sexta-feira, 22 de maio de 2015

Dimensão Experimental no Festival 65 anos do Clube de Cultura de Porto Alegre


Clube de Cultura 65 anos.

Dias 26, 28, 29 e 30 de maio vai acontecer uma série de atividades comemorativas dos 65 anos do Clube de Cultura, e para ninguém ficar de fora, todas serão gratuitas!
Começaremos no da 26, terça-feira com Passo a Passo e Rafael Moura & Boraimbola. No dia 27 não teremos atividades, mas voltamos no dia 28 com o Cine Clube de Quinta com a mostra Melies. 29, Sexta- feira, a Cia. Teatral Os Encenadores apresentará a esquete Vida de Jornal, logo em seguida teremos também a apresentação dos Meshignes e depois rola o Músico Gustavo Telles. 30 no sábado o Dimensão Experimental vem com sua lisergia distorcer nossa realidade.

O grupo Dimensão Experimental vai apresentar uma programação especial do projeto Música, Cinema e Memória dividido em duas partes. A primeira performando com musical autoral o audiovisual 1914 (2014) de Klaus Farina. A segunda parte abre com Cristaux liquides (1978) de Jean Painleve, seguindo depois com Anemic Cinema (1926) de Man Ray e finalizando com Tusalava (1929) de Len Lye.

A performance do Dimensão Experimental vai começar ás 20h. e 30 min.

I PARTE - "1914"


"1914", é o mais recente trabalho do projeto cultural Música, Cinema e Memória de autoria do grupo Dimensão Experimental. Este projeto tem como objetivo o resgate e uma re-leitura da linguagem do cinema silencioso. "1914", é inspirado em imagens de filmes antigos feitos por cinegrafistas, jornalistas e outros que cobriram a Primeira Guerra Mundial. As imagens dos filmes que formam o audiovisual "1914" foram coletadas no youtube. Este conflito mudou os rumos da história da humanidade, inaugurando uma era de violência extrema que conforme o historiador Eric Hobsbawm marcou a característica do século XX.
"1914" foi roteirizado e editado sob a forma de um documentário mudo musicado ao vivo. A trilha sonora é de autoria do grupo Dimensão Experimental (Álvaro Sabóia, Mozart Dutra e Klaus Farina) que também assinam os arranjos.



"1914" 43 minutos PB silencioso
Direção, roteiro, edição, texto e pesquisa histórica: Klaus Farina
Produção: Dimensão Experimental
Produção Executiva: Klaus Farina
Música composta arranjada e interpretada por Dimensão Experimental:
Álvaro Sabóia - Teclados / Gaita de Boca
Mozart Dutra - Percussão Acústica / Efeitos Eletrônicos
Klaus Farina - Teclados / Guitarra / Flauta / Programação Eletrônica
Apoio: Clube de Cultura, E O Vídeo Levou, Rádio da Universidade - Programa Sonoridades.




Música: "1914" - suíte em de onze movimentos de Álvaro Sabóia / Mozart Dutra / Klaus Farina.

I - O Ultimo Verão da Belle Époque (Farina)
II - A Dança de Marte e o Rufar dos Tambores (Farina/Sabóia)
III - Guerra de Movimento (Farina/Sabóia)
IV - Guerra de Trincheiras (Farina)
V - A Batalha de Gallipoli (Farina)
VI - Genocídio Armênio (Farina)
VII - Guerra submarina (Farina)
VIII - Gás (Farina/Dutra)
IX - O Deus da Carnificina (Farina)
X - O Armistício, uma paz duradora? (Farina)
XI - Subsídios para outra guerra (Farina/Sabóia/Dutra)


II PARTE


Cristaux Liquides (1978) 4 min. de Jean Painleve é um estudo microsópico das fases de transição dos cristais líquidos.Este filme é no projeto Música, Cinema e Memória uma novidade, pois será pela primeira vez apresentado pelo Dimensão. No ano passado enquanto era criado o audiovisual "1914" o grupo Dimensão Experimental deveria ter participado do Festival de Artes do Atelier da prefeitura de Porto Alegre performando os filmes da segunda parte do programa de 30 de maio próximo, marcando para aquela oportunidade em princípio a estréia da performance de Cristaux Liquides. Infelizmente não foi possível na ocasião. Agora será finalmente apresentado Cristaux Liquides. A trilha sonora (música eletroacústica) para este trabalho está em sintonia com as imagens.


Música: Cristal Liquido (Farina/Dutra/Sabóia)
Arranjos: Dimensão Experimental


“Anemic Cinema” (1926) 6 min. – Marcel Duchamp O primeiro filme de Marcel Duchamp “Anemic Cinema” (1926), cujo título brinca com as letras da palavra cinema, põe em movimento esferas rotatórias ou rotoreliefs (discos em que Duchamp desenhou linhas e círculos concêntricos e excêntricos) que, ao girarem, provocam no espectador uma sensação estranha, como uma nova dimensão. Inscritas nos espirais, as letras vão formando frases indecifráveis, compondo um dos fenômenos visuais mais puros, sensíveis e fascinantes, em uma tentativa de se produzir filmes estereoscópicos.

Música: Fórum Social Mundial (Farina)
Arranjos: Dimensão Experimental


Tusalava - (1929) 10 min. (Nova Zelândia)de Len Lye Tusalava, o primeiro filme realizado em Inglaterra pelo neo-zelandês Len Lye, foi construído com uma técnica chamada «animação tradicional» ou «cel animation», que consiste na animação de desenhos (no caso, cerca de 4400) feitos em celulóide, em que cada quadro é desenhado à mão e depois fotografado. Tusalava é uma animação abstrata onde duas formas orgânicas evoluem a partir de uma relação a um tempo simbiótica e parasitária. Pontos e círculos entram em contacto entre si, reagem e interpenetram-se, absorvem ou separam-se das formas opositoras, criando padrões cada vez mais complexos. O filme captura a mutabilidade da existência, a ambiguidade entre a penetração criadora e a agressão destruidora, a absorção e a síntese. Podemos encontrar algumas semelhanças entre Tusalava e alguns dos filmes abstractos realizados na década de 20, por nomes como Oskar Fischinger e Hans Richter. No entanto, Tusalava distancia-se daqueles pelo facto de Lye ter sido muito influenciado pela arte dos aborígenes australianos e do Pacífico Sul. Assim, ao combinar a arte tribal com a arte moderna, Tusalava apresenta formas mais orgânicas que os filmes de Fischinger e Richter, que eram dominados por formas mais geométricas e angulares. As formas e os padrões de Tusalava movimentam-se como se fossem entidades vivas em constante mutação, o que levou a crítica a ver no filme uma narrativa acerca das formas primitivas de vida. A despeito destas interpretações, Tusalava pode ser visto como um ensaio sobre a natureza do movimento. Lye procurou criar um conjunto de imagens em permanente interacção que encerrassem um sentido mágico da vida e que envolvessem fisicamente os espectadores.

Música: Tusalava (Farina/Saboia/Dutra)
Parte I (Farina/Sabóia/Dutra)
Parte II (Farina)
Arranjos: Dimensão Experimental


Dimensão Experimental:
Klaus Farina - Teclados, Guitarra, Flauta e Programação
Mozart Dutra - Percussão Acústica e Efeitos Eletrônicos
Alvaro Sabóia - Teclados e Gaita de Boca

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