - 1h 50m)
A entrada é franca e não necessita de agendamento prévio.
O filme que abre o ciclo é Sinais de Vida o seu primeiro longa de ficção.
Sinais de Vida
1968 ‧ Drama ‧ 1h 35m
Data de lançamento: junho de 1968 (mundial)
Direção: Werner Herzog
Música composta por: Stavros Xarchakos
Cinematografia: Thomas Mauch
Elenco: Peter Brogle, Wolfgang Reichmann, mais
Prêmios: Prêmio de Cinema Alemão de Melhor Filme
SINOPSE
Um paraquedista Alemão ferido de nome Strozek, é enviado a Kos, uma tranquila cidade de Creta, junto a sua mulher Nora, uma enfermeira grega e outros dois soldados com ferimentos menores. Ficam reclusos em uma velha fortaleza com muito pouco a fazer. Beker se dedica a traduzir e transcrever inscrições, Meinhart se diverte colocando tampinhas em baratas e Nora ajuda Stroszek a fazer fogos de artifícios usando pólvora de granadas. Lentamente e devido ao calor e ao tédio, Stroszek começa a enlouquecer e arrasta seus companheiros de guerra a uma velha missão.
O primeiro longa-metragem de Werner Herzog, plenamente inserido no espírito que dominava o cinema alemão dos anos 60 (o novo cinema, estabelecido desde 1962, através do Manifesto de Oberhausen), é trabalho de Modernidade latente, fruto de um honesto zeitgeist que hoje podemos avaliar como marco definidor não só de um movimento nacional, mas de uma trajetória particular com o cinema, um novo olhar. Em Sinais de Vida, Herzog não economizou na entrelinha, carregando suas imagens de ambigüidade e sarcasmo, além de sinalizar que sua chegada na arte não trilharia caminhos que se distanciassem da resistência, fazendo de cada filme determinado retrato de inconformismo. Rejeição aos tempos moldados pelo homem, mas também sua subserviência, seu apego pela incontornável matéria.
Ao contrário do que uma primeira impressão sobre Sinais de Vida possa causar, Herzog não pretendeu com seu filme entregar um mero dispositivo da loucura humana, do abalo típico e muito conhecido que as situações de guerra afligem a seus sobreviventes. É primeiramente no ato de sobreviver, não importam os meios, em que ele se concentra. Se há uma instabilidade no universo — deste filme, de todos os seus filmes — aqui delineado, ela está muito mais relacionada ao espaço do que aos seres que o ocupam. O absurdo e a violência que encerram os últimos atos de Stroszek — e isto vale para o protagonista de Sinais de Vida, assim como para o homônimo da obra-prima que o diretor assinou em 1977, como para o refugiado de O Sobrevivente (2006) — refletem uma deterioração que antes o afetou pelas condições de vida encontradas. Se a guerra não é concretizada, nós a criamos. Se as ameaças são deixadas de lado, nós as retomamos. Esta é a premissa de Herzog diante de um cinema que não pode mais aceitar a passividade das formas, que não pode responder ao calado mundo do séc. XX com um mesmo silêncio. De certa maneira, Sinais de Vida não deixa de ser um filme sobre a loucura da guerra; mas o louco é Herzog, e a guerra, todo o cinema que ele fará a partir daí.
Local: Clube de Cultura de Porto Alegre - Ramiro Barcelos, 1853
Horário: 19h30
O grupo Dimensão Experimental apoia mais essa iniciativa do Clube de Cultura de Porto Alegre.
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