segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dimensão Experimental temporada no teatro Bruno Kiefer nos dias 5 e 6 de novembro.





Gostariamos de agradecer ao público que prestigiou a apresentação de sábado na sala de cinema Paulo Amorim da CCMQ do projeto "Música, Cinema e Memória" convidando-os para conferir o show "O Mito do Eterno Retorno" em novembro no teatro Bruno Kiefer.





Foto: Daniel Faillace Vieira


Foto: Arthur Castilhos

Nos dias 05 e 06/11/2010 ás 21 horas, o grupo Dimensão Experimental tem temporada no Teatro Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mário Quintana, apresentando o espetáculo "O Mito do Eterno Retorno" baseado no livro do escritor romeno e historiador das religiões Mircea Eliade. O show conta com projeção sob tela de várias peliculas (incluindo imagens de Porto Alegre) que reforçam a tematica e o conceito não só da obra de Eliade, mas também convida o espectador a uma reflexão sobre o tempo e as emoções humanas, contrastando o passado com o presente, resgatando um pouco da magia do cinema mudo. O espetáculo traz também como um atrativo a mais a performace musical do filme H2O produzido em 1929 pelo diretor vanguardista americano Ralph Steiner. Este filme é um dos 5 curtas da era avant-garde que fazem parte do projeto autoral do grupo Dimensão Experimental "Música, Cinema e Memória", performados ao vivo em 25 de setembro passado na sala de cinema Paulo Amorim, como parte da programação de aniversário de 20 anos CCMQ . No roteiro músicas do CD homônimo e temas novos.

Como reflexão incluimos um texto de Alexandre Pomar sobre o trabalho do fotógrafo e artista plástico português José M Rodrigues que se aproxima da estética e da propósta do grupo Dimensão Experimental.

"A dimensão experimental pode ser uma evocação ou assimilação das vanguardas históricas (a homenagem a Man Ray, por exemplo), enquanto ruptura com produções conformistas. Não é, no entanto, e felizmente, o neovanguardismo como paródia triste de a reapropriação de uma retórica política (dita vanguardista) que em geral recobre práticas ensimesmadas numa sequência do formalismo mais exangue em versão conceptualmente auto-referencial (a arte sobre a definição do reducionismo estético). O princípio abstracto da indistinção entre a arte e da vida - que é tantas vezes uma petição de princípio vanguardista, ou uma legitimação de objectos indiferentes - é aqui substituído por uma real dimensão autobiográfica: os retratos das mulheres, dos filhos, etc. E em especial por uma dimensão performativa que inclui a acção colectiva, a encenação e a precaridade ou desaparição dos objectos produzidos". Alexandre Pomar

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